O Incrível Diário De Uma Quase Nerd

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15 de novembro de 2023.

Quarta

PUTA QUE PARIU!

mano... MANO!

Vocês não vão ACREDITAR NO QUE EU DESCOBRI.

É simplesmente... surreal a minha facilidade para me meter em confusão.

Definitivamente, eu sou imã de problemas.

Porque essas coisas só acontecem comigo?!

Ah, tô enrolando.

Mas como eu gosto de fazer vocês passarem raiva, vou enrolar um pouco mais.

Meu dia começou como qualquer outro: fui pra escola, voltei correndo, tomei um banho para ficar cheirosinha e depois, caminhei rumo a empresa.

Cheguei bem a tempo para a aula de Técnica Geral da Dança.

Mas isso não é relevante para a história.

A coisa toda aconteceu na hora do intervalo. Todos nós (eu, Yoon e Lya) fomos para um restaurante localizado a três quarteirões da empresa, o Touche Finale.

Achei chique.

Enfim, mesmo sendo primavera, estava um calor de fritar ovo no asfalto. Eu abanava Lya, Lya abanava Yoon, e Yoon me abanava. Nós havíamos tirado nossas blusas de frio e estávamos somente com regatas.

Foi aí que eu percebi.

A marca.

No braço de Lya.

...

FLASHBACK!

"...só que ela caiu feio e machucou o braço. Não foi um corte muito longo, mas profundo o suficiente para sangrar."

E então, eu raciocínei (pela primeira vez na vida).

— Ei, em que escola primária você estudou?

Acho que essa foi a pergunta mais aleatória que eu já fiz para alguém como ela. Quis dizer alguém que eu não tenho intimidade ainda.

Imaginem a cena.

Três pessoas se abanando com cardápio, de regata e suando MUITO em um restaurante de gente rica e fresca com gente rica e fresca os encarando de cima a baixo. Mas o real "Touche Finale" foi o total silêncio do lugar.

E eu soltei essa.

Bom, pelo menos não perguntei o tipo de mulher dela, ou quantas vezes ela consegue girar sem ficar tonta.

Isso nas melhores das hipóteses!

Ela respondeu o nome da escola com incerteza, porém, incerteza era o que eu menos tinha nessa hora.

Eu dei um pulo. Sem exagero nenhum.

Os dois me olharam um pouco assustados, mas curiosos para saber o porquê da dancinha.

É, eu comecei a dançar de felicidade.

Tudo bem que Lya só confirmou o nome da escola, mas eu sei que era ela.

Não pode ser outra pessoa.

As idades batem, as aparências batem, a cicatriz bate e a minha intuição também.

Tenho certeza que é ela.

E se não for, agora é.