Amanhecer

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Zhan sentiu os lábios de Yibo se chocando nos dele com tanta força que ele só teve tempo de prender a respiração e abrir os olhos o máximo que pôde. O gosto metálico de sangue e álcool escorreu por seus lábios, enquanto Yibo tentava entrar em seus boca e suas mãos subiam para pegar seu rosto macio e delicado com grande desejo, apertando suas bochechas em chamas. O mais novo tentou separá-lo, mas nenhum de seus músculos respondeu.

— Eu não quero que você sorria para ele de novo, eu odeio que você sorria para ele e você não vai fazer isso de novo — Yibo murmurou, deslizando rapidamente para a pele lisa de seu pescoço — Zhan...

— O que... o que?

— Você é tão ridículo e precioso que não sei o que diabos veio fazer comigo.

Começou a espalhar beijos molhados por toda a extensão de seu pescoço suado, enquanto o menino estremecia e inclinava um pouco a cabeça; as batidas de seu coração ameaçavam explodir e os nervos do momento comiam toda a sua espinha.

— Você não sabe com quem está se metendo — ouviu a voz de Yibo ao lado de seu ouvido, quase num sussurro — Agradeça por eu estar te avisando, querido, porque você já me deu pena e não devia não me dê...

— Yibo, deixe-me ajudá-lo...

Os lábios de Yibo atingiram seu ombro e o mais novo sorriu, tentando empurrá-lo com toda a força que lhe restava, embora fosse impossível para ele se mover.

— Abra esses malditos lábios e me deixe te beijar — Yibo manteve seu rosto mais firme, embora seus olhos estivessem fechados e a enxaqueca estivesse prestes a fazer suas células cerebrais entrarem em colapso.

Zhan fechou os olhos e seu sorriso ficou ainda mais doce, enquanto suas bochechas queimavam de vergonha. O aperto de Yibo em seu rosto ficou mais leve, mais suave.

— Sim, você pode me beijar quando quiser, mas eu tenho que te curar primeiro, deixe-me fazer isso, por favor...

Ele ouviu o outro rir alto novamente e atacar seus lábios.

— Você me excita, Zhan, você me excita muito — e de repente, ele congelou.

O menor abriu os olhos aos poucos e percebeu como a respiração de Yibo se tornava cada vez mais lenta. Ele estava dormindo. Seu sorriso se aprofundou quando ele pegou os ombros dele com as mãos e começou a se levantar, fazendo isso com dificuldade.

O corpo de Yibo caiu completamente na cama e Zhan o encarou com ternura, estreitando os olhos para que suas pupilas dilatassem e se acostumarem com a escuridão.

De repente, todo o medo que sentia há alguns minutos desapareceu completamente, embora a preocupação ainda estivesse latente em seu coração. Ele espirrou e foi rapidamente para a sala de estar, procurando em todos os lugares pelo kit de primeiros socorros.

— Onde você está? Onde você está?

Suas mãos vagaram por todas as paredes e então ele correu de volta para seu quarto, tirando uma de suas camisas da bolsa e indo ao banheiro mergulhá-la em água fria. Quando o pano estava completamente molhado, ele o apertou entre as mãos e o levou para a cama, tentando virar o corpo de Yibo com todas as suas forças. Quando o corpo se virou ligeiramente, ele começou a escovar suavemente a camisa sobre o rosto, enxugando os lugares que estavam feridos, parando apenas para separar suavemente o cabelo da testa inchada.

Embora o cheiro de álcool enchesse toda a sala, Zhan não estava muito incomodado.

Ele sentiu que Yibo era a coisa mais valiosa que ele tinha e o medo de machucá-lo de alguma forma ao passar o tecido de sua camisa pelo rosto e pescoço fez seu coração disparar mais. Ele sorriu e alisou o cabelo dele para trás com a mesma delicadeza de sempre, quase acariciando o rosto dele com a ponta dos dedos.

Ele não entendia como alguém tão perfeito quanto Wang Yibo poderia tê-lo notado, mas seu coração palpitava de alegria só de pensar nisso. Seu primeiro namorado, Wang Yibo.

Ele moveu-se rapidamente para o outro lado da cama e pegou o travesseiro, colocando-o atrás da cabeça dele, cobrindo-o com todo o enorme edredom e continuando a acariciar sua cabeça.

Ele continuou observando-o por muitos minutos até que Yibo pulou e se jogou contra a parede, tocando sua cabeça com as duas mãos.

— Merda — ele gritou com o rosto franzido de desgosto — O banheiro, droga! O banheiro.

Zhan ficou imediatamente alarmado, embora quando ele começou a se mover, Yibo já havia entrado no banheiro e estava tossindo, sua voz mais rouca do que nunca, xingando de vez em quando. O som de vômito veio muito depois, e os lábios do menino se abriram de horror.

— Posso entrar?

A tosse foi ouvida novamente e depois de dez minutos, Yibo saiu como o diabo, jogando-se de volta na cama.

— Você está se sentindo bem ou quer que eu faça alguma coisa?

Zhan não obteve resposta, então a única coisa que restava a ele era continuar passando os dedos sobre a cabeça de Yibo e sentar ao lado da cama, apoiando-se no lado frio. Ele não sabe quantos minutos se passaram, mas quando abriu os olhos novamente, a escuridão era mais perceptível. Ele se aninhou ainda mais perto e continuou a acariciar a cabeça do outro, decidido a não fechar os olhos até que o sol nascesse novamente. Ele sentiu que o sono o dominava, mas não ousava adormecer; não com Yibo precisando dele a qualquer momento. Quando a luz do quarto começou a clarear com o amanhecer, seus olhos começaram a se fechar, mas acabaram se abrindo quando ele notou os olhos escuros de Yibo olhando para ele também.

— Bom dia, Bo-Ge — ele sussurrou, sorrindo para ele com a mesma ternura de sempre e tirou a mão do rosto do outro rapidamente.

Yibo o encarou por três minutos sem sorrir ou se mover. Ele sentiu ideias diferentes se misturando em sua mente adormecida; muitos gritavam para ele se levantar e bater nele até parar de sorrir assim e outros para pegá-lo e fodê-lo com tanta força até escurecer de novo.

Mas ele se amaldiçoou interiormente quando tudo o que fez foi sorrir de volta para ele.

When we first meet:  Quando nos encontramos pela primeira vezOnde histórias criam vida. Descubra agora