A Conquista De Rhaenyra

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–Você tem certeza de que quer fazer isso? -pergunta Saera

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–Você tem certeza de que quer fazer isso? -pergunta Saera.
–Eu PRECISO fazer isso! Estou cansada! Não só por mim, mas por você, pela minha mãe Aemma, por tia Viserra  pó tia Gael, pelas minhas avós Alyssa e Daella que morreram no parto, por Rhaena Targaryen e suas duas filhas roubadas de sua chance quando Maegor roubou o trono, por Rhaenys que seria mil vezes melhor monarca que Viserys Targaryen. Eu estou cansada de sermos menosprezadas! Estou cansada de sermos usadas como meras parideiras a serviço dos homens da nossa família! Já basta!
A revolta de Rhaenyra estava no auge.
Ela estudou, comprou outras minas de ametistas, aplicou no banco e ganhou muito dinheiro.
E agora, toda a sua raiva com sua situação de mulher se misturava com sua fome por adquirir poder.
Por que seu pai deu a ela o gosto do poder, e depois que ela sentiu, ela queria mais.
Rhaenyra estava conformada com sua situação de mulher e princesa, até ser nomeada princesa herdeira.
Ali foi que tudo mudou, que começou seu despertar.
Ela podia não ter Westeros, e iria deixar tudo lá para seu irmão mijão, mas ela não se conformaria com nada menos do que acreditava merecer.
Aquele gosto inebriante... Foi isso que Aegon, Visenya e Rhaenys sentiram?
Pois bem... Ela tinha o sangue deles.
–Tia, você está comigo?
–Agora e sempre, sobrinha.
Rhaenyra deu a Saera um colar com um pingente de ouro encrustado em ametistas com um formato de mão.
–Desde que eu cheguei aqui, você me acolheu, me ajudou, me informou, me fez estudar e com você aprendi mil vezes mais do que me era permitido saber. Seja minha mão direita, aquela que comanda junto comigo.
Saera fica emocionada e põe o colar no pescoço.
–Então agora eu sou a sua Mão?
–Sim.
Ela olha para Vaenor.
–Primo, você é melhor com finanças do que qualquer homem que já vi. Que tal ser o meu Mestre Das Moedas?
–Você planeja algo grande, prima?
–Sim. Vou precisar da sua ajuda para o dinheiro.
–Mas afinal, Rhaenyra, o que você planeja.
–Eu quero um trono. Eu vou criar um. -ela diz, em um tom decidido.
–Você está dizendo que vai conquistar o continente? Toda Essos? -pergunta Saera, em dúvida.
–Essos. Moraq. Ilhas Do Verão. Sothoryos. Tudo.
Saera e Vaenor arregalam os olhos.
–Isso é muito... Ambicioso...
–E eu vou conseguir. Estão comigo ou não?
Eles dão de ombros e concordam, afinal a vida estava monótona mesmo.
–Prima, você e que exército?
–Já ouviu falar de... Os Imaculados?
O plano era insano e Saera embarcou totalmente.
Saera tentava fazer uma cara séria para N'Jaka, o mestre escravocata que vendia aqueles soldados.
Ele realmente olhava para ela e Rhaenyra como se elas fossem as pessoas mais burras e fáceis de enganar de todo o planeta.
–Quantos você quer? -ele pergunta.
–Todos! -responde Rhaenyra.
–Vai pagar com o quê?
Syrax pousa ao lado de Rhaenyra.
–Com ela. Minha dragão.
N'Jaka olha para Syrax, maravilhado.
–Vendido!
Ele passa para ela o chicote, que era o símbolo de liderança para todos os milhares e milhares de Imaculados.
–Imaculados, um passo a frente!
Os homens respondem, dando um passo ao mesmo tempo, como se fossem um só.
Rhaenyra fica maravilhada.
Sua expressão se fecha.
–Matem todos os escravagistas! Poupem mulheres e crianças mas não deixe ninguém que usa um chicote vivo!
N'Jaka grita para eles pararem... Mas é Rhaenyra que segura o chicote de comando.
Ela se vira para ele.
–Eu disse que iria te pagar com meu dragão. Não disse que você iria mantê-la. Além disso... Eu os comprei para matar pessoas como você!
Syrax emplumou suas escamas em excitação!
–Syrax... Dracarys!
Ela o queima. Ele grita e perece.
Saera a olha com orgulho.
Satisfeita com a matança, Rhaenyra sobe em Syrax.
Ela fica em uma boa altura, sua voz ecoando para todos ouvirem.
–Imaculados! Vocês passaram a vida inteira como escravos, mas aqueles que os oprimiram estão mortos! A partir de hoje, vocês recebem uma escolha! Se decidirem ir embora não sofrerão nenhum dano. Se decidirem me seguir, prometo quebrar cada corrente, prometo que ninguém sob meu comando será escravizado, prometo que não me tornarei como aqueles que fizeram tanto mal a vocês. Estou te dando a escolha. Vocês querem me seguir? Vocês querem lutar por mim como homens livres?
Um momento de silêncio.
Então um após outro, batem sua lança no chão.
Rhaenyra tem o seu exército.
No fundo, Rhaenyra sabia que se não fossem todos, a maioria a seguiria.
Aqueles homens tiveram tudo arrancados deles, desde família a órgãos reprodutivos, para se tornarem um exército assassino.
Ela estava dando liberdade e um propósito de vida, o que era mais do que qualquer coisa que pudessem sonhar.
Ela sai, e joga o chicote no chão, como algo sem valor, satisfeita.
Os Imaculados saem pouco a pouco da cidade, marchando atrás dela.
Essa era apenas a primeira vitória de Rhaenyra.

Essa era apenas a primeira vitória de Rhaenyra

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A Imperatriz AmetistaOnde histórias criam vida. Descubra agora