Que atire a primeira pedra a pessoa que nunca pensou em invadir o campo de um estádio de futebol durante um jogo do seu time e correr até seu jogador favorito.
Para Layla, uma jovem de 20 anos que é Flamenguista, essa ideia não era baseada em apenas...
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GABI
Meus pais tem o costume de chegarem de surpresa aqui em casa, e acreditem, isso já proporcionou cenas não tão agradáveis.
E olhando todo o histórico, ter uma garota deitada no meu peito e fazendo carinho no meu rosto não é nada demais.
Observo ela fechando os olhos com força e dou uma risadinha.
Levanto a minha cabeça do seu colo e encaro meus pais que tão olhando diretamente pra cá, até o pitter que tá no colo da minha mãe tá encarando a cena.
Que merda hein.
- Opa, que surpresa- digo e em seguida me levanto.
- O que aconteceu com vocês? Parece que a alma saiu do corpo.
- Foi isso mesmo que aconteceu, mãe- a Dhiovanna diz.
- A gente foi em uma festa ontem e aí já viu- dou de ombros e caminho até eles, dando um abraço em cada um e pegando o pitter no colo- fala tu meu parceiro- faço um carinho em sua cabeça e ele coloca a língua pra fora.
Me amarro nesse cachorro.
A Dhiovanna abraça nossos pais e em seguida me olha.
- Nem vem- me afasto com ele no colo.
- Meu filho, Gabriel, deixa eu pegar ele.
- Mas eu peguei primeiro, deixa aqui comigo.
- Oh mãe- ela choraminga.
- Deixa sua irmã pegar um pouco, Gabriel.
- Que saco, hein- reviro os olhos e deixo a Dhiovanna pegar ele.
- Oi amorzinho da mamãe, você tá tão cheiroso, a vovó levou você pra tomar banho, foi?- diz com a voz afinada.
Sinceramente...
O olhar dos dois se voltam pro sofá onde a Layla tá sentada.
Ela tá parada, com as duas mãos na coxa e olhando pras unhas.
Certamente tá sem saber o que fazer.
- Não vai apresentar ela pra gente?- minha mãe cochicha e eu coço a cabeça.
- É uma amiga.
- Mas eu quero saber o nome, Gabriel, apresenta logo.
- Ei- chamo ela que me olha- vem cá.
Ela lança um olhar que certamente é de quem quer sair correndo daqui e eu solto uma risada por isso.
Conhecer os pais não significa nada, né? Tipo, eu já conheço os pais dela e ficou tudo como era antes.
Ela se levanta, passa a mão na minha camisa que está em seu corpo e caminha na nossa direção, até ficar do meu lado e encarar meus pais com um sorriso que parece mais como um pedido de socorro.
