XLVI

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- Au! A minha cabeça! - digo eu a sentir a cabeça a andar à roda.

Olho em volta e vejo Bo e Richard a levantarem-se também com a mão na cabeça.

- Vocês estão bem? - pergunto eu a eles.

- Sim. - responde Richard e olha para a Maya e grita. - Maya!!!

Todos corremos a ir ter com ela e vemos o professor já a cuidar dela.

- Como é que ela está? - pergunto eu alarmado.

- Ela vai ficar bem. Esta magia exigiu demais dela. Vocês não estavam preparados para este tipo de magia e peço desde já desculpa por isso. - disse o professor. - Vou ter de colocar um ponto final nestas aulas, a Maya esforçou-se demais para me mostrar que era capaz de fazer o que eu a tinha desafiado. Eu esqueço-me que ela mesmo sendo mais sobredotada que a média ainda é uma criança. Eu estive mal enquanto professor e então coloco um ponto final. - conclui o professor.

- Não faça isso. - diz Maya numa voz fraca. - Nós precisamos de si para nos ensinar. - conclui ela com lágrimas nos olhos.

- Não Maya. Vocês precisam uns dos outros. Vocês podem encorajar-se uns aos outros e sinceramente é o que eu espero de vocês. - diz o professor. - Eu sei das ameaças que vos foram feitas mas a maior ameaça para vocês neste momento sou eu. - conclui o professor e levanta-se.

Maya levantou-se e abraçou-o.

- Professor Vasquez é o melhor professor de sempre. - disse ela com lágrimas nos olhos. - Se tivermos alguma dúvida podemos vir aqui ter consigo? - pergunta Maya.

- Claro, vão ser muito bem vindos sempre. - respondeu o professor. - Agora treinem uns com os outros e deixa de lado essas magias por enquanto. Estudem as de nível básico e estudem os escudos defensivos. - disse o professor dando as costas para nós e saindo da escola.

- Como te sentes Maya? - perguntei eu preocupado.

- Estou bem... Estou triste porque perdemos o nosso professor por minha culpa. - disse Maya transtornada.

- Ele disse que podíamos contar com ele para o que precisassemos. Não te preocupes. - respondi eu e dei-lhe um beijo no cimo da cabeça.

- Vamos sair daqui e descansar o resto do fim-de-semana. - disse Bo.

Voltamos todos juntos para o Sanctum e descansamos bastante.

****

Os dias passaram tão rápido que quando demos por isso estávamos no natal.

Esses dias de festa eram sempre passados na casa com os pais então os membros dos outros continentes também foram para casa e voltavam depois do ano novo tendo uma semana inteira de folga.

Nós fomos para casa dos nossos pais e tínhamos logo prendas para abrir.
Ficamos todos juntos à árvore de natal e Alice dirigiu-se a uma caixa e avançou na minha direção.

- Tobias, nós preparámos uma coisa especial para o teu espírito. Andamos a preparar desde o dia que foste atacado no local comum a todos. - disse Alice e deu-me uma caixa grande.

- O que é? - perguntei eu entusiasmado.

- Abre e vê se gostas e claro pergunta ao teu espírito o que ele acha também. - responde Alice.

- Abre logo Tobias. - disse Astarot na minha mente.

Eu abri a caixa e lá tinha uma armadura muito pequena.

- Isso é alguma brincadeira? Isso não cabe em mim. - disse Astarot irritado e rugiu na minha mente.

- Calma. Vou perguntar o que é isto. - disse eu tentando acalma-lo.

Os Irmãos De Sangue: Um Encontro InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora