Four
Quando chegam os polícias, vem um direto a mim e pergunta:
-Bom dia. Eu sou o inspetor Sam, recebemos a sua queixa no departamento. O que é que aconteceu?
- Bem, tudo começou quando, há alguns dias um amigo me convidou para um jantar de casais, mas eu nem sequer conhecia a rapariga. O jantar correu muito mal e pensei que não ia voltar a vê-la, mas estranhamente ela apareceu no meu trabalho no dia seguinte. Quando a vi fiquei impressionado, ela teve uma reação muito estranha disse que me perdoava e queria ficar comigo. Eu afastei-a e disse que era maluca, por vir depois do que tinha acontecido e mandei-a embora.- Respirei fundo e continuei.- Nessa tarde não fui para casa. Fui sair com o meu amigo, mas quando cheguei a casa, ao entrar no meu quarto, ela estava lá e eu expulsei-a. No dia seguinte, para muito espanto meu quando abri a porta ela estava lá.- Disse terminando com um suspiro.
- Muito bem, vou averiguar o caso. Vou falar com a minha colega, mas em principio vamos leva-la para interrogatório. – Disse.
- A sua colega? Pensei que fosse um homem, o meu colega trabalha na polícia e falou-me de si. Disse-me que trabalhava com um homem- perguntei intrigado.
- Sim chegou agora, veio de uma base militar de nova Iorque. Luta muito bem e passou todos os testes com distinção.- Disse-me
- Entendo, como se chama?- Perguntei já curioso.
- Chama-se Natalie, mas há alguns meses perdeu a memória num acidente e esse nome é apenas temporário - Contou-me
- Que acidente?- Interroguei-o cada vez mais interessado.
- Não sei, foi apenas o que nos contaram. Mas pode pedir mais informações ao meu superior. Pode ligar-lhe, se assim quiser.- Disse ele também já tendo interesse na conversa.
Ele foi falar com a colega, entretanto dirigi-me para as traseiras da casa, peguei no telemóvel e liguei para o dirigente da polícia. Enquanto eu esperava que o telefonema fosse atendido, o meu único pensamento era que eu tinha que saber quem era esta rapariga tão misteriosa e que nunca mais ninguém me tinha voltado a chamar à atenção desde a Tris.
Quando atenderam ouvi a voz do outro lado dizerem:
- Olá, está a falar com o dirigente do departamento de defesa desta cidade, quem fala?
- Daqui fala Tobias Eaton. Desculpe o incómodo, mas eu precisava de algumas informações sobre uma das polícias que trabalha aqui no departamento.- Digo diretamente.
- Claro estou à sua disposição em que posso ajuda-lo? – Pergunta já curioso.
- Agradeço, eu gostava de saber como é que a nova polícia perdeu a memória? Eu sei que foi num acidente, eu gostava de saber mais alguns pormenores, fiquei curioso.- Digo, soando o mais normal possível.
- Senhor Eaton, se está a referir-se à Natalie, o caso dela é muito reservado e não sei se devo revelar-lhe essas informações.- Disse apreensivo.
- Eu estou a pedir-lhe que me de essas informações, não vai negar isso a um dos chefes do conselho? Vai?- digo, tentando parecendo o mais autoritário possível.
- Muito bem mas só vou revelar-lhe esta informação pois é um superior e porque eu tenho uma enorme admiração e respeito por si.- Responde um pouco a medo
Depois de uns minutos em silêncio, ele cedeu e contou-me:
- Do que me foi dito esta rapariga há seis meses levou dois tiros e entrou em paragem cardiorrespiratória, pensava-se que estava morta. Então foi levada para a necrotério, onde uma enfermeira reparou que tinha pulso e a levou para Nova Iorque. Ela estava apenas em coma, o qual durou dois dias e quando acordou não tinha memória, conseguiu arranjar um trabalho como militar, e retomar uma vida, mas a sua identidade nunca foi descoberta pois a enfermeira que a descobriu se suicidou. Desde que acordou é ajudada por uma outra enfermeira e pelo que sei por um namorado que atualmente se encontra num estado clinico reservado, no hospital de Nova Iorque.
Eu ouvi tudo atentamente e fiquei a pensar, qual seria a razão para ela ter vindo para Chicago mesmo tendo um trabalho com um cargo muito mais baixo?
- Agradeço a sua disponibilidade e também por me ter contado a história da Natalie. Agora tenho que desligar estou muito ocupado, e mais uma vez obrigado.- Disse rapidamente.
- Adeus e não se esqueça sempre que precisar pode ligar.- Disse e desliguei o telemóvel.
Voltei para a frente da casa e todos os polícias já se tinham ido embora, mas uma coisa estava estranha a porta estava aberta. Quem será que estava em sua casa?
Entro em casa e encontro uma mulher a mexer no baú onde estavam as coisas da Tris.
- Quem é a senhora e o que é que está a fazer na minha casa?- Disse irritado.
- Na verdade não sei, mas gostava que me esclarecesse- Disse e eu reconheci aquela voz, reconhecê-la-ia em qualquer lado
Então vira-se e encara-me, quando a vejo fico estupefacto, nem posso acreditar que ela está viva.
- Tris és tu?- Disse a medo.
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CONVERGENTE-um final inesperado
AdventureEste é um dos finais que imaginei para o final deste livro pelo qual me viciei e que me cativou completamente. O único livro pelo qual chorei, sabendo o final. Tal como eu, tenho a certeza que existem muitas pessoas que se sentiram tristes e desapo...