MATT
Vê-la através da tela me deixou temeroso e inquieto. Queria poder tocar sua pele, escutar sua voz bem próximo e poder analisar se ela está realmente bem, mesmo estando naquele lugar contra sua vontade.
— Convincente o suficiente? — Questiono a Cléo, que confirma com os polegares estendidos.
Foi ariscado entrar em contato, porque sabia que ela estava sobre ameaça, porém, eu não conseguia mais ficar sem saber algo sobre. Não podemos sair ariscando tudo, sem saber exatamente o que está acontecendo, porém, é tão difícil não saber como agir para protegê-la.
— Doeu muito? — Dou de ombros, olhando para meu cunhado, com seus bebês em um sling. — Ela foi meio dura, mas, quem não seria na situação que ela está. — Murmurou pensativo.
— Um pouco. — Admito em um suspiro decepcionado. — Sei que está sofrendo pressão para falar daquela forma, porém, mesmo assim talvez no fundo seja o que pensa sobre mim. — Sorri devagar, a sensação inquietante de insuficiência me atingindo, mesmo que não queira demonstrar aos demais na sala.
Deu um belo trabalho para descobrir onde estava a minha Hill, mas, fiz o meu possível para conseguir. Cléo conseguiu rastrear as transferências bancária do "noivo" da Hill, e descobrimos o convento do outro lado país, onde minha garota está sendo mantida sobre ameaças, a quase dois meses. O que me deixou mais em pânico, foi o fato da ordem do infeliz para os seguranças que estão fazendo escolta no convento.
"Atirar para matar." — Havia tanta raiva na ordem, que me fez recuar assustado.
Tenho certeza de que a Hill não é alguém perigosa ao ponto de ter uma determinação dessa, direcionada a ela. Entendi o motivo que não tentou contato, porém, mesmo com todas essas ameaças, eu sinto que algo a mais, prende minha garota naquele lugar e ainda estou perdido sem saber o que fazer, porém, ao menos parece que está bem fisicamente, apensar das evidentes olheiras. Seus pais são dois idiotas exploradores, e sei que estão obrigando a Hill aceitar esse absurdo, para quitar suas dívidas, e estou pensando seriamente em recorrer a meios bem inescrupulosos — ou a altura deles —, para deixá-la livre, porém, quando se refere a oferecer dinheiro pra isso, me deixa se sentindo igual a eles, mesmo sabendo que não é o caso.
— Por que mesmo não deixamos isso com a polícia? — O Gustavo questiona sem disfarçar a preocupação.
— Não sabemos até que ponto eles estão envolvidos com a polícia, mas, ao menos a da cidade dela, sei que é bem influenciada. — Comento olhando alguns papéis que o detetive particular conseguiu.
— Fora que ela é maior de idade, e pode muito bem dizer o mesmo que disse a mim, e a polícia não vai fazer exatamente nada, e por outro lado, podemos nos dar muito mal se descobrirem como descobrimos isso. É muita incerteza, e alguém pode se machucar, ou no caso, a Hill pode se machucar. — Cléo concluiu, algo que já havíamos conversado nos dias em que estamos empenhados em chegar na Hill.
Tive que contratar um detetive para tentar descobrir onde ela estava, porque não tínhamos uma dica de onde seria esse resort ou retiro, e pode apostar que existes muitos lugares como esse no Brasil, e ainda mais fora, para que pudéssemos pesquisar sem nenhuma prova ou indicação, nossa sorte é que a Cléo ama uma aventura, e quando a Mel contou o que estava havendo, ela não colocou difícil para ajudar. Não tínhamos acessos a históricos bancários, e erroneamente, eu estava me focando mais nos pais dela, e não no bastardo que deseja casar-se com minha Hill.
Eles souberam esconder bem minha garota, e antes até pensei que fosse apenas seus pais, mas, eles não teriam motivos para agirem com tanta precaução para escondê-la, então, quando passamos para investigar o tal Renato, soubéssemos que ele tem uma certa fixação pela Hill. Quando sua esposa morreu a alguns anos, a polícia até suspeitou da sua participação, porém, não houve muito o que questionar quando o caso foi encerrado sem mais nem menos.
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A BEBÊ DO PLAYBOY |+18|
RomanceMatthews Gonzalez é um verdadeiro sinônimo de safadeza, e sinceramente, não quer nada com nada. Talvez, lá no fundo, em meio a toda a sua promiscuidade, ele tenha um desejo razoável. Matt deseja alguém que faça ele sentir-se instigado e satisfeito...