Tristan estava algemado com correntes estranhas, que possuíam alguns cristais cravados, talvez aquilo impedisse seus comandos sobre a água, mas o garoto nem mesmo pensava em reagir.
O Lorde da Água foi escoltado até uma carruagem, um tanto luxuosa para levar um prisioneiro, onde também entrou o homem que anunciara sua prisão levando Krait "engaiolado" nas mãos.
Era um homem de estatura média de pela clara, vestido com calças pretas e botas da mesma cor. Uma camisa social de colarinho branco, acompanhada de uma gravata preta com detalhes dourados, além disso, vestia um sobretudo com gola alta azul-marinho todo adornado e amarrado na cintura por uma faixa preta. Seus cabelos eram um tanto longos e tinham um tom de azul-cobalto, a maior parte dele estava arrumado num rabo de cavalo preso por um aro dourado que o deixava caído sobre o ombro esquerdo, na altura do peito. O restante de seu cabelo estava todo organizado de forma irregular com alguns fios espetados e várias mechas caídas sobre os olhos, olhos esses que possuíam um belo tom de verde-água cobertos por óculos de armação preta, com as pernas douradas.
??? - Em outras circunstâncias, seria um prazer conhecê-lo Lorde da Água, mas ainda assim não posso faltar com educação com o senhor, então me permita se apresentar – disse ao se acomodar em seu lugar e arrumando seus óculos que pareciam escorregar pelo nariz - Meu nome é Konrad Riveria, sou o chefe de gabinete e o cônsul do Reino de Hydrus – apresentou-se educadamente curvando a cabeça levemente, mas o nome daquele homem fez Tristan se sentir desconfortável – Ficaria feliz se o senhor se apresentasse também, afinal Vossa Majestade, rei Aurus não disse qualquer informação pessoal sobre sua pessoa – não obteve resposta de Tristan que apenas se recostou suspirando entediado, parecendo não ligar para nada, mesmo que aquele homem a sua frente não parecesse uma má pessoa – Entendo... Espero que sua ida à Aquos melhore as situações tensas que vivemos hoje – parecia esperançoso.
Krait - Apenas desista... – comentava com uma gota na cabeça ao olhar a face confusa de Konrad – Ah! Perdoe-me, deixe eu me apresentar também... – chegou próximo das grades de sua gaiola – Eu sou Krait, o guardião daquele pirralho ali – viu Tristan olhar ameaçadoramente para si e logo após para seu tridente que também havia sido posto naquela carruagem – Apenas espere e verá Quatro-olh... Err Konrad – sorriu de canto.
Aquela caravana viajou dias tanto por terra como por água e depois de muito esforço a escolta do Lorde da Água chegou à capital do Reino de Hydrus, Aquos. Como Tristan não havia mostrado qualquer sinal de resistência à prisão o número de soldados a escoltar o garoto foi reduzido para apenas dez que cercavam a carruagem que o mesmo estava. Konrad desceu primeiro carregando o tridente do garoto numa mão e a gaiola de Krait na outra, porém, antes de Tristan descer, o cônsul o parou e entregou-lhe algo.
Konrad - Use isso... – entregou um tapa-olho velho para o garoto – Não queremos que a população faça um alarde ao perceber que na verdade o prisioneiro trata-se do Lorde da Água – explicou alertando do risco
Assim como sugerido Tristan o fez, porém, seu sorriso de canto completamente debochado não saia do seu resto nem por um segundo. O garoto então começou a ser guiado por Konrad que estava caminhando ao seu lado e os mesmos eram rodeados por soldados, que se dirigiam em linha reta em direção ao palácio pela rua principal.
Aquos era uma cidade exuberante, todas as casas eram bem construídas e decoradas, com seus típicos telhados azuis, tinha fontes por todos os lados e cristais azuis brilhantes iluminando e decorando todas as partes da cidade, e, além disso, todas as ruas pareciam formar uma enorme teia de aranha, pois, tudo era perfeitamente organizado e alinhado. E por fim o motivo da cidade ser chamada de "A Nascente de Todas as Águas", toda cidade era cortada por rios e pontes, porém, o detalhe que deixava tudo mais impressionante era que todas as ruas seguiam o curso dos rios que nasciam de um único lugar, do palácio. Ao olhar em direção do palácio podia-se ver que do céu "descia um gigantesco rio" que caia diretamente no topo da torre central, que era a maior e mais alta, do mesmo e se divida em vários outros à medida que seu curso era direcionado pelas estruturas da imponente construção até que finalmente atingisse o chão formando assim os rios menores que cortavam a cidade.
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Essence
FantasyNo Plano Terreno, as pessoas nascem com habilidades de criar, controlar ou se transformar em um dos elementos da criação. Tal poder foi concedido pelos deuses, porém, após uma grande guerra, cada deus compartilhou e confiou parte de seu poder a um h...