𝗗𝗔𝗥𝗞 𝗣𝗔𝗥𝗔𝗗𝗜𝗦𝗘 𝖳𝗈𝗆 𝖪𝖺𝗎𝗅𝗂𝗍𝗓

𝟬.𝟴

13 de Julho de 2008
                     02:19

Tom desgruda seus lábios dos meus e eu o olho sem entender, ele arruma meus cabelos e sorri.

— Preciso descer rapidinho!— afirma, saio de cima dele e o mesmo dá um tapa em minha coxa enquanto sorria. Arruma suas roupas que estavam amassadas e fora do lugar, me lança uma piscadela e sai do carro.

Me sento no banco e pego meu celular, vejo que já passavam das duas da manhã, ajeito meu vestido e dou um gole no champanhe. Rio sozinha quando para pensar que estou no carro de Tom Kaulitz.

Não consigo acreditar na onde eu estava, ou melhor, com quem eu estava. Mas contrapartida me sinto mal em saber que sou só mais uma, mas não tem muito o que fazer, será uma noite para nunca mais.

Escuto uma gritaria do lado de fora mas não me preocupo, acendo um cigarro e continuo no meu canto.

As gritarias se intensificam e eu decido sair do carro. Vejo Tom rolando no chão com um homem.

Algumas pessoas estavam ao redor tirando fotos e gravando vídeos, Kaulitz dá um soco no homem que parece ficar grogue por alguns instantes.

Vou até ele e tento o puxar de cima dele, o que não adiantou muito.

— Tom e suas piranhas— uma mulher diz e eu a olho, nesse exato momento o flash é disparado em meus olhos com a câmera que ela segurava.

Ignoro seu comentário e tento esconder meu rosto das câmeras, tento puxar ele novamente mas de nada adiantou.

— Para com isso, Tom!— puxo sua camisa com força— Vamos embora.

— REPETE O QUE VOCÊ DISSE!— grita ele para o homem e eu arregalo os olhos— ESTOU CANSADO DESSA MERDA TODA, VÃO TODO MUNDO SE FODER!

Ele vai para cima das pessoas que o gravavam e mostra seu dedo do meio, me pega pela cintura e me leva de volta para o carro.

Ele bate a porta do carro com força e se senta no banco, segura suas mãos e encara o chão sem dizer uma palavra.

— Tudo certo aí?— o motorista pergunta abaixando a divisão que bloqueava a visão dele sob nós— Quer que eu vá para onde agora?

— Acho que já vou indo para casa– digo e ele me olha— Pode me deixar na frente da boate, por favor?

— Não quero que um maluco estrague nossa noite.

— Vamos para o hotel, Tom, chega por hoje— o homem diz— Depois eu levo a moça embora.

Ele não dá oportunidade de respondermos, fecha novamente a divisão.

— O que aconteceu?— pergunto me aproximando e colocando minha mão em suas costas.

Ele não responde, esconde seus olhos em suas mãos e começa a bater os pés. Pego uma garrafa d'água que havia ali e entrego para ele.

— Aquele babaca começou a falar muita merda da minha banda, eu tentei relevar mas ele me seguiu igual um desgraçado.

Pego sua mão e vejo que já estava começando a ficar roxa, suspiro pesado e faço carinho nela.

— Está doendo?— pergunto e ele nega— Eu faria o mesmo se estivesse no seu lugar!

Ele joga sua cabeça para trás e respira fundo.

— Eles já devem estar espalhando para todos os sites de fofoca.

— Está tudo bem, não se preocupe!— faço carinho em seu rosto enquanto ele me encarava concentrado.

— Desculpa, era para nossa noite ter se saído incrível.