S/N se sentiu triste e acabou esboçando.
- ei, que cara é essa? - ele pergunta preocupado
- ah, é que eu não vou conseguir entender o que os livros estão dizendo...
Sanzu ficou em silêncio fingindo estar procurando uma solução.
- e se nós estudassemos juntos?
- mas como, Haru? Nós fazemos cursos diferentes e não temos tanto tempo livre.
- eu dou um jeito, preciso estudar também. Aí fazemos assim: quando eu estiver livre lá do escritório eu te aviso e se você estiver livre pra estudar, eu venho pra cá. Pode ser?
Ela sorriu.
- você traduzindo os livros vai ser ótimo. - ela fala e ri
- boba. - ele fala e ri
S/N ficou namorando os livros de medicina e procurando um cursinho on-line.
- na quarta-feira, você tá livre? - ele pergunta
- sim, as aulas voltam só na próxima segunda. Você quer estudar?
- claro, mas eu aviso quando estiver vindo.
- ótimo, porque pode ser que o Naoto apareça de surpresa aqui.
Dito isso, a campainha tocou. S/N olhou pela câmera e ficou indignada.
- quem é? - Sanzu pergunta
- o Naoto.
- nossa, falando no diabo... - ele fala
- leva esses livros para o meu quarto e se esconde.
- por que devo me esconder? Não é bom que sejamos todos amigos?
S/N olhou pra ele com sarcasmo.
- não, meu querido Haruchiyo, não é bom sermos todos amigos. O Naoto é um detetive ciumento e não gostaria de saber que eu trago amigos para minha casa na ausência dele.
- detetive?
- sim, detetive.
- não estamos fazendo nada errado, S/N.
- Haruchiyo, cala a boca e vai logo! - ela fala autoritária
Sanzu ficou preocupado com o fato de ela ter um "amigo" detetive. Pegou os livros e foi para o quarto dela, ficou prestando atenção na conversa deles enquanto vasculhava o cômodo.
- PORRA NAOTO, JÁ FALEI PRA VOCÊ AVISAR ANTES DE VIR, EU IA TOMAR UM BANHO E TIVE QUE ME VESTIR CORRENDO PRA TE ATENDER! - fala irritada
Ela estava mentindo por algum motivo e Haruchiyo não sabia ao qual era. Foi mexer justo na escrivaninha ao lado da cama, onde na primeira gaveta havia um envelope pardo, decidiu ver o conteúdo cuidando de ouvir a conversa e não ser pego no flagra.
- calma, S/N, não precisa ficar brava toda vez.
- preciso sim.
- se precisa é porque está escondendo algo de mim.
Ela olhou com cara de ódio.
- é Naoto, estou sim, comecei a mexer com tráfico de drogas e tô escondendo um criminoso na minha casa. - falou irritada
Naoto sinceramente achou aquilo esquisito, mas ok. Quando Sanzu ouviu a palavra criminoso, já havia aberto o envelope e foleado as fichas dos integrantes da máfia Bonten, ao qual ele pertencia.
{Sanzu: que filha da mãe esperta, essa menina, puta que pariu.)
Olhou a ficha dele e o que ela havia escrito atrás: "eu não acredito que o Haruchiyo é esse psicopata aqui, do jeito que ele está parece outra pessoa...". Viu a ficha de todos, guardou o envelope e ficou em silêncio. Depois de uma hora de conversa, ela conseguiu convence-lo a ir embora e ele foi.
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Imagine Sanzu
Fiksi PenggemarS/N, uma estudante de medicina, moça simples que por causa de um problema com um velho conhece um mundo de luxos e se enfia em um grande problema que tinha o cabelo rosa. Por que tudo isso começou? Não se sabe. Onde isso vai terminar? Sabe-se menos...