9. Girls, girls, girls

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Penny nunca havia sentido uma emoção como estava sentindo ao ver a sua banda favorita de perto.
Tudo estava perfeito e a banda estava dando tudo de si.
Apesar de Matt errar algumas entradas tudo correu muito bem e o show foi perfeito.
Ao final ela pode sentir que Lennie deu um sorriso diretamente pra ela. Se ela morresse naquele momento certamente morreria feliz.
Penny estava pronta para voltar a vida chata e comum em Brigham City e estava pensando nisso quando Lori segurou sua mão e a puxou

- Rápido! - hoje a gente vai conseguir!

- Conseguir o quê? - perguntou Penny

- Vem!

Penny avistou Mariska conversando com dois seguranças. Ela entrou no backstge e em após uns 20 minutos saiu triunfante.

- Conseguiu ver os rapazes? - perguntou Penny

- Melhor que isso, gata! Consegui o código secreto!

Lori e Chloe vibraram mas Penny não parecia saber do que esse tal código se tratava

-Que código?

Elas se entreolharam rindo

- Penny, todos os caras de bandas usam códigos para algumas... coisas - começou Mariska

- Isso vale para bebidas, drogas e garotas - continuou Chloe

- E as garotas que tem o código conseguem entrar no hotel pra passar a noite toda com eles!

- A noite toda? - Penny exclamou finalmente entendendo o que aquilo significava

- Isso aí, bora pro Hilton que hoje a gente vai gozar muito!

Penny nunca havia feito sexo na vida, seu primeiro beijo havia sido a poucos meses, e mesmo assim foi rápido e sem graça.
Ela poderia simplesmente ir embora, afinal sexo não estava nos planos... Mas espera, era do Lennie que ela estava falando! Era a única chance que ela teria na vida de chegar perto do Lennie! Será que sua virgindade valeria mais que a única chance que ela teria de estar perto do seu ídolo? Será que o Lennie a notaria? Será que alguém a forçaria a fazer o que ela não queira? Jamais! Os caras da Sharon's Ghost jamais fariam isso...
Penny estava perdida em seus pensamentos quando se deu conta que já estava na frente do Hotel Hilton.
Uma legião de fãs, na esmagadora maioria garotas se aglomeravam na calçada do hotel cercando todos os carros que paravam ali.
Triunfante, Mariska foi até um segurança que tentava conter a multidão e disse algo em seu ouvido, e o mesmo abriu passagem para as 4 garotas que agora estavam no hall de entrada do hotel mais chique que Penny já havia visto.
Rapidamente um outro segurança veio de encontro as meninas e as encaminharam ao elevador para um quarto na cobertura do prédio.
Ao abrir a porta do quarto, que era maior que um apartamento, via-se uma cama de casal enorme em estilo vitoriano, diversos sofás na cor bege extremamente confortáveis, repleto de garotas já seminuas bebendo whisky e cerveja direto do bico das garrafas, muitas vezes deixando cair bebida no carpete vinho que cobria o quarto, enquanto outras garotas se beijavam na varanda do hotel sem o menor pudor de serem vistas.
Mariska logo avistou um cooler cheio de cervejas e já foi se servindo e oferencendo para Choe, Lori e Penny que aceitaram.
Duas outras meninas vieram ao encontro delas e começaram a despi-las e beija-las enquanto Penny tentava se afastar daquilo que parecia um pouco demais para ela.
Ao se afastar de costas Penny sente bater em alguém atrás dela e ao se virar ela dá de cara com um homem alto, cabelos castanho escuros na altura do queixo, jaqueta de couro e jeans pretos: era ele Matt Sharon

- Oh meu Deus! Matt! - exclamou a garota

- E aí, bonitinha... - Matt apertou levemente o queixo dela a fazendo corar em seguida descendo a mão pelo eu pescoço fazendo um súbito movimento como se fosse a estrangular - vai ser minha cadelinha essa noite?

Penny ficara sem reação, em menos de trinta segundos sua admiração por Matt se transformou em repulsa e medo fazendo ela dar um passo para trás, Matt desceu sua mão e agarrou Penny pelo braço puxando- a para perto dele novamente e tentando beija- la.
Penny tentava se esquivar quando ouviu uma voz

- Ei garotas, Matt deu muito duro no show essa noite, agradem ele um pouquinho!

Nesse momento sentiu algumas mãos passarem entre seu corpo e o corpo de Matt e logo após sentiu Matt a soltar aos poucos enquanto duas garotas já nuas se atracavam com ele em direção a cama.
Penny se virou e naquele momento sua alma saira do corpo por alguns instantes, era ele Lennie Sharon na sua frente, com aquele sorriso no rosto olhando para ela

- Tudo bem? -ele perguntou

Penny não conseguia verbalizar, apenas acenou que sim com a cabeça e lágrimas de emoção imediatamente desceram dos seus olhos verdes

- Você está bem? - perguntou Lennie assustado

- Meu Deus, eu amo você - disse Penny de supetão abraçando Lenie com tanta força que fez o belo cabeludo se assustar, mas lentamente correspoder ao seu abraço.

- Lennie eu sou sua fã desde os 14 anos! Eu amo você e a Sharon's Ghost, eu amo todos os sons que vocês fazem, eu fugi de casa para vir te ver, eu sou virgem! - Penny falava tudo sem pausas, demonstrando seu nervosismo e emoção tomando conta dela.

Ao perceber isso, Lennie pegou a mão da garota e a levou para a varanda, onde Dwigth estava no parapeito com duas garotas que revezavam a boca do baixista.

-Dwigth pode levar as meninas ali para dentro?
Dwigth se encaminhou para dentro do quarto se acomodando em um dos sofás e uma terceira garota se juntou ao trio.
Lennie pegou 2 cervejas, deu uma a Penny e fechou a porta da varanda.

- Calma querida, me conte, o que diabos você está fazendo aqui?

- Eu queria conhecer vocês - disse Penny mais calma bebendo um gole da cerveja

- Você não faz o perfil dessas garotas aqui! - riu Lennie

- Eu sei - disse Penny passando a mão no rosto com um misto de vergonha e incredulidade - Não sei como isso poderia dar certo, eu me sinto patética por estar aqui, me desculpe!

- Ei, você nunca deve se desculpar por ser você!

Penny já tinha ouvido essas palavras antes de alguém muito especial e desde que entrou naquele quarto esse foi o momento em que ela se sentiu mais confortável.

- Eu vou chamar um táxi para a rodoviária e esperar meu ônibus, pode apenas me levar a recepção?

- De onde você é? - perguntou Lennie curioso enquanto bebia sua cerveja

- Utah, Brigham City - responde ela sorrindo sem graça

- Nossa, veio de longe - disse dando aquele sorriso que enfeitiçava a garota

- Valeu cada milha...- suspirou

- Então o mínimo que posso fazer é te levar até a rodoviária em segurança.

Lennie foi até um telefone preso na parede da varanda ao lado das cadeiras de sol e discou um número que logo atendeu

- Aqui é Lennie, vou dar uma saída, preciso de um carro para agora.

Lennie pegou Penny pela mão e os dois atravessaram o quarto.
A cena que ela viu ao atravessar aquele quarto de hotel não chegava sequer aos pés do que ela ouvia sobre Sodoma e Gomorra. Sexo sendo feito de todas as formas possíveis regados a garrafas de bebidas e drogas de todo tipo sendo usadas por todos no quarto.
Penny se sentiu aliviada ao sair daquele lugar.

O Grito do SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora