Boaaa LEITURAAAAA 👥
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Enquanto tomávamos um café, mostrei a Clarke a pasta onde eu guardava todas as informações que o investigador me fornecera sobre as duas adoções. Eu não queria que ela tivesse dúvida alguma sobre a situação. Também decidimos que ela passaria um tempo na minha casa sob o disfarce de ser minha amiga. Como Rafe já a tinha visto antes, essa história funcionava bem. Ele provavelmente já havia deduzido que ela era uma amiga minha. Fazia sentido continuar com esse pretexto.
Ela visitara duas vezes nas duas semanas após a conversa que tivemos em meu carro. Em cada vez, tentou se conectar com Rafe falando sobre animes e mangás, trazendo algumas novas revistas em quadrinhos que eu confirmara que ele ainda não tinha. Ela também mostrou a ele fotos da vez em que fora à convenção de animes quando estava na faculdade. Fiquei aliviada por vê-la lidando tão bem com tudo, e ainda mais aliviada por não ter mais que esconder algo tão importante assim dela.
Mesmo que ainda se recusasse a falar, Rafe parecia estar com um humor melhor, aparentemente mais engajado e passando mais tempo à mesa de jantar antes de voltar com pressa para seu quarto.
Decidi contar a Shannon a verdade sobre tudo, sabendo que ela veria Clarke em casa e poderia tirar uma conclusão errada sobre nós mais uma vez. Ela ficou chocada, para dizer o mínimo, mas apoiou a ideia de Clarke conhecer Rafe melhor antes de darmos a notícia a ele.
Em uma noite de sexta-feira, Clarke juntou-se a nós para o jantar, sua terceira visita desde que soube da verdade. Shannon havia feito frango e couve-de-bruxelas assada. Insisti que ela se sentasse conosco, o que ela fazia ocasionalmente quando não tinha planos com Bob. Eu sabia que ela aceitaria a minha oferta naquela noite, porque estava muito curiosa sobre Clarke desde que descobrira quem ela era.
Shannon e Clarke conduziram a conversa durante a maior parte do jantar, enquanto Rafe e eu permanecemos quietos, embora eu tenha notado que ele estava prestando atenção ao que elas estavam dizendo. Shannon falou sobre sua última viagem a Nova Orleans, e Clarke parecia particularmente interessada em suas histórias sobre os locais que visitara.
Então, de alguma maneira, a conversa mudou para um novo assunto, sobre traços físicos incomuns. Shannon percebeu que ela tinha os olhos de cores diferentes, coisa que eu não havia notado. Era uma diferença bem sutil, mas, quando ela apontou, pude ver bem.
— Ganhei de você, eu acho — Clarke disse. — Tenho dedos siameses no pé.
— O que são dedos siameses? — perguntei.
— É quando dois dos seus dedos dos pés são grudados um no outro. Me incomodava quando eu era mais nova, mas aprendi a gostar.
— Acho que o termo para isso é sindactilia — Shannon disse.
Sorri.
— Eu tenho que ver isso.
— Bem, eu tiraria o meu sapato, mas não é algo exatamente apropriado para se fazer à mesa de jantar — Clarke falou.
— Eu tenho dedos siameses.
Soltei meu garfo. Quem disse isso?
Nós três viramos para Rafe ao mesmo tempo.
Foi como se o próprio Deus tivesse falado conosco.
Clarke olhou para mim, depois de volta para ele.
— É mesmo? Nunca conheci mais ninguém que tivesse.
Ele assentiu.
— Isso é tão legal — ela respondeu, parecendo tão agitada quanto eu me sentia.
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L. Woods
RomanceComo massoterapeuta itinerante, eu estava acostumada a entrar na casa de estranhos, mas no dia em que cheguei à imensa casa de Alexandra Woods, não fazia ideia do que me esperava. Esse trabalho era diferente de qualquer outro. Do lado de fora da cas...