Nossa,noite conturbada. Depois que cheguei no meu quarto, começou uma estranha tempestade forte que chegou a derrubar uma árvore perto do meu quarto. Acabei caindo no sono e acordando agora. A enfermeira estava colocando outro remédio quando Lilith apareceu na porta junto com Joseph.
-Olha só quem finalmente acordou. -Ela disse entrando no quarto sem nenhuma cerimônia.- Bom dia pudinzinho.
-Vá se ferrar- A enfermeira saiu do quarto. Acho que já terminou de trocar o remédio.
-Tá tudo bem? -Joseph perguntou segurando minha mãe.
-Só com muita tosse.
-Mas de resto, tá tudo bem?
-Tá sim obrigado- Consegui me levantar o bastante para selar meus lábios com os de Joseph e dar um abraço em Lilith. -O que fazem aqui?
-Viemos ver como você está. Nós chegamos as 08:00, mas você estava dormindo e não queríamos atrapalhar seu sono, então eu e o Joseph fomos tomar café na lanchonete. Seu pai falou que vai passar aqui a tarde.
-Espera, vocês cabularam?
-Sim, mas o seu pai nos encobriu.
-Ah sim. Um novo cúmplice para vocês. -Lilith riu pegando o celular do bolso.
-Minha mãe está me ligando. -Ela disse saindo do quarto. -Já volto. -Olhei para Joseph e dei um pequeno sorriso quando ele pegou meu queixo com seus dedos gélidos.
-Preciso falar com você. Em particular.
-Pode falar agora.
-Não. Você conhece Lilith melhor do que eu e sabe que ela adora uma fofoca.
-E o Cas? Onde ele está?
-Cas? Quem é esse? Um concorrente?
-Não- Eu disse rindo e seguindo com uma tosse. -É um amigo desde criança.
-Ata. Não conheço.-Lilith entrou pela porta um pouco afobada.
-Aconteça o que acontecer, não deixe aquele homem entrar.
-Quem? -A porta se abriu revelando meu senhor amigo da noite passada. -Olá Johnson. Tudo bem com o senhor?
-Tudo sim. Algo errado com a sua amiga?
-Você fala com esse velho porco? -Joseph disse com uma cara de nojo.
-Não falhe dele assim. Joseph como pode?
-Ele tem câncer e é um velho. -Lilith disse.
-Meu deus, cala a boca Lilith. Você fala muita besteira. -Eu disse me virando para Johnson.-Me desculpe por isso.
-Tudo bem.
-Tudo bem nada- Disse ela -Ou fica eu e Joseph no quarto ou esse velho. -Olhei bem para a cara de Lilith e logo depois a de Joseph.
-Então saiam. Não se usa essa frase nessa ocasião agora mas, a porta é a serventia da casa, então fora do meu quarto. Os dois.
-Chris- Joseph disse- Só pode estar brincando, né?- Ele disse acariciando minha bochecha e tirei a mão dele rapidamente do meu rosto.
-Só quero te lembrar que só ficamos um dia. Não estamos ficando de verdade nem namorando, então sua presença aqui não faz falta. Até os dois pedirem desculpas para o Johnson não quero ver vocês nem em pintura.
-É sério que você está defendendo esse velho.
-F-O-R-A!
-Tudo bem então. -Ela disse pegando a bolsa enfurecida e saindo do quarto batendo a porta. Logo Joseph também saiu me deixando sozinha com Johnson.
-Não precisava fazer isso. Só vim dizer Bom Dia.- Ele disse continuando de pé.
-Claro que precisava. Eles precisam ter respeito. Aliás, bom dia também. -A porta a abriu com um pequeno rangido que me fez olhar rapidamente para porta, mas Johnson impedia que eu posso ver quem estava entrando, então deduzi que era Lilith. -Já mandei vocês embora.Que raiva. Ou pedem desculpas..
-Fico feliz em te ver também. -Era Cas.
-Ah é você. Pensava que era Lilith e Joseph.
-Vocês brigaram? Porque ela saiu daqui te xingando até os dedos do pé.
-Sim. Ela insultou meu amigo. Falando nele, Cas esse é o Johnson. E Johnson, esse é o Cassiel mais conhecido como Cas.
-Prazer em conhece-lo. -Johnson esticou a mão apertando a de Cas em um cumprimento simples.
- O prazer é todo meu.-Cas disse. -O senhor está no hospital ou é visita?
-Estou internado com leucemia.
-Oh.Nossa. Sinto muito.
-Não sinta. A culpa não é sua. É das estrelas. -Ele disse rindo me lembrando do livro tão triste que eu li.
-Nem me lembre desse livro. Estou inconformada com o final. COMO O GUS PODE MORRER?
-Nem me lembre. Você quase entrou em uma depressão profundo quando terminou.
-Não gosto de leitura com vocabulário chulo.
-Mas nem tem tanto palavrão quanto cidades de papel. Não vejo a hora de sair o filme.
-Bom dia pudinzinho. -Pelo apelido idiota, reconheci que tá meu pai.
-Bom dia pai. Alguma novidade? -Na madruga meu pai foi ver os resultados do exame de raio-x que eu fiz.
-Advinha?
-Virou um tumor!- Meu pai arregalou os olhos com o que eu disse.
-Claro que não. - Ele disse apoiando os braços na bancada- Os exames mostram que você não tem mais pneumonia.
-Oi?
-Fiquei nesse mesmo estado quando soube.
-Primeiro o braço e agora isso. Eu sou o que?Um mutante.
-Quem dera isso acontecer comigo.-Johnson disse.
-Não se preocupe Johnson. Você vai se curar disso.
-Espero. -Ele disse olhando o relógio no pulso. -Tenho que voltar para o quarto. Até logo Chris.
-Até. -Ele saiu me deixando apenas com Cas e meu pai.
-Quem é ele?- Meu pai disso finalmente prestando atenção na saída de Johnson.
-Um amigo que eu fiz ontem. Mas eu vou receber alta.
- Ainda não. Você vai passar por uma bateria de exames e se der tudo certo, você sai amanhã.
-Graças a Deus.
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O Pecado Escondido-Livro Um
RandomChristine não pode reclamar da vida. Filha de um professor de biologia, Chris tem a casa perfeita, o pai perfeito, o namorado perfeito. Bom, ela tem a vida perfeita. Mas isso até ela completar seus dezesseis anos terrestres. Nessa data, Chris começa...