Capítulo 2

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Tris 2 dias depois do acidente

Acordo numa sala branca só com máquinas e instrumentos médicos, tento levantar-me, mas não consigo devo estar muito fraca ou estou presa, não consigo ver tenho a visão muito turva.
Chega à sala uma enfermeira e diz-me:
- Vejo que já acordou, o meu nome é Alice, fui a médica que a acompanhou nestes dois dias, como se sente?
- Fraca, confusa, não me lembro o que aconteceu para estar no hospital, não me lembro quem sou ou o meu nome e não me consigo mexer.
- Muito bem, à dois dias teve um acidente, levou dois tiros e toda a gente pensou que tinha morrido, pois já estava no necrotério, mas só tinha ficado em coma, chegamos a pensar que ia mesmo morrer por causa dos seus ferimentos e várias paragens cardiorrespiratórias que teve.
Mas não foi o que aconteceu, o seu coma durou pouco tempo, dois dias, quando pensamos que durasse mais de dois meses, não sabemos quem é, e enquanto descobrimos vamos arranjar-lhe um nome que tal Natalie?- diz calma, mas com firmeza.
- Gosto e parece-me familiar, mas não sei de onde.- digo ainda confusa.
-Muito bem, vamos tentar descobrir a sua identidade o mais rápido possível, mas agora vamos arranjar-lhe roupas, um emprego e uma casa.- diz ela muito séria e confiante.
-Obrigada e pode tratar-me por tu. Gostava de ter roupas pretas, gosto da cor, mas claro se não tiverem, podem ser cinzentas. - digo ainda um pouco confusa.
-Vou ver o que posso arranjar - sorri-me e sai da sala.
Estou com a cabeça às voltas quem sou eu? De onde vim? Quem são os meus amigos, a minha família será que tenho?
Então sinto sono e decido descansar para recuperar as forças que perdi nos últimos dois dias.
Adormeco e só acordo com um pesadelo,

Seis meses depois

São 8:00h da manhã desde à seis meses que acordo a esta hora, pois não consigo dormir mais. Raramente o meu sono é tranquilo, tenho muitos pesadelos, não sei o que são ou o que me querem dizer. O pesadelo é sempre o mesmo.
Eu estou numa casa sem qualquer decoração ou cor, sinto então uma dor enorme, como se sentirem falta de algo ou de alguém. Então aparece-me um rapaz ao qual não consigo ver a cara e do qual sinto um afeto enorme, como se fosse a pessoa com a qual quero passar a vida.
Esta névoa que sinto à seis meses não passa, a falta de memória mata-me por dentro, pensando na hipótese de existirem pessoas que me são queridas, que sentem a minha falta e podem até pensar que eu morri, estas pessoas das quais nãos me recordo.
Continuam a chamar-me Natalie, pois não sei qual é o meu nome, é frustrante, não descobriram o paradeiro da minha identidade.

Trabalho como militar, ao que parece tenho muito jeito para lutar. Devo ter aprendido antes de perder a memória, mas aprendido com alguém mesmo bom pois luto fantasticamente e nem me esforço, é incrível.
Vivo numa casa pequena mas confortável e muito acolhedora, tenho ainda um namorado muito engraçado e muito bonito, chama-se Theo, é incrível como um rapaz lindo se apaixonou por uma rapariga como eu.
Estou muito feliz mesmo não sabendo tudo sobre mim.

CONVERGENTE-um final inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora