Cler estava já para tomar seu banho, já tinha separado as roupas no banheiro e em fim poderia se vestir mais a vontade. Mas e interrompida com Rober bêbado abrindo a porta do banheiro após ela se despir, uma situação constrangedora já que ela não o tinha como alguém próximo nem algo do tipo. Imediatamente ela se cobriu e fechou a porta na cara dele envergonhada ela só foi pra baixo do chuveiro pensando se realmente deveria ter ido ali.
Ela tinha sentido atração por ele, e aquela coisa do arrepio ainda estava fixa nos seus pensamentos porém ela sabia que uma situação daquelas era totalmente incomoda para ambas as partes.
Ela também teria trancado a porta caso tivesse chaves porém não tinha. E isso facilitou aquilo tudo. Após pensar muito enquanto a água caia em seu corpo ela chegou a conclusão que nenhum dos dois era culpado, a não ser que ele não tivesse tão bêbado ele teria percebido que ela teria ido tomar banho.
Enquanto se secava ela planejou já um discurso para colocar ele em seu lugar e dizer que mesmo bêbado tinha que se desculpar com ela.
Descida saiu do banheiro e foi direto para o quarto onde eles estavam para confronta-lo.
Antes que pudesse dizer uma palavra ele saiu do quarto e foi pedir desculpas.
Rober- Sinto muito pelo que aconteceu eu estava indo pro banheiro, foi algo que sempre faço aqui com os meninos a gente não ... Ah você sabe uma casa que fica sempre cheia de homens não tem esse problema.
Cler-Entendo, mas sei lá eu me senti envergonhada- fala ainda mais envergonhada e sem conseguir olhar nos olhos de Rober.
Ele pega o seu rosto levantando é diz "Você não tem ó porque se envergonhar" E Cler fica corada e com coração acelerado ela não consegue não resistir a ele, pois querendo ou não ele meche com os sentimentos dela, algo a primeira vista? Muito clichê ela diria se não tivesse vivendo aquilo.
Tudo que Rober sabia pensar naquele momento era o quão linda ela era . O medo de estar apaixonado por ela mesmo sem a conhecer , trocando apenas algumas palavras durante umas horas... Era algo que o apavorou e ao mesmo tempo o confortou. A vida dele não era um mar de rosas mas ele nunca tinha se deixado apaixonar, nem se quer conseguia conversar com meninas, e a Cler o fez querer se abrir e mostrar os sentimentos que ele nunca pode mostrar a ninguém antes, algo puro e singelo mesmo que com pouquíssimo tempo ele sabia que a queria todos os dias de sua vida.
O silêncio pairou sobre eles, a música adolescente que tocava no fundo não os incomodava, parecia música clássica tocando em uma peça de teatro e os dois eram os personagens principais , a plateia não os incomodaria , a Luz so iria fortalecer o foco naqueles belos olhos castanhos.
Eles se beijaram, foi como se nada ali fosse importante o bastante para eles parar, Vincent estava bêbado e focado na TV é mesmo se ele tivesse levantado não iria estragar aquele momento, pois eles não sabiam ainda mas aquele foi um verdadeiro encontro de almas .
