Capítulo 11

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Tris

Estou sentada no carro do Four, estamos em silêncio e eu começo a perceber que finalmente alcancei o meu objetivo, sei quem realmente sou descobri o meu passado e tudo o que realmente aconteceu, estou muito feliz. Conheci o meu irmão, é um homem bonito de estatura média e muito simpático, também fui apresentada a uma rapariga que me tratou muito bem, era a minha melhor amiga. Apesar de eu ter descoberto a verdade ainda não me sinto totalmente realizada, ainda sinto o vazio e a solidão em que me encontrava em Nova Iorque.

Chegamos a um grande edifício, não sei o que é mas o Four disse que era uma surpresa, será que é outra das suas tentativas para me lembrar? Ele tira-me dos meus pensamentos e diz:

- Este era o complexo da Audácia, foi neste edifício que aprendeste a lutar e também onde tu me conheceste e a nossa história de amor começou. Aqui tu fizeste com que eu não te matasse por causa de uma simulação. Eu trouce-te aqui com a esperança que tu te recordes de alguma dessas coisas.

- Ok. Então vamos entrar eu sempre quis saber onde é que tinha aprendido a lutar.- Digo tentando, não magoa-lo em relação ao nosso relacionamento, que eu não consigo recordar.

- Vamos eu quero muito que tu vejas onde tudo aconteceu.- Disse animado.

Ele abre a aporta e não consigo ver nada porque está muito escuro e quando ele acende a luz deparo-me com um corredor muito assustador. Começamos a andar e ele leva-me para um abismo e explica-me que era aqui que toda a gente convivia. Depois leva-me para uma sala e diz:

- Aqui foi onde tu conseguiste impedir que eu te matasse e onde salvaste a cidade a primeira vez.

Pega na minha mão e leva-me para o fundo abismo perto de um rio onde o chão são rochas, senta-se e diz:

-Foi aqui que demos o nosso primeiro beijo.

- Eu sinto algo especial aqui, diferente, mas bom sinto-me em paz

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- Eu sinto algo especial aqui, diferente, mas bom sinto-me em paz. No entanto por mais que eu tente não consigo lembrar-me de nada.- Digo triste.

- Não te preocupes vais lembrar-te. Agora eu queria perguntar-te uma coisa que me anda a incomodar.

- Sim podes perguntar.

- Porque é que o teu namorado não veio contigo para Chicago?

- Bem é complicado ele era para vir, mas no dia que era para virmos eu encontrei-o desmaiado no apartamento dele, fomos para o hospital e disseram-me que ele estava em coma.- Digo desanimada ao lembrar-me.

- Desculpa ter perguntado, nunca imaginei que fosse esse o motivo de teres vindo- diz arrependido.

- Não é preciso te desculpares não sabias. Agora vamos para onde? Eu estou a adorar conhecer a cidade.- Digo já levantando-me, mas as pedras estavam escorregadias então caio. Ele começa a rir-se mas ao levantar-se cai também. Ficamos a rir como dois malucos e tentamos levantar-nos, mas é impossível estamos sem forças de tanto rir.

Por fim levantamo-nos e ele diz:

-Sei onde ir, o lugar onde começas-te a ser aceite pela Audácia.

- Onde foi?- Pergunto

- A roda gigante!- Exclama sorrindo, puxa-me e leva-me outra vez para o carro.

Desta vez a viagem de carro é muito mais divertida, já estou muito mais à vontade com o Four, conversamos sobre a grande queda dele e também da minha e voltamos a rir pois é um momento que vai ficar marcado, e desta vez nas minhas memórias atuais, e não no meu passado desconhecido.

- Chegamos.- Disse todo sorridente - Aqui foi o local, como eu já disse que começaste a ser aceite, mas não só onde mostras-te que eras mais forte do que qualquer um podia imaginar e que não eras só a rapariga bondosa da abnegação, que eras também uma mulher corajosa capaz de vencer qualquer coisa ou qualquer um, independentemente de qual fosse o obstáculo.

- Mas o que é que eu fiz para começar a ser aceite?- Questionei

- Num jogo de caça a bandeira onde o objetivo de qualquer um era vencer, o teu era muito mais do que isso era provar que podias fazer parte da Audácia e para começar tu subiste à roda gigante para descobrir a bandeira do adversário, quando mais ninguém pensou nisso.- Disse orgulhoso.

- Eu quero subir à roda gigante, eu preciso de saber qual é a sensação, tenho que sentir isso outra vez.- Digo

- Mas já é tarde passamos todo o dia a visitar a cidade deves estar cansada, e não vais subir à roda gigante assim.- Respondeu-me

- Não me interessa o que tu dizes, eu vou e não és tu quem me vai impedir.

- Bem se tu vais eu também vou subir, não sei como mas vou.- Disse e nesse momento e vi que ele também tinha medo de alguma coisa.

- Ok, então vamos a isso.

Comecei a subir, mas o Four estava parado a olhar para mim aterrorizado. Então decidi incentiva-lo:

- Vá-la, anda até parece que tens medo de alguma coisa.

- Se tu te lembrasses saberias a razão.- Disse triste, mas mesmo assim começou a subir.

Quando estava mesmo no cimo o meu pé escorregou e senti ele a agarrar-me.

Nesse exato instante eu sei que isso já aconteceu, neste mesmo sítio. Como se fosse um déjà vu. Mas eu sei que é uma memória, apenas uma imagem, mas é um grande começo pois em seis meses é a única que tenho.


CONVERGENTE-um final inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora