Brincadeiras

72 2 8
                                    

Minato foi parar no hospital em estado grave por conta daquele acidente e permaneceu internado durante alguns meses. Sanzu foi esperto para não prejudicar S/N, atropelou seu professor quando ela já não teria mais aula com ele.

S/N estava "trabalhando" a favor de Sanzu, pois havia se metido em uma grande encrenca desde o dia da festa. Naoto ficou em silêncio por um tempo, até ver a poeira abaixar. Depois de um cansativo dia de aula, os dois estavam no carro indo jantar fora, um lugar onde Sanzu escolheu leva-la.

— S/N, o que você acha de mim?

— do nada, Haru?

Ele ficou em silêncio.

— bem, você é um cara muito inteligente, bonito, pra frente da sua idade, é discreto, gentil, observador e cauteloso.

— em que sentido eu sou cauteloso?

— tudo o que você faz, é tudo planejado previamente, você é cuidadoso com tudo.

Ele ficou em silêncio

— o que você acha de mim, Haru?

— você é uma mulher muito bonita, inteligente, já sei que vai ser uma médica incrível. É esperta e observa tudo a sua volta, não se envolve com coisas erradas e está sempre disposta a ajudar. É cautelosa, atenciosa e mais uma vez, inteligente.

Ela riu.

— "e mais uma vez inteligente" - fala rindo

Ele ri. Ficaram um tempo em silêncio.

— o que você acha sobre mafiosos? - ele pergunta

— depende da máfia e do mafioso.

— o que isso quer dizer? - ele pergunta

— acredito que o coração das pessoas pode ser mudado por pessoas certas. E mais, pode ser que os homens tenham entrado nesse mundo por inúmeros motivos, talvez pra sair da fome ou por mera maldade.

— é, você tem razão.

— namoraria um mafioso? - ele pergunta com incerteza

— você ficou maluco, Haruchiyo? - ela pergunta sem entender

Mais uma vez: a S/N não sabe que o Haruchiyo que ela sabe que ele é um mafioso.

— não, apenas responda a minha pergunta.

— suas perguntas estão indo longe demais, eu não vou responder. - fala irritada

— tudo bem... Mas comigo você namoraria?

Ela virou o rosto e ficou em silêncio.

— imagino que isso seja um não. - ele fala

Ela respirou fundo.

— vou responder as suas perguntas. Sim, eu namoraria você, mas não namoraria um mafioso.

— e se eu fosse um mafioso?

Ela olhou séria para ele.

— eu sairia desse carro agora. Você é um mafioso? - ela pergunta em tom de zoeira

— claro que não! - ele fala rindo

{Sanzu: você sabe que eu sou.}

— ótimo então.

{S/N: outra mentira, Sanzu...} - pensa um pouco decepcionada

Jantaram e foram para a casa dela, conversando e escutando música. Quando ele virou à esquina viu um carro parado à frente do portão dela e continuou se aproximando.

Imagine SanzuOnde histórias criam vida. Descubra agora