CONVERGENTE-um final inesperado

Capítulo 10

Four

Quando paramos em frente ao Departamento de Ajuda Social, onde trabalha a Christina, a Tris saí do carro e diz:

- Agora não vou ficar no carro.

- Tens de ficar, nós vamos prepara-la para o choque.- Digo sério

- Sim da mesma maneira que preparaste o Caleb. Fizeste-o tão bem que ele até desmaiou. Então eu vou e não há mais discussão.- Disse zangada.

- Muito bem, vamos entrar.- Disse.

Entramos no edifício, que era na maioria azul e branco em homenagem ao Will, pois ele era da Erudição e essas era a cor da fação.

Ao entrar vimos a fotografia da cidade antes e depois das facções, o que me faz sempre relembrar aquilo que passei com a Tris e tudo o que a cidade atravessou para se unir. Dirijo-me à rececionista e digo:

- Nós gostávamos de falar com a Christina.

- Claro vou informa-la que estão aqui.- Diz sorrindo

- Não será necessário nós queríamos fazer uma surpresa – Digo apressadamente

Dirigimo-nos para a sala dela e eu bato à porta ao que ouço:

-Entre.

Abro a porta e digo:

- Olá Chris tenho uma surpresa. Podemos entrar?

- "Podemos?" Tu e mais quem?- Perguntou

- Uns amigos nossos, podemos ou não?- Digo impaciente

- Claro entrem lá.- Disse por fim dando-se por vencida.

Primeiro entro eu, depois o Caleb e por fim a Tris, quando ela entra a Christina fica sem reação, mas depois diz:

- Tris? Não, não pode ser a Tris, ela morreu. Encontraram uma sósia e querem fazer pouco de mim, só pode ser.- Diz nervosa.

- Sim é ela, ela não morreu, ela perdeu a memória e esteve estes seis meses em Nova Iorque.- Digo para a esclarecer.

-Não, é impossível. Não, é impossível. Não, é impossível.- Repetia como se não acreditasse nas suas próprias palavras.

Levantou-se e dirigiu-se à Tris e abraçou-a chorando compulsivamente.

-Eu tinha perdido a minha amiga e ela voltou.- Disse sorrindo

- Eu disse-te que tinha o pressentimento de que ela não tinha morrido.- Lembrei

- Pois foi, foste o único a manter a fé e estavas certo. Então agora vamos fazer uma festa de boas vindas para toda a cidade saber que a sua salvadora está viva e mais forte que nunca.- Disse entusiasmada

- Não nada de festas, eu não quero. Neste momento a minha cabeça está uma confusão.- Disse a Tris com uma voz triste.

- É isso mesmo nada de festas, por enquanto este assunto fica apenas entre nós- Disse o Caleb.

- Não, a Tris não pode ficar em segredo é um absurdo. Mas também não vamos fazer uma festa para ela repleta de desconhecidos. Nós vamos fazer aquilo que a Tris quiser.- Digo com uma voz autoritária que não usava há algum tempo.

- Tens razão Four- Disse Caleb

- Então o que é que tu queres Tris?- perguntou a Christina zangada.

- Eu não sei. Bem na verdade eu tive uma ideia. Que tal em vez de uma festa, fizermos um jantar só com as pessoas mais próximas para eu conhecer e depois noutro dia um dos chefes do conselho anuncia que eu estou viva, pode ser qualquer um não é necessário que seja o Four.- Diz decidida.

- Muito bem, mas eu faço questão que seja eu a dar essa incrível noticia.- Digo sorrindo.

- Então falta só saber onde vai ser o jantar e quando.- Diz Christina apressada.

-Eu queria que fosse na casa dos meus pais, amanhã. Pode ser?- Disse a Tris meio a medo.

- Claro que pode o jantar é em tua honra, mas agora queria levar-te a um lugar. E gostava que fossemos sozinhos se não te importas Caleb - Digo

- Não eu não me importo.- Disse Caleb

- E posso saber onde é que vamos?- Pergunta Tris

- Tudo a seu tempo, é surpresa.- Digo piscando-lhe o olho.

- Adeus- Disseram Caleb e Christina ao mesmo tempo abraçando a Tris.

- Adeus, não se preocupem e vou conseguir lembrar-me eu prometo.- Disse Tris tentando consular a Christina que não parava de chorar.

Saímos e fomos para o carro, direitos ao complexo da Audácia. A minha grande esperança é que a faça recordar alguma coisa, foi naquele sítio que nos conhecemos, onde tudo começou, o local em que nós nos apaixonamos. É muito especial.