CAPÍTULO 2

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[...]

HILLARY CARLO

Suspiro resignada, enquanto olho o vestido tão diferente do que costumo usar, meus olhos castanhos esverdeado estão expostos sem os óculos, e meu cabelo castanho está longo e com ondas soltas, além da minha sobrancelha perfeitamente delineada.

— Você está fazendo uma loucura. — Minha amiga diz preocupada. — Está linda, mas, pelos motivos errados.

— Eu sei, mas quero muito. Ao menos uma vez na vida, quero fazer uma loucura, depois poder me arrepender e nunca mais repetir o erro. Eu sei, isso parece algo que ninguém quer fazer, porém, minha vida é tão. Tão sem sentido. — Solto o ar devagar, olhando ao redor.

O apartamento é caro, porém, tudo é minimalista e simples. Venho de uma família estritamente religiosa, evangélicos fervorosos e íntegros para o mundo, porém, conviver na minha família por vinte anos, me fez pensar que talvez não seja isso que desejo. Queria apenas uma aventura, que me fizesse conhecer os pecados do mundo, tão abominável dentro da parede das igrejas e para as mulheres, porém, tão diferente quando cada um está em seu mundo particular.

— Tudo bem. — Sorriu tentando me apoiar na coisa mais louca que já pensei em fazer. — Se você quer perder sua virgindade com um desconhecido qualquer, assim será. — diz mais como uma repressão.

Término de me arrumar, calçando um salto e passando um batom vermelho. Eu me sinto bonita, mesmo que no meu peito, arda o medo do pecado por estar sendo vaidosa e luxuriosa, porém, seguro o tormento da alma e penso que posso me arrepender amanhã, mesmo isso sendo mais um pecado. 

— Tem certeza de que ele está em casa? — minha amiga assente, ainda preocupada. — Amanhã estarei de volta. — Sussurro, a ansiedade se espalhando por todo o meu corpo.

— Como sabe que ele aceitará isso? — Camila questiona curiosa.

— Estou aqui a quase dois meses, e nunca vi ele rejeitar alguma mulher. Todos os dias, sobe e desce várias e várias. — Minha voz soa decepcionada, empurro isso para longe.

Matthews Gonzalez, vinte e cinco anos, ruivo, um metro e setenta e cinco de altura e meu vizinho. Um playboy mimado, com uma fila de mulheres na sua porta, do qual por nenhuma vez vi ele recusar, por nenhum motivo. O homem é tão ridiculamente exibido, que nem mesmo a mim, quando estou usando minhas roupas largas e ponderadas, passa despercebido por suas intenções pretensiosas. Evito ao máximo me encontrar com aquele homem, e mesmo assim foi o suficiente para que estivesse pretendendo fazer essa loucura.

— Você vai acabar pegando uma DST, na sua primeira vez. — Ela reclama, preocupada demais com minhas ações inconsequentes. — Pense melhor. Isso não está certo.

— Ele está limpo. — Garanto segura, não querendo admitir que olhei o lixo da sua casa e tive a sorte de encontrar um exame seu da última semana. — Isso eu tenho certeza.

— Você quem sabe. Você sabe mais que ninguém, o quanto ele não vale nada e vai entregar o seu bem mais precioso a ele, mesmo sabendo que amanhã ele estará entre as pernas de outra. — Suas palavras me magoam, mesmo que sejam a verdade mais crua.

Não sinto como se minha virgindade fosse o meu bem mais preciso. Tenho muito mais que apenas isso para oferecer, mas, sempre sou resumida a minha castidade e apenas isso, e não aguento mais essa situação. Se alguém me amar, quero que seja pelo que meu coração pode oferecer, a não uma beleza passageira ou uma ficha de intocada.

— Estou indo. — Aviso por fim, não querendo me aprofundar no assunto.

Saímos juntas e por coincidência, Matthew está saindo do seu apartamento. Os cabelos ruivos bagunçados, o sorriso canalha em seus lábios e o cheiro gostoso e embriagador. Tudo nele é promíscuo e atraente, como um demônio tentador que me atrai ao pecado.

A BEBÊ DO PLAYBOY |+18|Onde histórias criam vida. Descubra agora