Amanda - 2 anos atrás
Deitada em uma espreguiçadeira enquanto observo o encontro do azul do céu e do mar das Maldivas, sorrio de satisfação ao lembrar do meu casamento. Estamos em lua de mel, Antônio está sentado ao meu lado, sexy e imponente, usando uma suga branca e óculos de sol, enquanto lê uma biografia de um grande amigo lutador.
Estou de olhos fechados, perdida nos meus pensamentos quando escuto.
- Você vai se queimar Sra. Figueiredo - ele sussurra no meu ouvido, com aquela voz quente e sensual, ao mesmo tempo que desliza a boca por ali, deixando um rastro de beijos, que me deixam molhada na mesma hora.
- Hmm, Sra. Figueiredo, soa muito bem pra mim - falo enquanto abro os olhos e lhe lanço um olhar longo e preguiçoso.
- Não mais do que pra mim. Agora você é oficialmente minha. Eu sou um homem de muita sorte - ele está flertando comigo.
- Sim, você é - brinco.
- A modéstia lhe cai bem esposa. Vem, deixa eu passar protetor em você, se não vai se queimar - ele já está espalhando o líquido nas suas longas mãos.
Me viro de costas enquanto as suas mãos trabalham em mim, e o safado faz questão de dar leves apertos em pontos estratégicos.
Quando termina, dá um pequeno tapa na minha bunda e volta pro seu lugar.
Fecho os olhos enquanto o sol beija a minha pele. E meus pensamentos se voltam para o dia do casamento.
- Eu os declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva. - declara o padre.
- Finalmente Minha - ele declara enquanto coloca a mão possessivamente na minha cintura e me dá um enorme beijo - Sra. Figueiredo, uau, que sorte a minha. Você está linda meu amor, e eu estou louco para tirar esse vestido de você - sussurra só pra mim.
Como esse homem consegue me deixar em chamas com poucas palavras?, inacreditável o efeito que isso causa em mim.
Graças à Deus agora eu sou casada com ele.
O casamento é a realização de um sonho. Nossas famílias, nossos amigos, todos ali juntos, comemorando a nossa união.
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No dia seguinte, Antônio precisa acordar cedo para uma reunião remota com patrocinadores sobre o CT, quer que eu aguarde para irmos para a piscina juntos.
- Vou descer para a piscina e a praia - falo enquanto visto um biquini.
- Sozinha?
- Não querido, o hotel está cheio. Além do mais, logo você desce e pegamos um sol juntos - explico.
- Não gosto nada disso. Tem predadores demais por aí, atrás de uma mulher bonita, e eu não quero que seja a minha - diz cheio de ciúmes. Esse lado dele me excita completamente.
Não dou bola. Pego minhas coisas e saio do quarto.
Estou sentada nas espreguiçadeiras próximas à piscina, pegando um bronze com meu biquíni preto super cavado, quando um garçom se aproxima.
- Srta. da parte daquele Sr. de camiseta azul que está no bar - ele fala enquanto me entrega um drink, que por sinal é o meu favorito.
Sorrio. Meu esposo chegou.
Pego a bebida, tomo um longo gole, e quando me viro para o bar, com um enorme sorriso, quem eu encontro não é o Antônio.
Um cara enorme, de cabelos escuros, tão alto e forte quanto o meu marido, acena e ri, quando vê que o olho.
Nossa, que situação. Agradeço como posso e disposta a me sair dessa, largo a bebida ali mesmo, e entro na piscina.
Enquanto nado e curto um pouco a água, que está uma delícia, noto que o homem não tira os olhos de mim, e começo a me sentir incomodada.
Fico ali por cerca de trinta minutos, e quando estou quase ficando histérica com seus olhares sobre mim, nado para o lado oposto da piscina e começo a boiar.
- Oi - alguém fala, e surpresa por ouvir uma voz tão próxima a mim, quase me afogo de susto.
Quando me recupero e vejo quem está próximo, o sangue me sobe à cabeça.
- O que você quer? - pergunto com raiva, me afastando o máximo que consigo.
- Primeiro, que você não se afogue, segundo, só quero conversar, linda Srta.
Ela fala em um tom gozador, como se estivesse rindo de mim.
- Obrigada pela bebida, mas sou casada, muito bem casada, e não quero conversar - falo querendo que ele saia dali antes que Antônio chegue.
- Recém casada? - pergunta divertido.
- Já disse que sou casada. Então se você puder fazer a gentileza de me deixar em paz, antes que eu me chateie e você se arrependa.
Ele começa a rir de mim e continua me olhando, e já possessa de raiva eu grito.
- Dê o fora, e não me tire do sério.
- Nossa, que mulher - ele exclama ao se afastar, ainda rindo.
Mas, noto que ele retorna pro bar e, enquanto bebe, volta a fixar seus olhos em mim.
Cansada, saio dali e vou para à praia. Quero evitar confusões, e meu marido do jeito que o conheço, armaria uma das maiores se visse isso.
Uma hora mais tarde, sentada sobre a minha canga, passo mais protetor solar e aprecio o mar enquanto um homem de cerca de vinte anos se senta próximo e pergunta em inglês.
- Olá, meu nome é Will, está sozinha? - pergunta.
- Oi, meu nome é Amanda, e não estou sozinha não - respondo educada.
Ele fica ali olhando em volta, várias vezes até que pergunta.
- Quer que eu passe o protetor pra você?
Rio, puxa, como se paquera em Maldivas. Dois homens em uma hora.
- Não Will, agradeço pela ajuda. Eu passo muito bem sozinha.
- Passei a manhã inteira te observando e ninguém se sentou com você, tirando o cara que você deu um fora na piscina. Tem certeza que não está sozinha? - ele pergunta malicioso.
Não curto nenhum pouco e resolvo ser mais enfática.
- Olha, correndo o risco de ser antipática e já sendo, a troco de que está me observando? - pergunto com a voz cheia de raiva.
- Não tenho nada mais interessante pra fazer. Resolvi olhar para a mulher mais linda hospedada no hotel. Posso te convidar para uma bebida?
- Não, obrigada - respondo e já ia recolher meus pertences para sair dali quando meu celular vibra. Uma mensagem dele.
"Paquerando muito Sra. FIGUEIREDO?".
Procuro em volta e o encontro. Abro um enorme sorriso pra ele, que não sorri de volta.
- Tá vendo aquele homem alto de sunga preta lá no bar? - pergunto pra Will.
Ele procura e alguns minutos após encontrar, responde.
- Aquele de cara azeda?
- Esse mesmo. Veja só, é meu marido. E a julgar pela cara dele, não está gostando nadinha de te ver aqui sentado ao meu lado - explico e quero rir da expressão dele.
- Aquele é o lutador Cara de Sapato? - questiona, e seu rosto se contrai na mesma hora.
- Esse mesmo.
- Sinto muito. Me desculpe. Já tô indo - e praticamente saí correndo.
Começo a rir, recolho meus pertences e vou até o meu marido.
Parte dois no próximo capítulo. Curtam e comentem muito pra ajudar a autora aqui. Beijos 💋
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DocShoe - Sempre sua
FanficAmanda Meirelles tem 34 anos e é médica intensivista, chefe de UTI no maior hospital particular do Rio de Janeiro. Renomada e reconhecida na sua área, a vida seguia nos eixos até que uma tragédia promove o reencontro com Antônio, dez anos depois. An...