Mudança

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Desde já, espero que gostem e caso vejam algum erro, perdão:)

                               Boa leitura.

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ᚔN/A povᚔ

   O barulho da chuva no carro, a estrada congestionada já estava começando a atiçar os nervos de Quackity. Já se fazia tempo que estavam ali e já não aguentava mais aquele carro tumultuado de coisas.

— Já estamos chegando? — repetia a pergunta para Sapnap.

— Quackity, pela milésima vez, NÃO. — batia a mão no volante buzinando para o carro da frente. Sapnap estava irritado .

Karl riu sem graça e colocou o corpo para fora do carro.

— Para sua infelicidade, Quack, ainda tem uns— fez uma pausa para contar—  25 carros e uma moto caída na estrada!

Quackity bufou irritado e jogou o corpo em cima de uma sacola grande com algumas cobertas. Estavam de mudança, depois de anos tentando convencer seus pais a deixarem sair de casa e mudar de estado. Sapnap e Quackity tinham acabado de se formar e compararam uma casa em Vegas por conta do novo emprego de Karl, o mais velho do grupo.

  Quando abriu os olhos novamente, o de gorro percebeu que já era noite e a chuva tinha parado. Esfregou os olhos e olhou pela janela, luzes neon em todos os lugares, música alta e várias pessoas na rua.

— Vegas... — disse arrastado.

— Chegamos Alex, pronto! Feliz?? — Sap ainda estava irritado, afinal, quando não estava? Era uma bomba relógio.

— Se acalme, amor. Não seja tão... Você! — Karl deu um beijo em sua bochecha e o outro virou o rosto ajeitando o boné envergonhado.

  Quackity era como o filho do casal, onde eles iam, ele ia junto. Encontros, festas, noites de filme, ele estava lá.

— Nossa casa é longe? Eu esqueci onde era. — perguntou ajeitando o cabelo.

Parecia uma criança perguntando tudo e toda hora, Karl com toda a paciência disse:

— Um pouco. É um bairro afastado dessa 'muvuca. É a parte antiga daqui.

Quackity revirou os olhos. Queria descer e esticar as pernas, as únicas vezes que pararam foi para abastecer ou para Karl vomitar devido ao balanço do carro. Olhou no celular as horas, "00:05", disse mentalmente. Colocou os fones e se afundou em sua imaginação, era criativo e odiava ficar parado.
 
Uns trinta minutos depois o trio chegou em seu destino. Uma casa grande de dois andares em uma rua afasta, não tinha vizinhos pelos lados, apenas uma casa aparentemente abandona no final da rua. Nem parecia que estavam em Las Vegas.

— mierda santa que fin del mundo! — Quackity desceu correndo para fora do carro olhando ao redor. E sentiu um tapa na nuca.

— Ficou falando no meu ouvido agora aceita! E vem ajudar a pegar as coisas! — Nick disse com um sorriso de canto, precisava relaxar... E mais tarde Karl o ajudaria.

Quackity correu até a porta ignorando Sapnap. Tentou abrir a porta a todo custo, a maçaneta enferrujada com mais um pouco de força cairia. Quando viu que na ignorância não abriria a porta correu até Karl que estava escorando no carro tomando uma latinha de Monster enquanto tirava algumas fotos.

  Estendeu a mão e Karl o olhou e soltou uma risada genuína, pegou a chave no bolso com certa dificuldade e pôs nas mãos do amigo.

— Antes de entrar, leve pelo menos sua mochila ok? Antes que o pimentinha ali surte e desconte em mim. — riu.

Correu até o porta malas e deu um leve empurrão em Sapnap que só faltou tirar uma arma do bolso e lhe acertar o tiro. Pegou sua mochila e o carregador ( que estava no bolso da mala de Karl ) e foi até a entrada novamente.

  Olhou para o molho de chaves e testou uma por uma até achar a que abriria a porta. Quando abriu, um ranger o fez tremer a espinha, a casa em si tinha um ar pesado e aquele ranger atiçou todas suas paranóias. Deixou a chave na porta mesmo e entrou, o chão era de madeira escura, as paredes estavam desbotadas e o papel de parede meio mofado. Era uma casa grande, quatro quartos, três banheiros ( sendo um na suíte) , cozinha, sala e uma copa com uma grande mesa com cadeiras antigas de estofado roxo escuro.

Quackity curvou a boca e subiu as escadas correndo. No andar de cima viu três corredores, um na esquerda; no qual ficava a suíte e um banheiro. Um em sua direita; com um quarto e um lavabo com máquina de lavar e um corredor em sua frente, que chamou sua atenção. Ele era escuro, e no final tinha uma porta trancada com vários cadeados, a luz era avermelhada e não tinha janela. O carpete lá tinha aparecia humida e o papel de parede rasgado, como se uma espécie de garra tivesse passado ali.

Pegou o celular e viu que estava descarregado, foi até seu quarto e jogou a mochila na cama. Era um quarto respectivamente grande, com uma jenela virada para um matagal denso e que não dava para ver o fim, a neve estava acumulanda nos cantos da janela o impedindo de abri-lá.

Assuntou com um estralo alto, olhou para trás e Sapnap estava ali com sua carranca habitual.

— O que achou da casa? — escorou na porta olhando o quarto.

— Bem... Ah, ela é maneira até. Você viu aquela porta no corredor do meio? — disse pondo o carregador na tomada conectando seu celular logo em seguida.

— Não, não reparei.

Quackity o puxou para fora do quarto o levantando até a frente do corredor.

— Que porra? — Sapnap ficou meio atordoado com o a porta e as paredes. — Quem morreu aqui?

— Sei lá, mas quero ver o que tem dentro daquele quarto! — disse animado.

— Cara, se essa porta tá tão bem trancada tem motivo. Eu nem tocava nessa porra. — cruzou os braços.

— Vamos ver o que o Karl acha, ele é mais racional que você! — provocou o amigo que o olhou com fogo nos olhos.

Os dois descerem a escada e encontraram Karl pondo alguns quadros pela sala.

— Jacobs! — os dois disserem ao mesmo tempo, e Karl sabia que era importante, eles nunca o chamavam pelo sobrenome.

— Sim, meninos?

— Tem uma porta lá em cima toda trancada, o corredor todo fodido, desgraçado, arregaçado, desbotado, esfarrapado e eu quero abrir a porta. — parou para puxar fôlego. — Mas o Sap disse que não posso.

— Eu tô certo não tô, Karl?

— Bem, compramos a casa, então o que está nela a gente faz o que quer.

Sapnap arregalou os olhos e Quackity riu com deboche da sua cara.

— Mas antes, deixe-me ver essa tal porta aí, fiquei curioso.

Os três foram até o andar de cima e Karl fez uma cara estranha quando viu a porta.

— Err... Então Alex, dessa vez o Sap tem razão. Isso tá bizarro de mais para ter algo bom do outro lado. — Karl disse segurando a mão de Sapnap, ele era meio medroso e aquilo o deixou incomodado.

O casal desceu a escada depois de uma pequena conversa com Quackity, na qual ele não deu importância. Indiferente do que eles achassem, não mudaria a vontade que ele sentia de abrir aquela porta.

Olhou pela janela, ainda era madrugada e estava ficando claro. Balançou a cabeça e foi até o quarto, estava cansado, amanhã ele abriria a porta. Se jogou na cama e apagando a luz, quando fechou os olhos sentiu uma brisa leve, um calafrio o desceu a espinha mas continuou de olhos fechados.

Já estava dormindo e uma voz o veio em mente.

" Estarei esperando você... "




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