quarenta e seis

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Meta de 150 comentários

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LAYLA

Nunca diga que seu dia não pode ficar ruim. Sempre pode.

Primeiro teve o fato de eu conhecer os pais do Gabriel numa situação não tão boa.

Agora eu tô quase morrendo porque tomei um mísero gole de suco de maracujá que já foi o suficiente pra me dar uma crise alérgica das brabas.

É foda ter alergia de algo, ainda mais quando é algo que a maioria das pessoas amam e fazem coisas super gostosas.

Não é a primeira reação que tenho e sei que não vai ser a última, mas é sempre horrível.

Minha garganta tranca, eu fico me coçando inteira, meus olhos lacrimejam, sinto vontade de espirrar e o pior: é difícil respirar.

E o fato de eu ter tido essa crise logo hoje faz com que eu tenha vontade de morrer.

Eu só posso ter dançado ragatanga em cima da mesa da santa ceia, só isso explica o fato de tantas coisas acontecerem na minha vida.

- Você tá bem?- o Gabriel pergunta pela décima vez no tempo de 1 minuto e eu sinto vontade de enforcar ele.

O olhar que eu lanço em sua direção já faz com que ele entenda tudo.

- Ok, você não tá bem!

Eu não tô bem mesmo.

Eu tô vendo a luz no fim do túnel.

Agora é só pedir perdão pelos meus pecados e implorar pra Deus me deixar subir.

O Gabi ainda tá com meu celular na mão, acho que ele tá numa luta interna de ligar ou não ligar pros meus pais.

MAS EU PRECISO QUE ELE LIGUE.

Quero ver eles antes de partir dessa pra melhor.

Ou pior, nunca se sabe o que vem depois da morte, isso se ainda vier alguma coisa.

Talvez, você morra e a vida realmente acabe.

Não é uma boa eu fica pensando nisso logo agora, né?

Pego o celular da mão dele e vou até o contato da minha mãe que é mais fácil de conseguir contato, só que aí eu lembro que ela é bem mais racional e vai surtar com o Gabriel, então mudo para o contato do meu pai que gosta mais dele.

Ligo e coloco o celular na mão do Gabriel que me olha desesperado.

- Fala com ele- digo com uma certa dificuldade.

- Layla, tenta respirar fundo e soltar o ar devagar- a Dhiovanna diz e eu concordo com a cabeça.

- Oi, é o Gabriel...- ele começa a falar e eu fecho os olhos.

𝗣𝗟𝗔𝗡𝗢𝗦•• 𝗚𝗮𝗯𝗶𝗴𝗼𝗹Onde histórias criam vida. Descubra agora