M A T T H E W S
Hill parecia assustada, mas, apenas aconcheguei ela em meus braços, querendo que consiga resolver suas dúvidas sobre os últimos acontecimentos. Quando soubemos que a madre estava na cidade, imaginei que ela iria procurar a Hill, e isso me aliviou um pouco a alma, porque odeio segredos, ainda mais com quem eu amo, e saber que a minha garota era filha da freira mais me animava que assustava.
Ela matou o infeliz traficante! — Já respeito. Ajudou a minha filha ficar segura e em meus braços, mesmo que sua vida estivesse em risco, e aposto que sofreu horrores todos esses anos longe da filha, que mesmo inesperada, deve ter causado desejo de maternidade na mulher. Ela é jovem, tem no máximo quarenta anos, apesar de as vezes seu olhar parece carregar mais uma dezena de anos sobre ela, devido as tristezas da sua vida. A mulher foi desacreditada e quando a prova de sua verdade nasceu, simplesmente foi entregue ao seu pesadelo, e não sei o que a Hill fará com a informação que a madre deu, porém, se dependesse de mim, somente teria apoio.
— Sinto que estou pecando em não avisar aos meus, — Suspirou indecisa. — Eu nem sei o que são meus. Pelo amor de Deus, a cada segundo acho eles mais e mais desprezível.
— Entendo, amor. — Acaricio seu rosto bonito. — Ela parece ter sofrido tanto. É uma dor dela, e uma enorme dor. Se eu soubesse que aquele miserável havia feito isso com ela, teria feito muito pior. — Admito furioso, porque odeio maus tratos a indefesos.
— Você fez o que? — Hill mudou de posição e me encarou.
— Amor, precisamos saber onde estava. Não fizemos nada demais, apenas eu e Gustavo pressionamos um pouco a massa podre que é aquele verme. — Dou de ombros, evitando os detalhes.
— Torturaram ele? — Murmurou preocupada.
— Não muito. Menos do que ele merecia. — Simplifico sincero.
— Não quero que sujem as mãos com eles. Não valem apena. Só desejo viver, sem pensar muito no que me fizeram. — Admitiu suspirando profundamente. — Não entendo como alguém como a madre Maria, foi capaz de matar alguém assim. — Indicou nervosa.
Provavelmente ela não faz ideia do que as mulheres da minha família são capazes, e talvez seja bom deixar isso por baixo por enquanto, porque não quero deixar minha garota em pânico. Maria apenas chegou ao seu limite, porque ver o ciclo se repetindo foi demais para ela, e saber que provavelmente em breve Renato estaria livre novamente, não ajudava muito na sua visão de vida para a filha. De fato, a família já estava pensando em algo para finalizar com o traficante, mas, foi dado o devido tempo pra não levantar suspeitas.
— Uma mãe vira uma fera, quando ver seu bebê em risco. — Indico com cuidado.
— Ela é minha mãe. — Suspira pensativa. — É estranho colocar ela nesse posto, mas, se encaixa mais perfeitamente do que se me refiro Marília. — Admitiu pensativa. — Ela era tão fria como uma tumba. Tudo se resumia em ter seus luxos e reputação. Reputação de merda. — Cobriu a boca após o palavrão, e acabei sorrindo.
— Xingar é libertador, bebê. — Bato a ponta do meu dedo, contra a pontinha do seu nariz bonito. — Tudo vai ficar bem.
— Estou com medo, Matt. — Admitiu suspirando profundamente.
— Eles foram horríveis com você. — Defendo, odiando lembrá-la daqueles vermes.
— Não estou com medo por eles, Matt. Estou com medo pela madre. — Confidenciou em um sussurro quase culpado. — Tenho certeza de que não deveria pensar assim, porém, eles deixaram que minha filha fosse tomada de mim. E aquelas ameaças. Nunca vão sair da minha mente. — Assumiu tristonha, e odeio um pouco mais os malditos bastardos.
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A BEBÊ DO PLAYBOY |+18|
RomanceMatthews Gonzalez é um verdadeiro sinônimo de safadeza, e sinceramente, não quer nada com nada. Talvez, lá no fundo, em meio a toda a sua promiscuidade, ele tenha um desejo razoável. Matt deseja alguém que faça ele sentir-se instigado e satisfeito...