CAPÍTULO 14

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HILL

Eu senti um certo alívio temporário, quando Matt disse que nossa filha estava com ele. Meus pensamentos estavam nebulosos e incertos, medo e desespero estava em cada centímetro que existe em mim, pensando em tudo e apenas na minha filha ao mesmo tempo, e quando vi que alguém estava entrando, corri e me escondi, sabendo que as ordens era para me fazer de refém, caso algo viesse a acontecer, ou me eliminar se tentasse fugir. Renato estava preso, porém, ainda parecia ter contato com seus capangas, porque continuava as ameaças, cada uma mais assustadora, ainda mais quando se referia a minha filha.

— Chamamos ela de Zaira, porém, pode escolher outro nome caso deseje. — Matt continua acariciando meus cabelos com suavidade, ignorando qualquer pergunta ou algo que deseje saber sobre como viemos parar aqui, e agradeço por isso.

— Eu gostei desse nome. — Admito sentindo que a adrenalina no meu corpo está baixando a cada segundo, e me sinto exausta. — Onde ela está? — meu coração volta a acelerar rapidamente, medo por não saber se ela está segura ou até sobre como será quando vê-la.

— Segura e em casa com o Gustavo e a Agnes. Eles estavam muito preocupados com você, e estão cuidando dela muito bem. — Sorriu para me acalmar, e forço minha mente a aceitar isso. — Sei que é ruim não a ver agora mesmo, porém, ela está bem, e logo terá nossa filha em seus braços. Também estou com muitas saudades da minha bonequinha.

— Sabia que seria um bom pai. — Sussurro fechando meus olhos, deixando o cheiro dele encher meus pulmões e me acalmar, sabendo que ela estava bem por todo esse tempo, e até mesmo os medos e o desespero que passei longe dela, parecem relaxar dentro de mim.

— Por que não me disse antes? — Continue de olhos fechados, sem saber como me explicar e sentindo-se cansada demais para pensar em todos os motivos antes de tudo acontecer. — Estamos chegando no aeroporto. — Avisou ainda me mantendo junto a ele. — Serão muitas horas de voo, e você poderá descansar e se recuperar até estamos em casa.

Eu não sei como eles farão sobre a questão do meu sequestro, se envolverão polícia ou resolveram entre eles mesmo, porém, não importa agora e sei que preciso me recuperar para estar bem para ver minha menina. Apesar de estar ciente sobre todos que estão próximo, parece que estou em uma bolha grossa e fechada, meu foco em apenas tentar me manter acordada.

— Descansa Hill. Você vai ficar bem e vamos cuidar de tudo. — O Matt pediu suave, e me sinto perdendo os sentidos pouco em pouco até dormir por completo.

[...]

Acordo com uma mão acariciando meu rosto com delicadeza, meu nome sendo chamado com suavidade, como se estivesse relutante sobre isso. Eu suspiro tentando fazer minha mente funcionar, e arregalo meus olhos lembrando de onde estou, meu peito sufocante de medo.

— Calma querida. — Sabrina está sentada ao meu lado, sorrindo com carinho. — Estamos quase pousando. Você dormiu quase treze horas, porém, o David disse que tudo bem, mas, agora você tem que acordar.

Eu pisco várias vezes para me localizar sobretudo, minha boca seca e a mente oscilando com os últimos acontecimentos. Tento focar minha visão, a falta dos óculos me deixando ainda mais desconfortável e inquieta.

— Hill! — Matt se aproxima preocupado. — Está bem? Está com tontura ou algo assim? — se apressa em levar água para os meus lábios.

— Estou bem. Desculpe. — Coço meu rosto, tentando focar em tudo ao meu redor, me sentindo mais disposta. — Só um pouco enjoada. — Admito zonza.

— Vou chamar o David. — Sabrina avisa saindo rápido.

— David disse que você estava muito fraca, e adormeceu absorvendo as vitaminas vindas pelo soro. É normal que se sinta assim, mas, em breve voltará ao normal. — Matt sentiu bem próximo a mim, o cheiro dele me fazendo suspirar um pouco boba por sua proximidade repentina.

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