Eu acordei com os braços doloridos, e quando me sentei na cama, percebi que haviam enormes marcas roxas espalhadas por ali. O Antônio com certeza ia ficar irado com aquilo.
Antes que eu conseguisse me levantar ele abriu os olhos e me olhou com um enorme sorriso que começou a morrer no exato momento que ele as viu.
- Filho da puta - esbravejou.
Ele se sentou, pegou delicadamente o meu braço que estava virado pra ele e examinou o lugar antes de perguntar.
- Está doendo? - perguntou.
- Um pouco, vou tomar algum remédio e logo passa - falei.
Tentando dispersar a névoa que se formava nos olhos dele, o empurrei para apoiar as costas na cabeceira, montei sobre e ele e comecei a fazer carinhos por ali.
Ele ficou animado no primeiro segundo e já puxou minha camisola sobre a minha cabeça rapidamente.
Começou a sugar meus mamilos enquanto me erguia um pouco com uma mão e abaixava a calça de moletom com a outra.
Eu guiei seu pau até a minha entrada e desci lentamente sobre ele, saboreando a sensação do seu membro se enterrando na minha carne.
- Meu Deus Amanda, eu preciso de você, muito, demais - ele declarou enquanto enfiava a cabeça no meu pescoço e depositava pequenos beijos que me arrepiaram da cabeça aos pés.
Ele atacou meu sexo com estocadas poderosas até que eu comecei a ondular e ele se derramou dentro de mim.
- Eu te amo - falei respondendo a declaração dele de segundos antes.
Já era quarta-feira e o Vinicius estava retornando para Curitiba para visitar a família antes de ir embora. O deixei no aeroporto depois do almoço já com saudades. Eu amava tê-lo por perto.
Na quinta-feira, voltei para o trabalho e alterei meus plantões, eu não queria mais trabalhar cento e quarenta horas ininterruptas, refiz a minha escala alternando entre quarenta e oito e setenta e duas horas, era o máximo que eu ficaria longe dele.
Até o momento o Dindinho estava conseguindo resolver tudo com o João sem envolver a justiça, inclusive me surpreendeu muito o fato dele não ter prestado queixa contra a agressão.
Eu e a Anna nos dávamos maravilhosamente bem, e o Antônio morria de ciúmes por que quando eu estava perto, ela não ligava nenhum pouco pra ele.
Hoje completavámos um mês juntos, e ele fez uma reserva em um restaurante para comemorar. Na volta pra casa ele me convidou pra dormir no apartamento dele e eu aceitei.
Ele estava em uma ligação com o Dindinho pra saber se a Anna estava bem e eu me apoiei no aparador de fotos pra tirar minhas sandálias de salto alto quando de repente escutei.
- Eu vou dormir com minha noiva hoje, amanhã pela manhã eu a busco e levo na escola - ele falou pro Dindinho no telefone.
Após ouvir aquilo eu me desequilibrei e cai no chão, ele desligou o celular correndo e veio me ajudar.
- Tá tudo bem meu amor? - perguntou rindo de mim, o safado sabia que aquilo era culpa dele.
- Vem cá Antônio, você falou noiva, NOIVA? - eu estava quase surtando.
- Sim, minha noiva - ele falou brincalhão.
- Que eu saiba eu posso ser tudo sua menos noiva, posso ser amiga, namorada, paquera, mas você nunca me pediu em noivado - falei.
- Não?, você tem certeza pequena? - ele estava zoando comigo.
Me levantei decidida a não entrar na onda e andei até o quarto. Me surpreendi quando entrei e vi um enorme buquê de rosas sobre a cama e várias velas espalhadas pelo ambiente.

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DocShoe - Sempre sua
FanficAmanda Meirelles tem 34 anos e é médica intensivista, chefe de UTI no maior hospital particular do Rio de Janeiro. Renomada e reconhecida na sua área, a vida seguia nos eixos até que uma tragédia promove o reencontro com Antônio, dez anos depois. An...