Four
Nós os dois estávamos em silêncio durante a viagem, quando eu decido quebra-lo dizendo:
- Então conta-me como é que foram estes 6 meses em que não te recordavas de nada?
Ela faz uma expressão como se não entendesse a razão da pergunta mas responde depois de um suspiro:
- O primeiro foi de adaptação e os restantes foram todos iguais, uma rotina chata e muito cansativa. A única exceção foi o dia em que conheci o meu namorado, mas mesmo tendo um eu não me sinto bem, é como se faltasse sempre alguma coisa.
- Ai sim? - Perguntei com um sorriso nos lábios, pois adorei parte da sua resposta, nesse momento nasceu uma réstia de esperança de que ela podia voltar a ser feliz comigo. Eu ainda tinha chance de a reconquistar.
- Sim, é uma coisa que sinto desde que acordei do coma.- Respondeu desconfiada
- Chegámos.- Digo. Estou em pulgas para dizer ao Caleb e a todos os outros que eu tinha razão este tempo todo em acreditar que a Tris estava viva. Eu estava certo.
Saí do carro e segui diretamente para a porta, enquanto ela se punha admirar a casa, que era muito simples pintada de branco, com a exceção na cor das janelas. Ao contrário da casa, o jardim era muito complexo e pormenorizado cheio de flores de vários tipos e de um grande parque para as crianças da casa.
Bati à porta e quem veio atender foi o próprio Caleb que estranhou a minha inesperada visita, então perguntou:
- Four que surpresa, o que é que te trás aqui?
- Venho mostrar-te alguém, ela está dentro do carro.- Digo apressado
- Sabes que sou casado, não é? E a minha relação está muito bem.- Disse.
- Eu sei, não é o que estás a pensar é alguém que tu não vês há algum tempo. – Digo sorrindo.
- Quem?- pergunta já curioso
- Eu vou busca-la, vais ver- Disse feliz.
Vou direito ao carro e abro a porta da Tris e digo:
- Queres conhecer o teu irmão?- Ao que ela sorri.
Ela desce do carro e vamos para a porta. Onde está o Caleb, mas está de costas. Quando chegamos ao pé da porta chamo:
- Caleb.
Ele vira-se e no momento em que a vê diz:
- Tris?- Mas ao dizer isto desmaia.
Acontecendo isto a Tris fica assustada e pergunta:
- Foi alguma coisa que eu fiz?
- Não, ele é que não devia estar á espera de ver a irmã que morreu.- Digo.
- Pois, vamos leva-lo para dentro de casa.- Diz, enquanto eu pego no Caleb ao colo.
Entramos, ponho o Caleb no sofá e ouço a Susan dizer:
- Caleb quem era?
- Não é o Caleb, é o Four, Susan, podes chegar aqui?- Digo.
- Desculpa eu estar assim, mas não estava à espera de visitas.- Diz mas cala-se ao ver a Tris e o Caleb desmaiado no sofá. Começa a chorar e agarrasse à Tris, que fica muito espantada com a reação de Susan.
- Tris, estás viva como é que isto pode ser possível?- Diz sem reação
- Desculpa, mas quem és?- Diz impressionada
- O quê? Como assim não sabes?- Susan pergunta.
- Ela perdeu a memória no acidente há 6 meses.- Explico para não existirem mais perguntas. A Susan vira-se para Caleb e acorda-o. Ao acordar diz:
- Sonhei que a tris estava viva e que estava cá em casa- Disse meio tonto.
- Bem eu estou. – Disse Tris
Ele levantou-se e agarrou-se à irmã. Estiveram assim mais de 20 minutos. Quando o Caleb a largou, estava com os olhos vermelhos de chorar, finalmente perguntou:
- Como?
- Perdi a memória no acidente e estive este tempo todo em Nova Iorque. Quando há algumas semanas recebi a proposta de emprego para trabalhar na polícia.- Explica ela.
- Então não te lembras de mim?- Perguntou triste.
- É estranho mas eu sei que já te vi em algum lado, mas não sei onde. Sei que quando me abraçaste me senti diferente, como se tivesse uma ligação maior contigo.- Disse Tris sinceramente.
- Está bem e agora onde é que vais ficar a viver?- Perguntou
- Na casa dos nossos pais, o... Desculpa como é que te chamas? Eu não cheguei a perguntar- Disse
- Chamo-me Four- Disse triste por ela nem do meu nome se lembrar.
- Ok, o Four mostrou-ma.
- E agora para onde vão? – Perguntou
- Vou leva-la conhecer a Cristina e depois queria leva-la ao antigo edifício da Audácia.- Sussurrei
- Muito bem eu vou com vocês.- Disse determinado
- Bem então vamos- Disse
O Caleb deu um beijo à Susan e nós fomos para o carro. E dirigimo-nos para o trabalho da Christina.
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CONVERGENTE-um final inesperado
AventureEste é um dos finais que imaginei para o final deste livro pelo qual me viciei e que me cativou completamente. O único livro pelo qual chorei, sabendo o final. Tal como eu, tenho a certeza que existem muitas pessoas que se sentiram tristes e desapo...