011, the feels.

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❝Eu gosto dos seus olhos penetrantesMas ainda não somos nada de especialQuanto mais você vai me fazer esperar?❞

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❝Eu gosto dos seus olhos penetrantes
Mas ainda não somos nada de especial
Quanto mais você vai me fazer esperar?❞

─ ROOKIE, RED VELVET

Dahyun não havia ido para a escola naquela manhã já que seu tornozelo ainda doía bastante, no entanto, aquilo não a impediu de espernear sobre a colchão macio ao ler as mensagens de Momo.

"bom dia kim"

"como você está?"

"você não veio hoje..."

"fiquei preocupada"

Eram palavras simples mas cheias de um significado ainda desconhecido por Dahyun, que revirava-se sobre o colchão macio, sentindo milhares de borboletas dançarem livremente por seu estômago.

Por um momento, se esqueceu da dor que sentia. Só conseguia pensar no que se passava pela cabeça da japonesa.

Será que o coração dela batia do mesmo jeito que o seu? Acelerado, quase saindo do peito? Será que ela havia gostado da noite anterior tanto quando Dahyun gostou?

Eram inúmeras perguntas e uma mistura de sensações que a Kim jamais sentira antes. Uma atração sobrenatural que, pouco a pouco, transformava-se em algo a mais.

Kim Dahyun estava se apaixonando.

Será que Momo também estava? Será que estavam na mesma sintonia?

Talvez fosse tolice se sentir dessa maneira com tão pouco, mas Dahyun nunca se importou muito em parecer boba, afinal.

Diante de tantos pensamentos e de tanta euforia, acabou por não responder as mensagens. Ela nem ao menos sabia o que dizer.

Soltou um suspiro sonhador, permitindo-se imaginar milhares de cenários diferentes. Em alguns, Momo era sua namorada. Em outros, ela se declarava para a japonesa da forma mais romântica e clichê que conseguia encontrar.

Sonhava acordada com um céu vermelho como as bochechas coradas da Hirai logo após uma partida de basquete. Sentia-se hipnotizada por tais pensamentos. Quase que anestesiada.

Ainda era estranho pensar que, de uma hora para a outra, a Momo romântica, doce e tranquila por quem pensava ser perdidamente apaixonada transformou-se em uma Momo despreocupada, atlética e sarcástica que consegue a deixar louca apenas com um olhar.

Em um certo dia, tudo se transformou. Agora, Dahyun sentia com mais intensidade. Agora ela compreendia o que era descrito em diversos livros de romance.

Em meio a tantos pensamentos e a um sorriso idiota estampado nos lábios, Dahyun ouviu a campainha soar.

Seus pais não estavam em casa, tão pouco sua irmã mais velha, Jisoo.

Ela não fazia idéia de quem pudesse estar em sua porta naquele horário, mas seja lá quem fosse, parecia desesperado.

Com certa pressa, levantou-se da cama e calçou as pantufas cor-de-rosa, descendo as escadas com cuidado. Não queria piorar o estado de seu tornozelo.

O som da campainha soou mais uma vez e, mancando levemente, chegou até a porta, abrindo a mesma sem demora.

Dahyun levou um susto ao dar de cara com uma Nayeon chorosa e descabelada olhando fixamente para o nada.

Seus olhinhos escuros estavam inchados e repletos de lágrimas secas sendo substituídas por novas. A pontinha de seu nariz estava vermelho pelo choro recente e seus lábios ressecados estavam entre-abertos.

─ unnie, o que houve? ─ a Kim questionou preocupada, dando espaço para que a mesma entrasse.

Nayeon o fez sem hesitar.

─ eu te enviei uma mensagem, mas você não viu ─ respondeu tão baixo que Dahyun por pouco não escutou ─ então eu vim pra cá, torcendo pra que você estivesse em casa ─ dito isso, a mais baixa desabou no sofá.

─ ah meu Deus ─ a mais nova fechou a porta trás de si, correndo em direção a Nayeon, que se encolhia cada vez mais sobre o estofado ─ eu realmente não vi sua mensagem, unnie. Sinto muito! ─ proferiu, sentando-se ao lado da mais velha e a envolvendo em um abraço caloroso.

Nayeon estava tão encolhida que Dahyun quase a envolveu por completo.

─ o que houve com você, meu bem? ─ sua voz era mansa e, com a mão direita, ela acariciava os cabelos da outra, que soluçava baixinho.

─ eu... eu levei um pé na bunda, tofu ─ a Im respondeu, gaguejando algumas vezes ─ eu realmente não quero falar sobre isso agora. Eu só... Eu só preciso do seu abraço.

Dahyun não questionou, apenas continuou ali, acariciando o rosto molhado de Nayeon. Estavam parcialmente deitadas no sofá, de conchinha. O calor do corpo da Kim acolhendo a mente tempestuosa da mais velha.

─ eu vou fazer um chá pra você, unnie. Chá de hibisco, o seu favorito ─ Dahyun ameaçou se levantar, mas foi impedida pela mão trêmula da Im, que segurou com força a manga de seu moletom.

─ não me deixa sozinha, tofu ─ sussurrou em um fio de voz - por favor.

Mesmo que Nayeon não estivesse olhando, Dahyun assentiu, acomodando-se novamente atrás da mais velha, passando o braço direito por sua cintura enquanto, com a mão esquerda, voltava a acariciar os fios longos e macios.

Alguns segundos depois, Dahyun decidiu cantarolar uma música qualquer bem baixinho, próximo ao ouvido da Im, e sorriu levemente ao notar que sua respiração já começava a se acalmar.

Nayeon provavelmente dormiria em breve.

I'm all ears, I'm listening ─ murmurou baixinho, sentindo seu coração se comprimir.

Não fazia a menor idéia de quem havia partido o coração de Nayeon, que é a garota mais incrível e compreensiva que já conhecera, mas sabia que essa pessoa era muito, muito idiota.

Boa tarde pessoal, como vocês estão?

Esse capítulo ficou um pouquinho curto, mas ele serve mais como uma finalização do anterior.

Bem, gostaria de agradecer a todos que estão lendo wishing on a star. Essa fanfic se tornou meu xodó, embora eu não esteja 100% satisfeita com a escrita. De verdade, agradeço de coração a cada um de vocês.

Também gostaria de perguntar o que estão achando da fanfic. Alguma teoria sobre o futuro das 2yeon ou mesmo das Dahmo?

Até mais <3





𝗐𝗂𝗌𝗁𝗂𝗇𝗀 𝗈𝗇 𝖺 𝗌𝗍𝖺𝗋 | 𝗱𝗮𝗵𝗺𝗼Onde histórias criam vida. Descubra agora