Luz e Trevas

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Após a ascensão dos deuses, os humanos começaram e se organizar em tribos, nações e reinos, que à medida que cresciam adquiriam mais poder no mundo. Dentre os diversos reinos que surgiram, um se destacava pela sua influência comercial e militar, além de possuir um grande número de centros de estudos, onde sábios e pensadores se reuniam para compartilhar conhecimento. Esse era o reino de Arcádia, onde o rei Mikael reinava soberano, garantindo a paz e a prosperidade de seu povo.

A paz do rei foi tirada quando descobriu, através dos médicos do reino, que possuía uma doença incurável que ceifaria sua vida aos poucos. O rei então enfrentava outro problema, a sucessão do trono. A rainha havia dado a luz a gêmeos, seus filhos Klein e Kiel, e logo após o parto deixará esse Plano. Como o trono é por direito ao seu primogênito, o rei não sabia o que fazer, pois, além de sua esposa ter morrido no parto, as parteiras, que já eram idosas, também haviam morrido há muitos anos, deixando o rei sem saber quem era seu primogênito.

Vendo a confusão na cabeça de seu rei, os nobres, aqueles que tinham influência no reino e aconselhavam o próprio monarca, planejaram um meio de passar o trono de Arcádia para um deles. Aqueles homens estavam completamente tomados pela inveja e ganância, males que talvez nunca saíssem dos corações humanos. Eles se reuniram secretamente para construir tal plano na casa de um deles.

Nobre 1 - Então, qual será o plano? – o mais novo daqueles cinco homens indagou curioso.

Nobre 2 - Como todos nós sabemos o rei não tem muito anos mais de vida... – o mais velho falou fazendo os outros concordarem com a cabeça – E ele está confuso na decisão de passar o trono para um de seus filhos – viu-os confirmar novamente – Então nós o apresentaremos uma ideia para resolver esse problema – riu cínico

Nobre 3 - E qual seria essa ideia? – perguntou um homem, que não aparentava ser tão velho, mas os cabelos já clareando entregava sua idade.

Nobre 2 - Nós iremos propor um duelo até a morte entre os príncipes, no qual, o que sair vivo, será o próximo rei – explicou com um sorriso ainda maior.

Nobre 4 - Impossível! – um homem bem alto e magro, com cabelos compridos chamou atenção dos demais – O rei é bondoso demais, nunca permitiria um duelo até a morte, ainda mais com seus filhos como os guerreiros, eles são as coisas que ele mais ama – explicou suspirando.

Nobre 2 – Exatamente! – não escondeu o sorriso maléfico – Ele não irá permitir, então lhe daremos outra ideia: iremos dar-lhe a opção de passar o trono para um de nós – concluiu sorriso de canto.

Nobre 5 - E caso ele recusar? – o homem gordo e baixo que até agora estava em silêncio finalmente se pronunciou.

Nobre 2 - Ele não irá recusar, ele já não tem muitas opções, mas caso ele recuse temos outra alternativa. Por mais que o povo ame o rei, basta um estalar de dedos que, com nossa influência, podemos causar inúmeras revoltas em todo o reino. Entretanto, acredito que não será necessário – concluiu pensativo.

Nobre 1 - Então o rei aceitará a segunda opção e deixaremos que nossos feitos por Arcádia sejam o motivo pela escolha de um de nós para próximo rei – falou finalmente entendendo onde os demais queriam chegar e viu-os confirmar com a cabeça, todo com um sorriso de satisfeitos com um plano.

Nobre 2 - Nós o apresentaremos as opções no próximo conselho – pegou seu cálice com vinho e propôs um brinde - A nossa ascensão ao trono!

Todos - A nossa ascensão ao trono! – levantaram seus cálices e brindaram em uníssimo.

O tempo se passou e o dia do conselho finalmente havia chegado. O rei e os cinco nobres estavam reunidos na sala do trono discutindo os assuntos a respeito do reino. Quando o rei acabou suas palavras, se levantou do trono e se pronunciou alto.

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