A Cidade dos Gritos Sufocados

11 1 1
                                    


"Tristan – O que está acontecendo aqui?! – seus olhos não podiam acreditar no que via e ao mirá-los mais à frente pode ver uma ilha com gigantes cristais alaranjados saindo do centro da mesma indo em direção ao céu."

Volkner – Kaleo, onde estamos?! – estava chocado com que acabara de acontecer, mas ao se virar para encarar o homem, viu-o cair de joelhos – O que houve? – se aproximou preocupado.

Kaleo – Hephestria, minha cidade natal... Não é possível... – após o navio no cristal virar pó finalmente pode ver o estado de seu lar – Minha família... – foi tudo que disse já sentindo os olhos marejarem.

Volkner – Calma, não se preocupe, eles estão bem, eu sei que estão – tentava confortar aquele homem que tanto o queria bem – Sr. Triton o que pode estar acontecendo? – indagou sem deixar de demonstrar sua preocupação.

Triton – Eu não sei, nunca vi coisa parecida... – disse olhando para sua mão – Eles estavam... Mortos? – indagava-se.

Lucy – Será o poder de alguma besta marinha? – indagou um tanto quanto assustada.

Eliza – É provável, mas ainda assim é estranho... – parecia tentar achar uma explicação – Se fosse apenas uma besta marinha apenas os navios estariam assim, mas... – olhou para a ilha onde o enorme cristal, semelhante a uma flor, se encontrava.

Kaleo – Quem se importa? Eu preciso ver se minha família está bem – correu, tropeçando nos próprios pés, em direção ao timão do navio deixando o grupo sozinho no convés.

O homem corria apressadamente sem olhar para trás se posicionando atrás do timão, para manobrar o barco e já ia mexer nas velas, quando ouviu a água próxima ao barco começar a soltar bolhas. Tristan então sentiu uma estranha sensação de perigo.

Tristan – KALEO SAIA DAÍ AGORA! – bradou já correndo em direção ao capitão.

Os três que ficaram para trás ficaram assustados com repentina elevação de voz do velho, porém, logo todos entenderam o motivo. Do mar, do lado esquerdo do navio, saiu uma gigante serpente marinha com o corpo completamente composto por cristais laranjas. A única exceção, eram os olhos, que possuíam um forte brilho branco.

Sem demora a enorme boca da serpente se abriu, mostrando os enormes dentes de cristais afiados. A mesma então preparou-se para o bote em direção a parte do navio em que Kaleo estava. Tristan, entretanto, conseguiu chegar a tempo empurrando o homem para trás. Kaleo caiu sentado com Tristan em sua frente, de costas com uma mão indicando para que se afastasse.

Nesse meio tempo a grande boca da serpente já estava mordendo aquela parte do navio, porém, sem destruí-lo. Kaleo então viu que o ponto onde os dentes da besta cravaram começou a cristalizar e, como chama em palha, começou a se espalhar. Os cristais cobraram toda a popa, o timão e até as velas.

Tristan – Mas o que é isso? – se afastou vendo a cristalização parar próxima aos seus pés – Ela não tentou nos matar? – indagou vendo a cabeça da serpente se levantar e ficar lhe encarando.

Kaleo correu assustado até o grupo se colocando ao lado de Volkner. Contudo, assim que parou pode ouvir atrás de si, algo sair da água. Assim que o grupo se virou para ver a causa da repentina sombra que havia se formado, puderam ver outra serpente, idêntica à qual estava em frente a Tristan.

Volkner – Maldição... – disse vendo a enorme boca da besta se abrir e dar o bote.

Os enormes dentes de cristal vinham rapidamente, porém, antes que os mesmos abocanhasse o grupo, a serpente de cristal recebeu um golpe na mandíbula, fazendo-a recuar. Era o tridente de Tristan que havia saído de dentro da água.

EssenceOnde histórias criam vida. Descubra agora