CAPÍTULO 23 final

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MATTHEWS

Olho pra Hill toda bonita, arrumada para ir a faculdade e me sinto terminantemente enciumado. Ela ganhou alguns quilos, e sinceramente, tá uma baita gostosa, tanto que não quero pensar no assunto, porque, meu pau sobe e ela já está sensível. Meu vício voltou firme e forte, mas, ainda está sobre controle e tenho minhas dúvidas se um dia ficarei realmente curado.

O que seria ficar curado?

Sou louco por minha noiva, e em alguns dias minha esposa. Olho para a Zaira tentando escapar dos meus braços, porque com apenas oito meses ela já não gosta de colo, nem de carrinho e muito menos de ficar parada, e relaxo um pouco sabendo que vou cuidar dessa belezinha enquanto sua mãe volta aos estudos.

Um investimento! Juro que vou convencer a Hill a cuidar de tudo o que herdei, e até meus pais apoiam isso. Minha garota tem memória fotográfica, só pode. A mente ótima para todas as fórmulas sem pé nem cabeça, que você aprende no ensino médio e não vai usar nunca na vida. Então, nós não usamos porque somos retardados, ela acha uma função pra aquelas desumanidades. Eu só observo e cuido da Zaira, pra não sobrar pra mim. Sempre fui assim, e não é porque vou casar que vou mudar meus planos pra o futuro.

— Que planos? — Ela me olhou sobre o ombro, passando o pincel levemente no rosto, enquanto faz sua maquiagem.

— Quando você se formar, vamos fugir por um ano inteiro. Um cruzeiro turístico. — Conto nosso plano, e ela me olha suspeita.

— Bonito, que seus pais deixaria um disparate desse. — Riu e apenas contínuo olhando confiante.

Eu posso convencer meus pais de qualquer coisa, e estou seguro com isso, sabendo que o máximo que vai acontecer é eles descobrir tardiamente o plano de um bom preguiçoso. Sim, admito o que sou e não vou fingir que me envergonho. Não gosto de trabalhar. Não diariamente e ainda mais se for com algo técnico.

Dirige até a faculdade onde a Hill faz seu curso, mas, não tive ao menos a chance de levá-la até a entrada e marcar meu território, porque nossa filha resolveu mostrar todo o poder dos seus pulmões, e se a minha garota visse por mais um segundo a arte da pequena, desistiria de ficar na sua aula.

— Também não gosto de ficar sem ela, porém, sua mãe precisa estudar, princesa. — Acaricio o rostinho gordinho e manhoso, trocou entre soluços. — Os planos dela mudaram o percurso, porém, o destino é o mesmo, e devemos ajudar e apoiar ela nos seus sonhos.

A Zara não custou a se acalmar, e isso foi muito bom, porque tinha que passar o relatório pra Hill, ou ela voltaria antes que pensasse uma segunda vez, da mesma forma que eu faria, caso soubesse que minha bebê estivesse com saudades. Somos pais muito babões, e não negamos e nem abrimos mão disso, porque quero aproveitar cada momento de cada fase da nossa pequena.

Próximo ao horário da saída dela, tomo banho com a minha pequena, nos arrumamos pra ficar da realeza, e partimos buscar nossa menina. Sempre debochei muito do meu pai, por ele ser dependente da minha mãe, ou da atenção dela, mas, quando senti a casa enorme e a saudade mesmo que ela tivesse acabado de se distanciar, soube que meu caso era sério demais para ser entendido, ainda mais quando percebi que desde que ela está comigo, não dei muito espaço.

— Já tenho o plano perfeito, pequena. — Pisco pra Zara que está me olhando sorridente, parecendo sentir que já estávamos próximos a ela.

Não fiz almoço, e vou levar a Hill para comermos em um restaurante, porque não sei cozinhar, mas, não quero ser ruim com a minha garota, e vou elaborar um plano muito bom mesmo, para driblar as coisas e fazer a jiripoca funcionar. Minha garota, por mais que tenha espírito independente, ela foi criada de uma forma muito diferente da minha, e, por mais que deseje continuar seus estudos, ela abriria mão para cuidar da pequena, mesmo que eu tenha um trabalho muito tranquilo. Confesso que minha moleza já foi cortada e minha sorte é que a Hill me ajuda, — ou eu a ajudo — porque, sou péssimo em administração, mas, sou ótimo no restante.

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