O corpo desacordado de Volkner desceu rolando pelo barranco ficando caído no meio da estrada em frente a uma carruagem que passava por ali. Os cavalos haviam se assustado com o raio e com o corpo que caiu repentinamente a sobre o caminho. O condutor, com dificuldade, impediu os cavalos de pisotearem o garoto, parando-os em seguida.
Dentro da carruagem havia um homem que estranhou a parada repentina. Era um homem de meia-idade, pele clara, curtos e ondulados cabelos loiros, olhos verdes e barba rala. Vestia-se com roupas luxuosas todas adornadas, feitas dos melhores tecidos, além disso, usava várias joias. Entretanto, o que mais chamava atenção era uma cicatriz em forma de cruz que ficava do lado direito do rosto.
Ele levantou-se de seu assento e abriu a pequena portinhola que ficava nas costas do condutor.
??? - Henck, por que paramos? – disse com certa surpresa na voz.
O condutor era um homem que por seu porte físico não aparentava ter a idade que possuía, mas as rugas faciais e os cabelos e bigode grisalhos entregavam o fato que o mesmo já possuía seus mais de cinquenta anos. Vestia-se com uma roupa social de mordomo e uma capa que o protegia da forte chuva que caia.
Henck – Perdão senhor, mas tem um garoto caído no meio da estrada – explicou a situação ao homem – O que devo fazer? – indagou.
??? - ... – o homem pareceu pensar por um instante e logo suspirou fundo – O garoto está vivo? – indagou o mordomo.
Henck – Acredito que sim... – viu então o homem fechar a portinhola atrás de si e logo em seguida abrir a porta da carruagem – Senhor... – viu seu patrão ir em direção ao garoto e então fez o mesmo.
Os dois homens ficaram ao redor de Volkner e viram que o mesmo estava respirando, mesmo que minimamente e confirmaram que estava apenas desmaiado, porém, os dois sentiram que o corpo da criança estava com uma grande quantidade de energia elétrica.
Henck – Senhor, o garoto está com uma grande quantidade de energia no corpo, provavelmente aquele raio de minutos atrás caiu sobre ele – explicou a situação abaixando-se para ficar mais perto de Volkner – Acredito que podemos ajudá-lo – comentou olhando bem o rosto do garoto que sentia as fortes gotas d'água caírem sobre si.
??? – E o que está esperando? – o loiro indagou com certo tom de ordem.
Henck então colocou dois dedos da mão direita na testa do garoto sobre e apontou dois dedos da outra mão para o céu. Logo um enorme raio saiu dos dedos que estavam apontados para cima, onde o mesmo subiu até as nuvens negras do céu. Após alguns segundos a respiração de Volkner aumentou e, mesmo que o mordomo não percebesse, o homem loiro em pé a sua frente pareceu mais aliviado. O loiro soltou um longo suspiro de alívio e ficou alguns instantes parado e calado, apenas sentindo as fortes gotas de chuva caírem sobre si.
Henck – O que faremos agora senhor? – indagou preocupado enquanto olhava calorosamente para o garoto que agora parecia estar bem.
??? – Temos que tirá-lo dessa chuva – respondeu olhando a para cima sentindo as fortes gotas caírem sobre a face – Leve-o para dentro da carruagem! – ordenou virando-se e seguindo para dentro da mesma.
Henck - Sim senhor! – o mordomo então pegou Volkner no colo e seguiu o patão.
Era uma carruagem luxuosa, provavelmente de alguém do alto nível da nobreza, possuía vários adornos dourados e os estofados vermelhos. Certamente era um meio de transporte muito confortável. O mordomo então deitou cuidadosamente Volkner no banco aposto de seu senhor.
??? – Henck... – chamou atenção do mordomo – Antes de partimos por favor verifique o vilarejo próximo daqui – olhava curioso para o rosto do garoto enquanto dava instruções ao criado – Algo não parece certo? – olhou sério nos olhos do grisalho
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Essence
FantasiaNo Plano Terreno, as pessoas nascem com habilidades de criar, controlar ou se transformar em um dos elementos da criação. Tal poder foi concedido pelos deuses, porém, após uma grande guerra, cada deus compartilhou e confiou parte de seu poder a um h...