When we first meet: Quando nos encontramos pela primeira vez

Um dia especial

— Aonde vamos?

— Onde você acha?

Yibo pressionou o acelerador com cuidado, dando uma olhada de relance, vendo-o se mexer no assento ao lado com um sorriso radiante, olhando para todos os lugares, ansioso. Ele não pôde resistir ao riso que escapou de sua garganta ao vê-lo.

— Para comer algo ou dar uma volta? — Zhan riu, apertando mais suas mãos cruzadas sobre os lábios, e os movimentos inquietos de suas pernas aumentaram — Não sei, mas ficarei feliz com o lugar que você escolher, não importa onde, está bom.

Ele virou o carro para a direita e, depois de apertar um botão, as janelas desceram imediatamente e os últimos raios de luz do meio-dia correram para banhar o rosto de Zhan, dando-lhe uma aparência mais vibrante e entusiasmada.

— Vamos dar uma olhada no amanhecer.

— Amanhecer?

— Isso aí — Seu carro esgueirou-se pela pista à esquerda, deslizando com majestosidade — Na verdade, vamos para três lugares, mas se eu te contar, não será surpresa, certo?

Os olhos de Zhan se abriram mais e seu brilho se fixou, disparando em todas as direções com uma mistura de preocupação e emoção. Ele se remexeu mais uma vez.

— É verdade, não me diga, por favor, quero que seja surpresa. Nem quero pensar no que pode ser.

Yibo riu e sua mão direita deixou o volante para se mover até o joelho de Zhan, tocando-o com as pontas dos dedos e depois apertando-o com uma força brincalhona. A verdade é que a sensação de formigamento havia voltado com mais ímpeto, incomodando seu estômago, agora acompanhada por pontadas que o estavam matando por dentro. Era como se estivessem jogando uma partida de futebol no fundo de seu estômago e seus batimentos cardíacos se apressassem a cada gol. Sentia-se tão ridículo e estranho.

Mas isso também o fazia muito bem.

Ele viu Zhan rir e colocar a mão sobre a dele, passando o dedo indicador várias vezes sobre seus nós gelados.

— Yibo...

— Hum? — Yibo desviou alguns carros e cortou caminho pela outra pista, que exibia centenas de comércios e pessoas se movendo de um lado para o outro com suas sacolas de compras. Como não ouviu resposta, virou-se para ele, dando outro aperto em seu joelho.

— O que está acontecendo? Algum problema? — Ele parou abruptamente ao perceber o tráfego acumulado à sua frente depois que o semáforo ficou vermelho, e seus olhos se encontraram com um sorriso sugestivo nos lábios de Zhan. Zhan pressionou os lábios e respirou fundo, sacudindo-se com um sorriso radiante que tingiu todo o seu rosto de impaciência.

Zhan gaguejou um pouco e seus olhares se encontraram.

— Feliz primeiro mês juntos, Yibo. Todo esse tempo contigo foi o melhor tempo de toda a minha vida... e adoro estar ao seu lado. Obrigado por estar sempre comigo, obrigado por ter reparado em mim, obrigado por me amar, e espero que venham muitos e muitos meses mais, muitos!

Droga.

As palavras caíram como um raio em seu estômago e depois explodiram, pressionando seus pulmões e apertando sua caixa torácica. Droga, droga, droga.

— Ei, ZhanZhan, você deveria dizer isso depois, mais tarde.

E ele se inclinou sobre ele, largando completamente o volante e envolvendo seus lábios macios e fofos com os dele, beijando-o sem prestar atenção aos sons de buzina que começavam a parecer mais distantes do que nunca. Sentindo sua boca quente sob a pressão de sua língua, a posse de seu sabor intoxicante, a mistura de suas salivações, até que ele se afastou um pouco, rindo e suspirando contra seus lábios.