16. Lua de mel - Parte I

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Amanda - 2 anos atrás

Deitada em uma espreguiçadeira enquanto observo o encontro do azul do céu e do mar das Maldivas, sorrio de satisfação ao lembrar do meu casamento. Estamos em lua de mel, Antônio está sentado ao meu lado, sexy e imponente, usando uma suga branca e óculos de sol, enquanto lê uma biografia de um grande amigo lutador.

Estou de olhos fechados, perdida nos meus pensamentos quando escuto.

- Você vai se queimar Sra. Figueiredo - ele sussurra no meu ouvido, com aquela voz quente e sensual, ao mesmo tempo que desliza a boca por ali, deixando um rastro de beijos, que me deixam molhada na mesma hora.

- Hmm, Sra. Figueiredo, soa muito bem pra mim - falo enquanto abro os olhos e lhe lanço um olhar longo e preguiçoso.

- Não mais do que pra mim. Agora você é oficialmente minha. Eu sou um homem de muita sorte - ele está flertando comigo.

- Sim, você é - brinco.

- A modéstia lhe cai bem esposa. Vem, deixa eu passar protetor em você, se não vai se queimar - ele já está espalhando o líquido nas suas longas mãos.

Me viro de costas enquanto as suas mãos trabalham em mim, e o safado faz questão de dar leves apertos em pontos estratégicos.

Quando termina, dá um pequeno tapa na minha bunda e volta pro seu lugar.

Fecho os olhos enquanto o sol beija a minha pele. E meus pensamentos se voltam para o dia do casamento.

- Eu os declaro, marido e mulher. Pode beijar a noiva. - declara o padre.

- Finalmente Minha - ele declara enquanto coloca a mão possessivamente na minha cintura e me dá um enorme beijo - Sra. Figueiredo, uau, que sorte a minha. Você está linda meu amor, e eu estou louco para tirar esse vestido de você - sussurra só pra mim.

Como esse homem consegue me deixar em chamas com poucas palavras?, inacreditável o efeito que isso causa em mim.

Graças à Deus agora eu sou casada com ele.

O casamento é a realização de um sonho. Nossas famílias, nossos amigos, todos ali juntos, comemorando a nossa união.

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No dia seguinte, Antônio precisa acordar cedo para uma reunião remota com patrocinadores sobre o CT, quer que eu aguarde para irmos para a piscina juntos.

- Vou descer para a piscina e a praia - falo enquanto visto um biquini.

- Sozinha?

- Não querido, o hotel está cheio. Além do mais, logo você desce e pegamos um sol juntos - explico.

- Não gosto nada disso. Tem predadores demais por aí, atrás de uma mulher bonita, e eu não quero que seja a minha - diz cheio de ciúmes. Esse lado dele me excita completamente.

Não dou bola. Pego minhas coisas e saio do quarto.

Estou sentada nas espreguiçadeiras próximas à piscina, pegando um bronze com meu biquíni preto super cavado, quando um garçom se aproxima.

- Srta. da parte daquele Sr. de camiseta azul que está no bar - ele fala enquanto me entrega um drink, que por sinal é o meu favorito.

Sorrio. Meu esposo chegou.

Pego a bebida, tomo um longo gole, e quando me viro para o bar, com um enorme sorriso, quem eu encontro não é o Antônio.

Um cara enorme, de cabelos escuros, tão alto e forte quanto o meu marido, acena e ri, quando vê que o olho.

Nossa, que situação. Agradeço como posso e disposta a me sair dessa, largo a bebida ali mesmo, e entro na piscina.

Enquanto nado e curto um pouco a água, que está uma delícia, noto que o homem não tira os olhos de mim, e começo a me sentir incomodada.

Fico ali por cerca de trinta minutos, e quando estou quase ficando histérica com seus olhares sobre mim, nado para o lado oposto da piscina e começo a boiar.

- Oi - alguém fala, e surpresa por ouvir uma voz tão próxima a mim, quase me afogo de susto.

Quando me recupero e vejo quem está próximo, o sangue me sobe à cabeça.

- O que você quer? - pergunto com raiva, me afastando o máximo que consigo.

- Primeiro, que você não se afogue, segundo, só quero conversar, linda Srta.

Ela fala em um tom gozador, como se estivesse rindo de mim.

- Obrigada pela bebida, mas sou casada, muito bem casada, e não quero conversar - falo querendo que ele saia dali antes que Antônio chegue.

- Recém casada? - pergunta divertido.

- Já disse que sou casada. Então se você puder fazer a gentileza de me deixar em paz, antes que eu me chateie e você se arrependa.

Ele começa a rir de mim e continua me olhando, e já possessa de raiva eu grito.

- Dê o fora, e não me tire do sério.

- Nossa, que mulher - ele exclama ao se afastar, ainda rindo.

Mas, noto que ele retorna pro bar e, enquanto bebe, volta a fixar seus olhos em mim.

Cansada, saio dali e vou para à praia. Quero evitar confusões, e meu marido do jeito que o conheço, armaria uma das maiores se visse isso.

Uma hora mais tarde, sentada sobre a minha canga, passo mais protetor solar e aprecio o mar enquanto um homem de cerca de vinte anos se senta próximo e pergunta em inglês.

- Olá, meu nome é Will, está sozinha? - pergunta.

- Oi, meu nome é Amanda, e não estou sozinha não - respondo educada.

Ele fica ali olhando em volta, várias vezes até que pergunta.

- Quer que eu passe o protetor pra você?

Rio, puxa, como se paquera em Maldivas. Dois homens em uma hora.

- Não Will, agradeço pela ajuda. Eu passo muito bem sozinha.

- Passei a manhã inteira te observando e ninguém se sentou com você, tirando o cara que você deu um fora na piscina. Tem certeza que não está sozinha? - ele pergunta malicioso.

Não curto nenhum pouco e resolvo ser mais enfática.

- Olha, correndo o risco de ser antipática e já sendo, a troco de que está me observando? - pergunto com a voz cheia de raiva.

- Não tenho nada mais interessante pra fazer. Resolvi olhar para a mulher mais linda hospedada no hotel. Posso te convidar para uma bebida?

- Não, obrigada - respondo e já ia recolher meus pertences para sair dali quando meu celular vibra. Uma mensagem dele.

"Paquerando muito Sra. FIGUEIREDO?".

Procuro em volta e o encontro. Abro um enorme sorriso pra ele, que não sorri de volta.

- Tá vendo aquele homem alto de sunga preta lá no bar? - pergunto pra Will.

Ele procura e alguns minutos após encontrar, responde.

- Aquele de cara azeda?

- Esse mesmo. Veja só, é meu marido. E a julgar pela cara dele, não está gostando nadinha de te ver aqui sentado ao meu lado - explico e quero rir da expressão dele.

- Aquele é o lutador Cara de Sapato? - questiona, e seu rosto se contrai na mesma hora.

- Esse mesmo.

- Sinto muito. Me desculpe. Já tô indo - e praticamente saí correndo.

Começo a rir, recolho meus pertences e vou até o meu marido.

Parte dois no próximo capítulo. Curtam e comentem muito pra ajudar a autora aqui. Beijos 💋


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