Não consegui convencer Beatrice a ficar, ela insistiu e se sentiu ofendida quando disse que ela não seria útil com o ombro machucado. Caleb foi uma escolha óbvia, ele era da Erudição sabe boa parte do que eles planejaram, Marcus... Não sei bem o porquê de deixar ele vir, mas acho que posso usá-lo como bode expiatório, não me importo que ele morra. Meu pai, mesmo sem falar comigo direito, disse que viria e pronto, já estava decidido. E comparando com todos esses voluntários, Beatrice é bem melhor que todos mesmo ferida, então deixei que viesse.
As forças da Erudição e da Audácia estão concentradas aqui, na Abnegação. Então, creio que será fácil entrarmos na Audácia. Me certifico que todos os outros corram em direção à Amizade e quando vejo que todos estão bem, me viro em direção à cidade, e a luta contra esses filhos da puta.
Preciso alertar Evelyn, ela já deveria ter mandando um de seus capangas me procurar. Preciso usá-los como soldados para nos ajudar a entrar na Audácia e outros para escoltar os Caretas até a Amizade. Tenho um plano b, preciso entrar em um dos prédios dos sem-facção. A sorte é que estamos perto de vários deles.
— É o seguinte. — começo e eles prestem atenção em mim. — Precisamos de ajuda, e eu tenho pessoas que podem nos ajudar. Mas precisamos entrar em um dos principais prédios dos sem-facção.
— Por que? — pergunta Marcus.
— Você é surdo? — pergunto e ele respira fundo. — Precisamos de ajuda. Vão ter que confiar em mim, são só amigos meus e não quero que comentem isso com mais ninguém depois que acabarmos. Entenderam?
Todos concordam com o plano e então andamos rápido e com cuidado. Quatro quadras depois estamos no prédio em que encontrei o senhorzinho que me assustou.
Peço para que fiquem de guarda e entro sozinha no prédio que está vazio. Em minha parceria com Evelyn planejamos vários cenários possíveis, então combinamos de deixar walkie-talkies espelhados pela cidade para nos comunicarmos quando necessário, como deixei o meu em meu apartamento preciso procurar o que está nesse prédio.
Subo as escadas com a arma engatilhada, passo pelo corredor principal, entro em um escritório e levanto um alçapão, embaixo há uma caixa pequena pego com cuidado e ligo o walkie-talkie.
Toco no botão de conversa e chamo por Evelyn, aguardo alguns segundos e um chiado me alerta.
— Onde você está? — ela pergunta.
— Acabei de sair da Abnegação. Preciso que me ajude a invadir a Audácia e que escolte o trem até a Amizade.
— Invadir a Audácia? Está ficando louca?
— Não! Preciso encerrar a simulação. — não quero falar sobre Tobias, mas ela insiste:
— Não podemos! Perderemos pessoas com isso.
— Evelyn e o nosso acordo? — ela não responde e então minha raiva cresce. — Tobias está sendo controlado.
Ela não me responde de imediato e temo que a conexão tenha falhado.
— Evelyn?
— Onde eles devem te encontrar?
Desligo o walkie-talkie e desço as escadas correndo.
Todos me olham com expectativa.
— Vamos. Já resolvi.
Encontramo-nos ao lado dos trilhos do trem, que nos levarão até o perigo.
— Que horas são? — pergunto a Caleb. Ele confere o relógio.
— Três e doze. — Ele vai passar a qualquer instante. — Ele vai parar? — pergunta ele.
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Subversivo (1.1 Divergente)
FanfictionApós dois anos de sua iniciação, Becky está indo muito bem na liderança, sua desconfiança contra a Erudição apenas aumenta, a chegada de sua irmã faz com que tudo fique ainda mais complicado e assim ela entende que está na hora de começar a agir sem...