Capítulo 10

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Boa leitura.

Friend, lover, victor, fiancee... ― o loiro lista, de forma vaga ― Enemy, target, mutt, and now ally? ― meu coração se aperta, com aquela pergunta ― Yeah, i'll add that to the list of words, i use to try to figure you out... ― seu olhar parecia tão perdido, tão assombroso... Mas a cima de tudo, cansado.

Não era mais o menino simpático e amável do distrito 12. E ela sabia. Ele estava perdido dentro de um mundo teleguiado, mas mesmo assim continuava sendo o amor das nossas vidas.

Peeta Mellark.

― Oh meu bebê...― choramingo, vendo o quão confuso o melhor personagem de todas as trilogias de distopia estava.

E eu não estava muito diferente, claro que eu não havia sido espancado, envenenado ou torturado, mas minhas olheiras estavam tão roxas quando as dele. Juro, parecia que eu não dormia a pelo menos duas semanas, e realmente, talvez eu estivesse pulando uma noite ou outra, mas a pilha de provas para aplicar ainda estava ali, do meu lado, só esperando para ser terminada.

Eu amo demais a minha profissão, mas é que as vezes da uma vontade de sumir...E só de cogitar reler todas as provas, o desejo de voltar pro útero da minha mãe fica maior!

Indo contra meu momento dramático, sou obrigado a pausar meu belo filme para atender o celular, que para piorar, caiu no meio da separação do sofá.

― Cacete...Meu braço...não...entra...― reclamo, dando a vida para tentar pegar aquela porcaria!

Enfurecido por não alcançar o aparelho, levanto do sofá e vou atrás de uma vassoura. Deve servir para puxar aquilo.

― Aha! Eu sou um gênio! ― comemoro, quando consigo puxar o celular, desbloqueio a tela e vejo um número não salvo na lista de chamadas ― Desconhecido? ― falo sozinho, estranhando ― Oxi...Será que...― antes de concluir meu raciocínio, o telefone volta a vibrar ― Atendo nada! Eu já assisti filmes de terror suficientes para saber onde isso vai dar! ― desligo a chamada. Porém, tão rápido quanto eu desliguei, a praga volta a tocar.

― Oh, inferno! Eu não vou atender! ― e mais uma vez eu desligo e o assassino retorna a ligar. ― Que é inferno?! Não tá vendo que eu não quero atender?! ― berro para quem me ligava e desligo novamente.

Que povo insuportável! Pode nem assist-

AH! ― grito, sentindo uma coisa peluda passar pelas minhas pernas ― Que susto, filhota! Quase que você mata o seu pai...― respiro fundo, depois de quase ter perdido a minha alma ― Será que...― e novamente a porra do telefone toca ― Se-

Cala a porra da boca! ― o irritado do outro lado berra ― Tu tá com algum problema, filho da puta? Tô te ligando a uns vinte minutos e você rejeitando?

Eita...

― Hyung? O que aconteceu com o seu celular? ― volto a deitar no sofá ― E como eu iria adivinhar que era você?

Jungkook, se alguém te ligar mais de cinco vezes ATENDE, porque é para você, não foi engano! ― ele briga ― Mas depois eu brigo com você, agora preciso de um favor... Meu jaleco sujou muito depois de uma sutura, você pode, por favor trazer um aqui?

― Kim Taehyung, quantas vezes eu te disse para levar roupas reservas? ― resmungo, me levantando do sofá. De novo.

Vai trazer ou não?

― Eu deveria dizer "Não!", mas como sou um bom dongsaeng, vou sim...- faço um charme - Já tô chegando, e você paga a janta! ― pego sua mochila e coisas como carteira e chaves.

White Pearls - Jjk + Pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora