17 de setembro de 2023
Domingo
Nem sei como começar isso.
Eu escrevi na terça para vocês. E mencionei o trabalho de artes, certo?!
Pois é, ele foi na minha casa.
Sinceramente, preferia que fizemos na rua, mas aquela puta da Adriely estava toda frescurenta sobre ficar sentada em uma calçada ou em algum banquinho do parque.
O tal do Thomas falou que não poderia ser na casa dele, não sei porque. Verônica também não, e nem a Adriely (mas acho que ela só não queria mesmo).
Então sobrou pra mim.
Acredite, DISCUTI com eles por uns 15 minutos sobre isso, e logicamente perdi.
Não poderia ser na biblioteca da escola, já que nos horários disponíveis, quem não está disponível SOU EU. E aquele professor comedor de aluna exigiu que teríamos de fazer o trabalho juntos, e não cada um em sua casa.
Que saco.
Me deu uma mínima vontade de morrer, bem pequena, quase nada.
Como aquela aula MARAVILHOSA já estava acabando, tive tempo de passar o endereço e o horário antes da troca de aula, que definimos para as 02PM, ou as 14 horas, sei lá como funciona no Brasil.
Seguindo o combinado, hoje estava todo mundo aqui. A primeira a chegar foi Verônica, trazendo o que pedimos. Conversamos um pouco e ela me contou sobre sua primeira impressão em relação a escola.
Disse que eu tinha razão, aquele lugar realmente não parece o que é. Para pessoas de fora, consegue ser um paraíso: minas e caras bonitos, boa educação, localização estratégica, alunos e professores dedicados e respeitosos.
É, seria bom se fosse assim.
A escola só está de pé por causa do dinheiro, por que eles não ensinam porra nenhuma! Se os adultos não ligam, como os alunos vão?! Sem querer botar pressão nos professores, mas também usamos vocês de exemplo, se mostrarem tédio e preguiça, entraremos na onda. Falo em conjunto pois também me afeta. Toda vez que vejo a merda da professora de educação física por exemplo, não tenho a mínima vontade de fazer sua aula, não só pelo meu desprezo em correr (também), é pela animação (ironia) daquela mulher.
Eu fiz todo o meu fundamental em outra escola, e era melhor que a minha atual em níveis extremamente ALTOS. Amava a maioria dos professores, e fazia questão de não faltar em suas aulas. Eram engraçados, ensinavam com gentileza e paciência, de uma forma clara e sem dispersar a turma, não tinha ninguém que vacilava nas aulas deles. As notas?! Perfeitas! Todos ficavamos felizes e íamos comemorar com festas em sala ou em lanchonetes próximas.
Saudades disso.
Mas já passou, e agora só poderei me lembrar de alguns dos melhores anos da minha vida.
Me envolvi tanto com o assunto da Verônica que esqueci dos restos de seres humanos chegando.
Suspeitosamente, os dois estavam juntos. Thomas com um sorrisinho de quem vai aprontar e Adriely parecendo surpresa com algo. No caso, com a minha humilde residência (que de humilde não tem nada!).
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O Incrível Diário De Uma Quase Nerd
Fiksi UmumGostam de um clichê? Bom, eu sim! Mas esse aqui foge das normas e das suas expectativas. Conforme as regras dos clichês, a nerd protagonista tem que ser inocente, fofinha, ingênua, sensível, carinhosa e empática, praticamente perfeita. Aquela pessoa...