Namorado de Mentirinha | tae+gyu ver.

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POV Beomgyu

Acordei em um pulo, completamente assustado, ao sentir a coberta que outrora me cobria sendo arrastada com certa violência. No inicio tive dificuldade para abrir os olhos devido a claridade da lâmpada que estava acesa e quando finalmente consegui me acostumar a luz do ambiente enxerguei a cabeleira loira de Yeonjun.

— Bom dia flor do dia. — O loiro falou, sorrindo. — Bora levantando, agora!

— Quem deixou você entrar aqui? — Perguntei o óbvio e então olhei para a porta enxergando minha mãe escorada na mesma arrumando a camisola de seda. — Ah claro, esqueci que vocês fazem complô contra a minha pessoa.

Yeonjun começou a me puxar pelo pé arrastando-me para fora da cama ao ver que eu não mexi nem pretendia mexer nenhum músculo, essa atitude do meu amigo acabou me derrubando no chão e eu caí logo de cara. É nessas horas que tenho vontade de decapitar o coreano.

— Eu te disse que puxaria você pelos cabelos mas que você não deixaria de ir para essa viagem, não disse? — Comentou, enquanto afastava-se para pegar uma mochila e passava a jogar algumas roupas minhas sem sequer escolha-las dentro.

— Você o apoia nisso? — Perguntei diretamente a minha mãe que agora ajudava o loiro a fechar a mochila.

— Sim, você é um bobo por estar querendo deixar de viajar com seu namorado e com seus amigos por causa de ciuminho. — Ela retrucou e então eu arqueei minhas sobrancelhas, em momento nenhum contei a ela ou a Yeonjun sobre o real motivo de eu estar evitando Taehyun.

Acontece que eu me sinto um idiota por ter me importado e incomodado tanto com a situação do cinema, afinal, não somos namorados de verdade. Taehyun tem total direito de conversar, ser próximo ou namorar outra pessoa e sempre que eu acabava pensando nisso tentando me convencer mais eu me sentia zangado.

E foi então que cheguei a conclusão que talvez eu tenha me apegado muito ao moreno e que me permiti além da conta, acho que o incomodo que senti ao encontrar Hyun no shopping não era porquê eu ainda gosto dele e me sinto ressentido ao que aconteceu e sim devido a forma que ele estava me olhando, me senti intimidado e não magoado.

Pensar que estou supostamente apaixonado por Taehyun me deixa desesperado em diversos níveis diferente, não era para isso ter acontecido e eu me sinto protagonista das fanfics que Wooyoung e San leem. Saber que ele não se sente da mesma forma e que tudo o que faz é para me ajudar e apenas isso faz com que eu me sinta um idiota e isso me irrita.

Talvez eu esteja em um beco sem saída.

— San? — Perguntei me referindo a quem havia contado o motivo, o loiro morava com o ruivo afinal, talvez Taehyun tivesse comentado sobre o amigo que reencontrou e minha suposta estranheza logo após isso.

— O próprio. — Yeonjun sibilou estalando a língua no céu da boca. — Ele disse que aquele carinha é um ex ficante do Taehyun e que eles sempre foram muito próximos e-

— Yeonjun! — Minha mãe o repreendeu e então os dois me encararam, apenas dei de ombros como se nada disso não tivesse importância para mim e de fato não tem, ao menos é nisso que eu quero acreditar.

— Eu não me importo. — Sibilei tentando passar confiança. Me levantei do chão e fui ate meu guarda roupa pegando uma muda de roupa. — Já que 'to sendo obrigado eu irei por pura e espontânea pressão.

❋

Quando terminei de me arrumar mesmo não ligando muito para a roupa que escolhi ou em como pentear o meu cabelo, finalmente deixei o banheiro. Acontece que, passei mais tempo no banho pensando no quão fodido me sentia do que me banhando e estou realmente surpreso por não ter ouvido os gritos do loiro me apressando, ele sempre odiou atrasos.

Peguei a mochila que ele e minha mãe havia preparado para que eu levasse e então a joguei em minhas costas descendo as escadas correndo, não estava animado para a viagem, parecia mais um cadáver do que qualquer outra coisa, mas eu não tinha muita escolha visto que além de meus amigos a minha mãe estava me obrigando a ir.

— Cadê o Yeonjun? — Perguntei a minha mãe enquanto procurava pelo loiro com o olhar, ela estava sentada no sofá tomando uma xícara de chá.

— Ele disse que havia esquecido alguma coisa em casa e que iria buscar, falou que de lá iria com o Soobin e que você não precisaria espera-lo. — A mais velha explicou brevemente bocejando logo em seguida.

— Ué e eu vou com quem? Ate onde sei não evolui e ganhei um par de asas. — Murmurei irritado praguejando todos os xingamentos que conheço. — Eu vou matar o Yeonjun!

— Não se preocupe querido, sua carona vai chegar daqui a pouco. — A morena levantou deixando a xícara na mesa de centro e então me abraçou fortemente. — Sentirei saudades.

— Mamãe... sabe que não preciso ir, né? — Murmurei retribuindo o abraço caloroso da mais velha. — Nem quero ir mesmo.

— Claro que precisa, quer perder seu boy 'pra um ex ficante? — Ela me afastou um pouco somente para me olhar. — Segura o seu macho, filho!

— Acho que o Yeonjun te influencia muito, Sra. Hyejin. — A mulher riu puxando levemente minhas bochechas, dei um tapa fraco em suas mãos fazendo-a gargalhar mais, ela sabe que sempre odiei que apertem meu rosto.

Ouvimos o barulho de uma buzina e então ela saiu me puxando para fora de casa, abriu a porta e sem sequer despedir-se me empurrou para fora e novamente a fechou, consegui ouvir o barulho da chave girar o que significa que minha mãe havia trancado-a.

Suspirei e então girei meus calcanhares encarando o veículo bem conhecido por mim e logo em seguida seu dono que, ao me ver parado ali feito uma múmia, sorriu. Praguejei os céus e meus amigos antes de me aproximar relutante e abrir a porta do passageiro colocando o cinto logo depois de me acomodar no banco.

— Bom dia. — Murmurei ouvindo os outros três responderem-me da mesma forma e novamente suspirei, não estava acreditando que além de estar sendo obrigado a viajar eu iria passar quatro horas preso dentro de um carro sentado bem ao lado da pessoa que menos queria ver no momento.

Universo, eu te odeio. Yeonjun, espero que você morra.

— Voltaram a se comer? — Perguntei encarando San e Wooyoung que dividiam um fone de ouvido e prestavam bastante atenção em algo que se passava no celular do mais velho.

— Sim, meu pau é diabético então graças a merlin não existe cu doce na minha relação com o Woonie. — San respondeu dando de ombros o que me fez revirar os olhos.

Virei para a frente novamente e então me encolhi no banco, encostei minha cabeça no vidro do carro e fechei meus olhos me obrigando a dormir, depois de um tempo fingindo acabei realmente pegando no sono.

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