Capítulo Seis

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Sai da escola e fui para casa. Estava com tosse e dor no corpo.. Acho que peguei um resfriado. E logo na semana do meu aniversário. Isso realmente não é justo. Como eu odeio isso. Meu pai sempre faz E mesma coisa. Me leva ao médico, faz aquele chá horrível que a vovó ensinou ele a fazer quando alguém fica doente e assistimos uma maratona de Friends. Não que eu não goste da série, porque eu amo, mas assisti a série inteira três vezes. TRÊS VEZES. Sabe como é cansativo já saber até as falas. Cheguei em casa e fui correndo para o meu quarto. Vou fazer de tudo com que meu pai não descubra que estou resfriada.

-Chris? Você está bem? - Meu pai bateu na porta. Droga, esqueci que ele não teve aula hoje.- O que aconteceu?

-Nada pai. - Eu disse com a voz pesada e espirrando.

-Você está resfriada?- Ele abriu a porta com aquela maldita chave mestra que ele tem. Ela abre todas as portas da casa. Eu estava sentada na cama com um lenço na mão para limpar meu nariz. -Aí meu Deus Chris. Se arrume. Vou te levar ao medico.

-Pai, é só uma gripe comum que qualquer pessoa normal tem- Tive uma crise de tosse horrível.

-Você está com tuberculose.

-Deixa de ser exagerado. É só uma gripe. -Eu disse me jogando na cama enquanto meu pai pegava os documentos necessários para fazer uma ficha no hospital local. É SÓ UMA GRIPE!- Meu grito saiu abafado por causa do travesseiro que barrou as ondas sonoras emitidas pelas minhas cordas vocais. Acho que passar muito tempo com Cas me deixou um pouco nerd.

-Filha, quantas vezes vou ter que dizer que eu..

-já trabalhei em um hospital e sei o que é uma gripe ou não. Já disse isso milhões de vezes- Eu disse completando aquela frase que eu já ouvi milhares de vezes. Meu pai já trabalhou uma semana em um hospital no Kansas para fazer um TCC sobre doenças transmissíveis.

-Que bom que já sabe. Agora vamos. -Ele me puxou da cama e tive de segui-lo até o carro. DEUS EU QUERO MORRER

                          *****

Acho que Deus ouviu meu pedido e resolveu me matar. Aqui estou eu, sendo furada por uma agulha graças a uma bela pneumonia. Que ódio. Vou ter que fazer tudo o que menos gosto. Dormir e ficar parada. Isso parece estranho, mas eu não curto muito. Gosto de passear e ficar acordada. Geralmente durmo umas seis horas por dia e acho muito. Nesse momento estão me arrastando para o quarto onde vou ficar internada. Não gosto de hospitais. Eles me arrepiam e me dão agonia.

-Esta confortável? - a simpática enfermeira que aparentava ter seus 40 anos me preguntou enquanto afofava meu travesseiro que estava um até um pouco duro, mas como não gosto de incomodar, disse que estava ótimo .Ela saiu e eu olhei a hora. Já eram 15:00 e meu pai teve que voltar para casa, pois a diretora convocou-o para uma reunião de ultima hora sobre uma misteriosa verba que a escola recebeu. Agora estou sozinha no quarto silencioso de hospital com uma agulha na minha veia. Estou com uma crise de tosse horrível. E de espirro também. Acabei adormecendo rapidamente.

Acordei com um susto. Um médico estava ao meu lado colocando outra bolsa de soro no lugar da vazia.

-Me desculpe pelo susto.- Ele disse dando um sorriso que parecia que eu conhecia.
-Tudo bem. Já estava já hora de acordar. -Aquela agulha incomodava. Minha vontade é de tira-la do meu braço. -Espero que eu possa ir embora logo.
-Eu também. - Ele disse olhando para mim com os olhos completamente negros. Reconheci aquele homem como o que me atacou na sala de aula. Ao ver meu olhar de espanto, ele olhou para a porta fazendo a mesma bater com um estrondo. -Preciso de você lá fora. -Ele disse arrancando a agulha do meu braço fazendo com o que minha veia eliminasse muito sangue.
-Me deixa em paz! Quem é você? -Eu disse com a mão no lugar onde a agulha deveria estar.
-Eu sou uma pessoa importante  para você. A única coisa que deve saber de mim hoje é que eu sou Lúcifer e espeto que você lembre-se de que lado deve ficar minha querida. Agora é melhor não contar a ninguém quem esteve aqui ou o seu querido anjinho vai morrer.Isso é uma promessa pequena Chris.A porta se abriu e a agulha voltou ao meu braço como estava antes. Os olhos do enfermeiro voltaram a cor de âmbar como alguns minutos atrás e ele continuou seu trabalho. Depois desse acontecimento pedi para poder ir ao refeitório para poder comer alguma coisa e andar um pouco. Com a permissão conseguida e o soro desligado da minha veia, fui em direção ao considerado melhor lugar daquele hospital.

O Pecado Escondido-Livro UmOnde histórias criam vida. Descubra agora