Um Demônio de Cristal

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"??? – (...) E se depender de mim, essa ruína não tardará! – disse com ódio, exalando toda a pressão de sua essência, fazendo Tristan suar frio."

Tristan – Ele não é humano! – se surpreendeu com a real aparência daquele ser.

??? – Não, eu sou uma espécie superior... – disse frio cerrando os punhos.

Tristan – Droga, essa essência ameaçadora... Sinto que estou impotente agora... – pensava vendo aquele ser olhar para todos naquele local – O garoto está em choque... – viu que Volkner estava curvado, com as mãos apoiadas no chão e com o corpo todo tremendo.

Volkner – Kaleo... – disse em choque o nome do amigo que agora estava morto, próximo a si, mas não tinha coragem de olhar.

Eliza – Volkner, por favor... – se aproximou do garoto, colocando a mão sobre as costas do loiro, mas tomando um pequeno choque ao encostar – Ai... – recuou segurando a mão.

??? – Olhar vocês me enoja... – disse com asco – Irei acabar com vocês de uma vez, para que eu... – sentiu uma essência estranha se manifestar.

Ao olhar em direção a mesma pode ver o corpo do jovem loiro começar a emitir pequenos raios, que percorriam todo seu corpo.

??? – Ora, parece que temos alguém especial entre os ratos – ria cínico.

Tristan – Droga, ele está perdendo o controle da sua essência... – via os raios ao redor de Volkner começarem a aumentar – Garoto acalme-se! – disse sério vendo o grande estado de choque que o loiro estava.

Volkner – Kaleo... – disse deixando as lágrimas finalmente caírem em meio ao seu olhar opaco.

A imagem daquele homem sorrindo então veio à sua memória.

- Flashback: on -

Kaleo – Lorde Volkner, o senhor deseja mais alguma coisa? Comida? Alguma bebida? Algum doce? Alguma roupa? – dizia correndo atrapalhadamente pelo navio pegando cada coisa que oferecia e entregando ao garoto.

Volkner – Err... Não precisa de tudo isso Kaleo, estou satisfeito – segurava vários objetos e encarava o homem com uma gota na cabeça.

Kaleo – Tem certeza? Não precisa de mais nada? – indagou olhando confuso mexendo as mãos freneticamente.

Volkner – Tenho, já é uma grande gentileza você nos dar uma carona para Pyror! – sorriu gentilmente.

Kaleo – É o mínimo a se fazer para o Lorde dos Raios – disse sorrindo largo.

Volkner – Por que você tem toda essa preocupação em me agradar? – indagou confuso, vendo novamente o homem colocar outros objetos em suas mãos.

Kaleo – Porque o senhor é o representante do deus Barakioh! – respondeu olhando ao redor à procura de algo, porém, logo parou e suspirou – O deus dos raios me deu inúmeras presentes ao longo da minha vida – disse calmo e sorrindo – Consegui esse barco para meu comércio, tenho uma bela esposa, dois filhos incríveis, uma vida pacata e amigos maravilhosos. Isso é mais que eu poderia pedir – disse sonhador – E isso é o mínimo que posso fazer para agradecer Barakioh por todas as bênçãos que recebi – sorriu.

Volkner – Você tem filhos?! – indagou surpreso, não conseguindo imaginar como seria os filhos daquele homem tão atrapalhado.

Kaleo – Sim! – respondeu sorrindo, retirando algo do bolso.

O homem andou até Volkner e mostrou um papel para o garoto. Era uma folha já amarelada pela sujeira, mas podia se ver claramente um desenho, com traços infantis. O desenho mostrava uma família, um homem de bigode, uma mulher, duas crianças, um menino e uma menina, e ao fundo um barco. Acima da cabeça das pessoas estava os dizeres: "Volte logo papai, senão sentiremos saudades". Volkner não pode evitar de sorrir ao ler aquilo.

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