Tarde demais ━
A senhorita da família Akashi se vê forçada a viver em um país estrangeiro, após dormir com o líder da Toman. Cinco longos anos depois, ela voltou para o seu país com uma linda criança em seus braços.
━━━━━Iceene
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ֺ✦⸼࣪⸳ ┊Passado┊
O rapaz de madeixas loiras partiu para cima dos três rapazes, deixando-os inconscientes com socos. Seus olhos exalavam uma sede por sangue, era amedrontador.
Assim que Ahmya abriu os olhos, deparou-se com o rapaz. Os punhos dele estavam cerrados e escorria um líquido vermelho, que deixava o chão completamente manchado.
Ela gritou assustada, atraindo o olhar impulsivo do loiro.
— Mete o pé, garota. — Murmurou impaciente.
Ele exalava uma aura assustadora e seus olhos eram a própria definição da escuridão.
— Tá surda? — Ele a encarou com suas orbes negras. — Ou tá querendo morrer?
A platinada se encolheu. Ahmya não sabia a saída, pois jamais havia pisado nesse território antes. Apesar de tudo, o homem não a deixava assustada. Sua ingenuidade não a permitia pensar que ele seria capaz de fazer algo ruim.
Ela jamais havia tido contato com a monstruosidade masculina. Ahmya sempre conviveu com seus irmãos, os quais faziam de tudo para o mundo não a corromper.
E então, ela começou a segui-lo discretamente.
O de cabelo loiro já não andava mais pelas ruas comuns de Tóquio, mas sim por um local semelhante às favelas brasileiras, porém todas as casas estavam abandonadas.
— Vai me seguir até quando? — Ele parou no meio do caminho.
A garota deu de cara com suas costas rígidas, fazendo-a cair para trás.
— Eu não sei a saída... — Respondeu ela com receio, enquanto se levantava do chão.
— Só some da minha vista, vadia.
Ela, no entanto, continuou parada. Ele a olhou com impaciência, suas orbes estavam mais escuras do que antes.
— Eu não sou uma vadia, você está enganado.
— Quem te mandou aqui? O porra do Terano? — Perguntou ele. — Porque tem que ser louca o suficiente para me seguir até aqui, sem ao menos sentir medo.
— Eu já falei que não sei a saída. — Ahmya segurou o braço do rapaz. — Moço, eu só quero voltar para casa.
Sua inocência atraiu o homem. Era a primeira vez que ele via uma pessoa tão pura, que não enxergava o mal no próprio diabo. Isso despertou uma vontade de protegê-la.
— Qual o seu nome, coisinha esquisita? — Ele se virou na direção dela.
— Chloé. — Mentiu.
Ahmya era inocente, mas não burra. Seus irmãos eram influentes no Japão inteiro, por isso sempre foi ensinada a nunca dizer seu nome verdadeiro.
