Broken Bonds (livro 1) - J. BREE

CAPÍTULO ONZE

Demora três semanas para obter nossas notas de volta das atribuições, mas no segundo que atravesso as portas e entro na sala de aula, meu vínculo me diz que algo está realmente errado com essa situação.

Eu posso odiar ter aquele chamado estranho e quase consciente em meu peito, mas também nunca está errado. Eu morei em LA por um verão alguns anos atrás e isso me salvou de um incidente de bebida drogada, bem como de um assaltante de carro. Desde que cheguei na Draven University, chutando e gritando, ficou ainda mais nítido, como se apenas estar tão perto dos meus Bonds tornasse o chamado tão nítido e preciso quanto a mira de um rifle de precisão. 

Quando meus passos diminuem, Sage me lança um olhar e acerta o passo comigo, o que eu esperava, mas quando Gabe faz a mesma coisa, uma carranca gravada em seu rosto bonito, começo a ficar preocupada.

Existe uma bomba na sala?

Um atirador?

Por que diabos todo o meu pelo está subindo assim?

Todos entram na sala como se não houvesse nada de errado, sentando-se e conversando uns com os outros, e eu começo a suar porque como eles não sentem esse pânico como um punho em seu peito como eu? 

Estou perdendo a porra da minha cabeça?!

Nox entra na sala sozinho pela primeira vez em meses, e basta uma olhada em seu rosto para me dizer que a sensação sinistra na sala que apenas Gabe e eu podemos sentir é inteiramente criação de Draven.

Pelo amor de Deus.

Eu afundo na minha cadeira um pouco agora que não estou procurando por um terrorista enlouquecido, e Sage gentilmente bate no meu ombro com o dela com um sorriso triste, solidariedade diante da besteira do meu Bond, porque se alguém nesta sala pode entender isso, é ela.

No momento em que ele começa a falar, todos os olhos se voltam para Nox e a conversa e a fofoca morrem imediatamente. Ele não chama atenção, sua mera presença exige e, como uma hierarquia de matilha, cada aluno se alinha obedientemente. Há um respeito aqui que ele cultivou que mais uma vez me deixa curiosa sobre o que ele pode fazer, qual é o perigo real que ele representa para todos nós, porque tem que haver mais do que apenas respeito por um professor aqui.

Estou muito ocupada pensando em poderes potenciais para notar Gabe se inclinando para mim até que sua respiração atinge a curva da minha orelha, dançando no meu pescoço e provocando uma onda de arrepios que não quero que ele perceba.

"Seja o que for, reagir só vai piorar as coisas. Você não merece aviso, mas vou avisá-la de qualquer maneira."

Eu mantenho meus olhos em Nox enquanto dou um breve aceno de cabeça. Eu posso manter a calma aqui, eu já enfrentei coisas piores do que besteira de trote de algum idiota. Não consigo pensar nas coisas que enfrentei aqui, agora, com minhas barreiras mentais em pedaços graças a qualquer maldade vudu que Nox espalhou para o mundo e meu Bond pegou. Eu me sinto muito... crua.

A aula se arrasta para sempre.

É toda história que conheço, graças às minhas sessões de estudo com Sage. A rivalidade de longa data com a Resistência não é algo que eu considero levianamente, nãoposso me dar ao luxo, mas há tantas vezes que posso ouvir sobre as abduções e doutrinações de Bonds e Bonded sem sentir que é uma nova e muito específica forma de tortura.

As teorias sobre qual família realmente iniciou a Resistência são interessantes. Ninguém jamais assumiu a responsabilidade pelo grupo, embora haja rumores de que uma das famílias mais antigas e prestigiosas o iniciou. Os Draven são uma das oito famílias de Superdotados que dirigem os Conselhos na costa oeste e faço algumas anotações sobre o potencial lá.