Capítulo 7

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Tris

Então viro-me e encaro-o, quando ele me vê muda por completo a sua expressão e diz:

- Tris és tu?

- Tris? É esse o meu nome?- Pergunto totalmente baralhada

- Tu não te lembras?- Disse confuso.

- Não, eu perdi a memória num acidente, mas não me recordo de mais detalhes. No entanto eu sei que te conheço, tenho sonhado contigo desde o acidente. Esses sonhos são como recordações, mas são muito vagos.- Digo confusa.

- Tu és a nova polícia, a Natalie, não és? Agora tudo faz sentido.- Disse como se tivesse desvendado um grande mistério.

- Sim, como é que sabes isso?- Pergunto desconfiada.

- Eu sei, porque quando um polícia me interrogou falou-me de uma nova parceira, o que me chamou à atenção. Agora já sei a razão pela qual isso aconteceu.- Disse ele com sinceridade.

- Muito bem. Então quer dizer que tu me conhecias antes de eu perder a memória?- Perguntei

- Sim.- Respondeu

- Como? Eu não intendo qual a nossa relação, estou tão confusa.- Digo

- Nós eramos namorados antes de pensar que tu tinhas morrido. Eu nem acredito que estás viva, eu sonhei com isto todos os dias, desde aquele momento em que pareceu que o meu mundo foi destruído por uma única frase. - Disse ele triste, quase a chorar.

- Bem eu não me lembro de ti. Sei que tu eras importante para mim e sei que algo me diz que eu já te conheço. Eu peço desculpa mas eu não me lembro, já tentei, mas não consigo.- Digo com pena dele

Ele começa a chegar mais perto, até quase me beijar, mas nesse momento lembro-me do Theo e impeço-o:

- Desculpa, mas isto não pode acontecer eu tenho namorado.– Digo a medo para não tentar magoa-lo.

- Como assim, tens um namorado?- Disse surpreso.

- Como eu não me conseguia lembrar de nada resolvi seguir em frente e construir um futuro, para não ficar agarrada ao meu passado. - Disse confiante.

- Está bem. Peço desculpa não pensei nisso, tens razão eu não devia julgar-te, tu não tens recordações. Mas isso vai mudar eu vou ajudar-te a lembrar e vou começar por mostrar-te a casa da tua infância.- Disse mais alegre.

- A sério, sabes onde é que é?- Perguntei animada

- Sim é mesmo aqui ao lado, em crianças eramos vizinhos e esta é a minha antiga casa e a tua é mesmo ali passaste por ela quando chegaste no carro da polícia.- Disse.

- Não acredito tenho que ir lá, podemos ir? – Pergunto entusiasmada.

- Agora?- Diz intrigado.

- Sim agora, vamos estou a morrer de curiosidade. Eu quero saber se é a casa do meu sonho.- Digo ansiosa

- Muito bem vamos lá.- Disse ele confiante

Ele subiu as escadas eu fui atrás dele, entrou no quarto e eu segui-o- Ele foi direito a uma caixa e tirou de lá uma chave, disse:

-Vamos?

-Sim. - Respondi

Saímos de casa dele, e fomos diretos para uma casa mesmo ali ao lado. Ele pegou na chave, abriu a porta e disse:

-Podes entrar.

Entrei e fiquei encantada com a casa era igual à do meu sonho, sem tirar nem pôr. A casa é simples com a mínima decoração possível, é minha cara, e pela primeira vez em muito tempo senti-me em casa. O meu primeiro pensamento foi vir morar para cá neste momento, mas existiam muitos obstáculos e duvidas por tirar, então disse:

-Tu sabes a minha história?

- Como já disse antes, sim.- Respondeu.

- Se assim é, conta-me o que é que realmente aconteceu, quem é que tu eras na minha vida. É que até agora a única coisa que eu sei é que me chamo Tris. – Disse honestamente.

-É uma longa história, não quero recordar isso tudo.- Disse negando

- Não te preocupes eu tenho todo tempo do mundo.- Disse e sorri para ele.

- Muito bem, então vou contar.- Disse ao perder a batalha

CONVERGENTE-um final inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora