My Young Templars

CAPÍTULO NOVE

Ao entrar na sala, na segunda feira, logo no primeiro horário, que seria filosofia, me deparei com um ambiente moderno e espaçoso. As paredes eram brancas e havia uma grande lousa branca na parede da frente da sala. Não havia lousa verde, nem o giz branco tradicional. Em vez disso, havia um porta-giz, que mais parecia um dispenser automático. Dois quadros eletrônicos também estavam disponíveis na sala.

As janelas eram grandes e deixavam a luz do sol entrar na sala, proporcionando uma sensação de bem-estar e conforto. As carteiras eram enfileiradas, feitas de madeira clara e estavam organizadas de forma simétrica.

Em frente às carteiras, havia uma grande mesa onde o professor sentava-se para ministrar a aula. À sua direita, havia uma estante com livros didáticos e alguns livros de literatura. À sua esquerda, havia um armário que continha os materiais da aula e alguns jogos educativos.

A iluminação da sala era suave e confortável. Havia algumas lâmpadas de teto que, juntamente com as luzes naturais que entravam pelas janelas, proporcionavam um ambiente bem iluminado e acolhedor.

A sala também tinha algumas decorações, como pôsteres educativos e trabalhos dos alunos pendurados nas paredes. Em um canto da sala, havia algumas plantas que davam um toque de natureza àquele ambiente.

Me sentei na primeira carteira, ao lado da Gabi. Alice já estava lá, como sempre, pronta para me provocar.

—Olha só quem chegou, a futura esposa do William— ela disse, com um sorriso malicioso no rosto.

Eu revirei os olhos, sabendo que Alice estava brincando. Comecei a conversar com a Gabi em italiano, tentando ignorar os comentários da Alice.

Todos pareciam agitados e animados até demais para uma segunda feira.

O Frei Paolo chegou na sala com um sorriso contagiante no rosto e começou a brincar com os alunos enquanto fazia a chamada.

Zayn e Shawn estavam sentados no fundo da sala como sempre, conversando sobre alguma coisa engraçada, que os fazia rir. Os idiotas do Harry e dos outros meninos também estavam lá, mas para nossa sorte, no fundo da sala, bem longe da gente. 

Então, enquanto conversava com a Gabi, o Frei Paolo se aproximou de mim e disse: —Stella, eu lembro de você quando era uma bebezinha em Belo Horizonte. Como estão seus pais?

Eu fiquei surpresa e feliz ao mesmo tempo ao perceber que ele realmente se lembrava de mim desde pequena. 

—Eles estão bem, obrigada por perguntar—respondi, sorrindo.

O Frei Paolo então começou a contar histórias engraçadas sobre quando ele morava em Belo Horizonte e como conheceu a minha família.

Eu estava sentada na minha carteira, ouvindo atentamente o Frei Paolo, quando a Alice começou a falar sobre o meu relacionamento com o William.

—Frei Paolo, quando a Stella e o William se casarem, você vai celebrar o casamento deles, né?—Ela disse, rindo.

—Já posso te chamar de cunhada, miga?— Ela continuou provocando.

Eu não sabia o que dizer e acabei corando de vergonha. Mas o Frei Paolo sempre animado e brincalhão, aproveitou a situação para se divertir.

—Claro que posso, Alice. Mas só quando eu estiver menos ocupado, e claro, desde que não tirem notas baixas— Ele brincou.

Eu ri um pouco, tentando descontrair a situação e abafar a vergonha que senti. Apesar da brincadeira, eu sabia que não era o momento certo para falar sobre casamento.