19. Antônio

914 53 13
                                    

A Amanda estava me escondendo alguma coisa, eu podia sentir, ela andava mais retraída em alguns momentos no trabalho, e aquilo estava me deixando nervoso.

Sempre que eu perguntava, ela tentava se esquivar da pergunta, respondendo que não era nada.

Eu estava viajando com o Vicente, que estava competindo no campeonato brasileiro de jiu-jitsu. Era um dos favoritos a ser campeão.

- Papai, ei, eu estou falando com o Sr. - Vicente me chama a atenção.

- Oi filho - saio dos meus devaneios, enquanto penso o que pode estar acontecendo com a minha esposa.

- Será que a gente pode ligar pra mamãe?, ela tá no shopping agora com a Anna e a Maricota, queria pedir pra ela comprar um jogo que eu quero muito.

- Aqui - entrego o celular pra ele ir ligando enquanto arrasto minha cadeira pra ficar ao lado dele.

O celular chama e quando achamos que vai cair, ela atende.

- Oi meu amor, como você está filho? - pergunta carinhosa.

- Oi mamãe, estou indo bem nas etapas classificatórias. O papai está aqui - e vira o celular pra que ela me veja.

- Oi pequena, tudo bem? - pergunto.

- Oi amor, sim, estamos no shopping comprando algumas roupas para as meninas - ela explica.

- Mamãe, eu te liguei por que queria muito um joguinho que eu vi... - eles continuam falando e minha esposa para pra anotar o nome do jogo.

Noto que ela está com a expressão um pouco abatida.

- Ok filho, vou passar por algumas lojas e vejo se encontro pra você - fala.

De repente Anna e Maricota aparecem na tela.

- Oi papai, oi Vi - Anna cumprimenta primeiro.

- Oi titio, Oi Vi - Maricota acena.

- Oi princesas, como vocês estão? - quero saber.

- Estamos bem. Papai, você não sabe o que aconteceu hoje lá no CT...- Anna vai dizer alguma coisa quando Amanda faz um xiu e pega o celular das mãos dela.

- O que aconteceu? - pergunto pra Amanda.

- Nada amor, o de sempre. Olha, precisamos ir, estamos com um pouquinho de pressa, ainda vou deixar a Maricota em casa, beijos. Amo vocês - não espera resposta e desliga.

No final da tarde de domingo, o Vicente e mais quatro atletas do nosso CT ganham medalhas, duas pratas, uma de bronze e dois ouros, sendo um deles, do meu filhão. Estou orgulhoso.

Na segunda, retornamos de viagem pela manhã, quando chegar em casa, Anna está na escola e Amanda no CT. Resolvo descansar a aparecer por lá apenas no final da tarde.

Chego no CT já no final da tarde, e o local já está praticamente vazio, apenas alguns professores ainda estao por lá. Vou até a sala da minha mulher, estou morrendo de saudades e quero vê-la.

Quando chego na porta, está trancada, mas ouço vozes lá dentro.

- Amanda, está aí amor? - chamo.

- Antônio, socorro, me ajuda - ela grita e consigo ouvir que ela está chorando.

Tento abrir novamente a porta mas é em vão. Então, dou uma distância e me jogo contra ela, que cai no chão na mesma hora.

Meus olhos varrem o local, e vejo Amanda encurralada atrás da mesa, enquanto Flávio um dos treinadores tenta chegar até ela.

- Seu filho da puta - grito enquanto, sem pensar em mais nada, ando até ele e começo a enchê-lo de porrada.

- Antônio, não faça isso. Amor, por favor, não suje suas mãos assim, ele não vale a pena - ela pede, mas eu não consigo ser racional e continuo a socá-lo.

Amanda sai correndo e poucos segundos depois retorna, com três dos treinadores.

Quando eles tentam me tirar de cima do Flávio eu protesto.

- Não ousem - grito fora de mim.

Mas eles com muito custo me tiram de cima do desgraçado.

Noto Amanda no canto, encolhida e chorando, vou até ela e saio da sala a levando comigo.

- Ele... - não consigo terminar, tenho medo da pergunta.

- Não, mas se você não tivesse chegado... - ela me abraça enquanto o seu choro vira um misto com lágrimas e soluços.

Bruno, um dos treinadores vem até nós.

- Chamamos a polícia? - questiona.

- Sim, por favor - peço, enquanto fico ali abraçando a minha esposa - o que aconteceu no sábado que você não quis me contar? - pergunto enquanto a levo até alguns bancos e a sento no meu colo, a abraçando.

O ódio ainda percorre as minhas veias, eu quero entrar naquela sala e matar ele. Mas, eu preciso cuidar da minha mulher, que nesse momento, está destruída na minha frente.

- Eu estava na sala resolvendo algumas coisas, ele entrou e estava insinuando algumas coisas sobre querer ficar comigo. A Anna chegou na hora e o colocou pra correr, dizendo que iria contar pra você.

- Por que você não me contou?

- Porque eu te conheço. Você iria interromper a viagem e tirar a chance dos meninos ganharem as medalhas. E eu não pensei que os avanços dele iam terminar assim.

Embora eu esteja nervoso, eu tento entendê-la, por que ela tem razão. A polícia chega e entregamos os vídeos das câmeras e vamos até a delegacia prestar depoimento.

Quando chegamos em casa, eu a levo imediatamente pra descansar. Tomamos um banho e nos deitamos, até que o Vicente entra no quarto e se joga em cima da mãe, a abraçando.

- Eu ganhei mamãe, ganhei, a Sra. precisava ver - conta orgulhoso.

- Eu prometo que na próxima eu vou meu amor. Estou muito feliz por você- ela retribui o abraço, apertando-o forte.

- E meu jogo? Conseguiu comprar?

Depois que consegue o que quer, ele começa enchê-la de beijos, em troca ela faz cócegas nele e eles ficam em um momento só deles. Eu, morro de ciúmes.

- Eu também vou querer- falo já me juntando na brincadeira.

Depois que Vicente sai do quarto, eu a puxo para mim, pensando em dormir. Mas a mão dela começa a descer pelo meu corpo, ela a enfia por dentro da bermuda que estou usando e para segurando meu pênis.

- Querida, tem certeza?, olha o que aconteceu hoje...

A resposta dela é cobrir a minha boca com um enorme beijo, enquanto me masturba, me deixando pronto para entrar no meu lugar favorito do mundo todo.

Curtammmm e comentem muito. estendendo a fic apenas por que vocês pediram ein ❤ mais tarde tem mais um.

DocShoe - Sempre suaOnde histórias criam vida. Descubra agora