labyrinth

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Quais seriam as chances de ser o mesmo Jisung? Existem muitos Jisungs pela Coreia não é mesmo? Hyunjin não conseguia focar no mestre, apenas no pensamento que talvez tenha estragado tudo com Félix

A aula que era de cinquenta minutos passou devagar para Hyunjin, seu semblante de preocupação era evidente para todos, no momento em que o sinal bateu, Hyunjin se virou pra Félix.

— Félix, com quem você estava falando no telefone? – Sua voz apenas demonstrou preocupação, e seus olhos que não se arregalavam com facilidade estavam extremamente abertos.

— Estava falando com um amigo... Tá tudo bem? Você parece estar muito preocupado – Félix colocou sua cadeira mais próxima de Hyunjin e segurou sua mão. — Sua mão tá muito gelada, o que aconteceu?

Hyunjin não respondeu, mas no fundo ele estava com medo de perder Félix, se encontrava perdido dentro de um labirinto, onde a única relação verdadeira que tinha conseguido até aquele momento podia ser estragada, por sua culpa.

— Onde você vai mais tarde? – Hyunjin disse olhando para as mãos pequenas de Félix — Podemos sair? Estou com saudades de sair com você.

— Hoje eu não consigo, esse meu amigo que ligou está precisando de ajuda, eu vou passar o dia com ele Hyun... – Essa foi a primeira vez que Félix dava um apelido para Hyunjin, era evidente, para ambos, que algo realmente forte estava começando a ser construído entre eles — Mas acho que a noite estou livre, se quiser se encontrar em algum lugar.

— Pode ser... Se você ainda estiver com vontade. – Hyunjin se levantou e foi em direção a porta da sala de aula, era melhor viver o dia com essa insegurança e preocupação do que descobrir logo de cara.

Hyunjin foi em direção a uma floricultura, ele tinha um plano em mente, se o Jisung fosse realmente o garçom de Alter Ego, Hyunjin decoraria o apartamento de Félix como um pedido de desculpas, e se não fosse, seria apenas uma surpresa.

Enquanto Félix ia ao encontro de seu amigo, ele se questionava diversas coisas, como Jisung ficou tão bêbado? Ele estava realmente chorando no telefone? E se alguém invadiu o prédio de Jisung?

O trajeto que normalmente é feito em trinta minutos foi feito em apenas quinze, Félix estava andando tão rápido e tão cego com as preocupações que ignorou todos os sinais de trânsito e saiu esbarrando em quase todas as pessoas da rua.

Chegando no apartamento de Jisung, Felix viu seu amigo deitado na sala, com várias bebidas espalhadas pelo carpete da sala.

— JISUNG??? QUE PORRA VOCÊ FEZ AQUI? – Felix se aproximou de seu amigo, sentando na sofá e passando a mão no cabelo de Jisung. — Cara, pelo amor de Deus, o que você fez com seu apartamento? Você fudeu com tudo, olha como está seu carpete.

— Eu não fodi com nada Félix, ele que me fodeu bem gostoso. – Jisung, visivelmente alterado e com enxaqueca, não conseguia nem abrir seus olhos, e sua boca mal abria para que as palavras começassem a sair. — Você tem que ver Félix, você tem que ver...

— Oh nojeira! – Félix se levantou do sofá e passou a mão em sua calça, tentando tirar qualquer tipo de líquido indesejável que ainda poderia estar no sofá. — Então quer dizer que você fode a beça, enche a cara, e vem me ligar no outro dia, esperando que eu faça o que? Como devo reagir a tudo isso? Como você quer que eu reaja?

Aos poucos, Jisung foi achando equilíbrio e se acostumando com a luz do sol que estava infestando seu apartamento, ele tentou se levantar, mas não conseguiu, então apenas encarou Félix.

— Jisung, você não vai falar nada?

— Ele é tão gostoso... Quer ver?

— Eu não vejo você feliz assim por ter tido uma noite com um homem faz tanto tempo. — Félix se sentou novamente no sofá e sorriu para Jisung. — Eu quero ver ele, mas antes, eu e você iremos limpar essa sua casa, e só depois você vai me contar a fofoca!

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