Eu vou cuidar de você

247 36 19
                                    



Zhan parou de olhar para eles imediatamente e virou a cabeça, pegando a bandeja com as mãos trêmulas, preparando-se para sair da sala com passos rápidos. Yibo abriu a boca e só conseguiu afastá-la imediatamente, empurrando-a com todas as suas forças.

— Vai a merda — ele retrucou e seus músculos paralisaram e ele só conseguiu observar enquanto Zhan saía rapidamente da sala e desaparecia de sua vista.

Yibo ficou preso por um momento, enquanto sua cabeça girava, repetindo a cena que acabara de ocorrer repetidas vezes, e seus músculos se ativavam pouco a pouco.

— Nossa, que humor, ele trabalha aqui? Vocês estão namorando sério? Daquela vez que os vi se beijando na cozinha, não achei que fosse tão sério. Sinto muito, Bo-Ge, mas acho que você terá que terminar, você já ouviu seus pais e não acho que se você contar a eles que em vez de namorada, você quer um namorado, eles ficarão felizes. E muito menos se for seu empregado, sabe, tem certas coisas na nossa sociedade que a gente tem que respeitar e dormir com seu empregado não é uma delas, entendeu?...

Como se finalmente reagisse, ele se levantou do assento como uma fera, parando diante da porta quando sua mãe se aproximou com o telefone na mão, sorrindo.

— É isso, sinto muito, foi a empresa que precisa de alguns papéis urgentes, mas vou mandar buscá-los para serem levados mais tarde — ela entrou com um meio sorriso no rosto antes choroso e os observou em silêncio — Bom. .. Acho que vocês querem se conhecer mais e devo ir embora um pouco para não incomodar.

— Não, não se preocupe. Em vez disso, tenho que ir agora. Só vim ver você por um momento, porque tenho assuntos pendentes com meu pai e ele está me ligando o tempo todo.

— Mas você não vai jantar conosco? Fique um pouco filha, sinta-se em casa.

— Não, sério, eu tenho que ir. Com prazer venho outro dia e almoçamos juntos.

A garota prendeu o cabelo loiro em um rabo de cavalo e ajeitou a bolsa preta no ombro.

— Acompanhe-a até a porta, Yibo — implorou a mulher, mas não obteve resposta — Desculpe, ele não está em um bom momento agora...

— Não se preocupe, posso fazer isso sozinha. Cuide-se, até mais. Adeus, Yibo.

Yibo controlou sua respiração por mais cinco segundos, enquanto a observava desaparecer diante de sua visão e o escritório permanecia tão solitário quanto antes, apenas com a presença proeminente de sua mãe, que cobriu os lábios e estendeu a mão em sua direção, pegando-o pelo braço. .

— Querido, eu queria te falar uma coisa... — ela sussurrou, mas o som do seu celular vibrando a interrompeu e ela fez um gesto de espera, enquanto respondia — Alô? Sim, estou aqui em casa... exatamente, não... sim, sim, chego em alguns minutos, me espere.

Ele se libertou abruptamente e lançou-lhe um olhar frio, refletindo toda a sua raiva reprimida, e saiu correndo do escritório, indo em direção à cozinha com grande urgência. Ele franziu a testa quando não viu nada além da bandeja sobre a mesa e alguns outros pratos.

— Zhan, você está aí?

Ele passou pela outra porta, indo em direção ao corredor dos quartos, mas parou quando viu, por uma das janelas, Zhan sentado com as costas em uma cadeira do pátio, escrevendo algo em um caderno. Ele se virou rapidamente e passou pela outra porta, exalando quando o ar frio se infiltrou em suas narinas.

— Você estava aqui...

Ele se aproximou dele e a sensação de algo pontiagudo passando por sua pele o deixou enjoado quando o menor se virou para ele e o encontrou com o rosto completamente molhado, os olhos esbugalhados e vermelhos e o peito movendo-se rapidamente a cada inspiração e expiração dada.

When we first meet:  Quando nos encontramos pela primeira vezOnde histórias criam vida. Descubra agora