A força do amor

~07~

~Eu não entendo porque ele acha que é o meu perigo, que é minha perdição, sendo que ele é a melhor coisa que me aconteceu~

*Vih*

A noite não foi uma das melhores tinha muito grilos gritando à noite toda e confesso que tava com um pouquinho de medo de algum bicho aparecer tipo um urso!, mas  tirei uns leves cochilos. Agora pela manhã decidi dar uma caminhada pela floresta mas não muito longe da onde a gente ta, 9elo menos eu achava isso até me deparar com uma casa velha tipo ela tá caindo aos pedaços e isso me deixa bem curiosa, dou um sorrisinho de canto lembro de quando eu assistia filme de terror e aparecia uma casa estranha assim e a protagonista sempre entrava e eu sempre gritava "não entra aí deixa de ser burra", agora eu que estou sendo burra porque estou com muita curiosidade para entrar nessa casa, sei que é perigoso mas a minha curiosidade tá muito grande

Me asseguro que não tem ninguém na casa então vou entrando em passos lentos realmente essa casa está caindo aos pedaços, me dá até um pouco de medo dela cair sobre minha cabeça, teia de aranha e poeira são notáveis só uma poltrona que não está com poeira, o que me faz pensar que foi usada recentemente ou seja essa casa é frequentada por alguém, pode não morar aqui mas vem aqui de vez em quando, meu espírito de investigadora está apitando mais alto então vou mais fundo nisso e subo uma escada, que eu não sei bem se vai me aguentar porque a cada passo um estralo faz eco pela casa, chego no segundo andar tem apenas duas portas não sei bem o que eu vou encontrar depois de abrir essas portas, deviria mesmo era ir embora, mas eu já estou aqui dentro mesmo o que que pode acontecer já sei que não tem ninguém aqui, só se realmente eu estou em um filme de terror e vou ser atacada por algo sobrenatural.

Abro a porta da esquerda e apenas encontra um quarto vazio não tem cama, não tem cômoda, não tem nada além de poeira e telha de aranha, mas assim que abro o quarto da direita encontro um monte de drogas aparentemente, entr e pego um bloco sobre minha mão e tenho a certeza que é drogas só não sei de que espécie, preciso sair já que isso faz parte de tráfico de drogas ou seja, alguém vai voltar aqui para pegá-las eu não posso estar aqui. Escuto pessoas falando do lado de fora, meu coração começa a bater rápido

Corro na janela mas percebo que a mesma tem cadeado porque merda fui entra nessa casa, burra, burra, burra.

Escuto os passos mais perto, entro no banheiro seguro o vômito, assim que entrei senti um cheiro muito forte pelo chão tem um pó branco com um cheiro muito forte. Além do banheiro todo sujo de poeira e telha como o resto da casa. Rapidamente a porta e aberta e o mesmo me pega meu grito e abafado por sua mão direita, ele se encostar na parede suja e me puxa para mais perto do seu corpo.

- Calminha, morena - Arregalo os olhos, só uma pessoa me chama assim. Não pode responder ja que ainda não tirou sua mão da minha boca.

Escuto passo dentro do quarto ou seja tem mais pessoas com a gente, eles estão conversando.

- Precisamos tira essa mercadoria hoje mesmo daqui

- Não és mais um lugar seguro?

- Alguém entrou aqui... hoje! - Suspiro fundo, Ben solto minha boca e faz um gesto para que eu fique calada o mesmo desce suas mãos até sua arma localizada em sua cintura. Não sabia que ele trouxe isso para o acampamento.

Os passos vão ficando mais próximos do banheiro

- Para de bobeira! Se você quer tira as drogas daqui hoje, eu acho impossível!

- Vamos embora!, eu acho que estou paranoico - os passos somem, possivelmente estão saindo do quarto.

Quando eu ia sair Bernardo se mete na frente e segura minha mão

- Qual é seu problema? - Reclamo

- Meu problema?, Qual é o seu problema Eles ainda estão lá fora - Suspiro - Eu saio primeiro! - Dou de ombros, o mesmo abre a porta e sai com a arma na mão - Vem!

Saio, ele se vira rapidamente pra mim

- Você é maluca? Como entrar em uma casa abandonada sozinha

- Não aconteceu nada, tá - Passo por ele o mesmo segura meu braço - Me solta!

- Não faz mais isso, Vitória

- Por que ? - Suspiro

- Vai acabar morta se continua sendo inxirida - Ele me solta então pude sair.

/TEMPO PASSADO/

A escola é um lugar tóxico só descobrir isso quando entrei para o 6 ano do fundamental, minhas amigas não era exatamente minhas amigas iam na minha casa só para ver Caveira, Ben e Jake tomando banho de piscina quando se tem 11 anos e é a irmã do cara mais temido da escola você pode ter várias pessoas ao seu redor e que te admiram, só que não, essas pessoas só estam ao seu lado por interesse e não quero isso. Brinquei com todas as meninas que diziam ser minhas amigas e então no outro dia tinha um cartão grandão no meu armário "Putinha dos amigos do irmão" isso tava grandão e todos riram de mim, rasguei o cartaz e nunca contei para Caveira aquilo com medo dele realmente acreditar que tenho algo com os amigos deles que nem na minha cara olham.

- Ei garota - Levanto meu olhar para pesoaa que tá me chamando enquanto Finjo ler um livro chato de inglês

- Oi?...

- Eu não sou de fala de ninguém sabe... mas você não achar que tá gordinha demais não? - Franzo a testa

- Eu?

- É sua baleia!! - Outra menina aparece e várias outras pessoas falando a mesma coisa - Baleia, baleia, baleia - Levanto e saio correndo minhas coisas caiem no chão mas nem ligo só quero sair da li e chora em um canto bem longe desse povo.

Me escondo em  um quartinho de limpeza que tem no estacionamento e começo a chorar, eu sei que tudo isso pararia ser caso eu contasse para Caveira o que passos todos os dias, porém, sei do seu temperamento e tenho medo de colocá-lo em confusão com a escola e com o papai, tudo que sei que Caveira será o próximo líder da favela então não quero estragar isso. A porta é aberta e quando vejo que é Ben meu coração dispara e abaixo a cabeça entre meus joelhos.

- Olhe para mim, Vitória - Nego com a cabeça - Não faça eu ir aí e fazer isso por você - Levanto a cabeça o olhando

- É  alergia que tenho nos olhos! - Minto

- Conheço você muito bem e sei que você não tem alergia no olhos!, quem fez isso com você - Levanto do chão e tento passar, apesar de ter só 15 anos seu corpo é alto e musculoso o que faz ele tapa minha passagem pela porta

- Só deixa eu passa - Sai como um Sussurro, ele pega em queixo e faz eu fixa meu olhar no dele

- Me diga!

- Por que você se importa tanto agora? - Ben quase nunca olhava na minha cara e mal falava comigo e agora quer saber sobre minha vida ?

- Quem fez isso com você vai pagar! - Diz isso antes de solta meu queixo e sai furioso. A não, isso não vai dar bom.

/TEMPO ATUAL/

- Posso fazer uma pergunta? - Não que eu queira puxa assunto com Ben, mas o silêncio entre a gente tá constrangedor e eu tenho essa curiosidade desde de sempre e como tava pensando nisso...

- Faz

- O que você fez com a Luana... tipo em um dia ela tava me chamando de baleia no outro ela nem olhava na minha cara e usava uma touca horrível na cabeça

- Você sentiu pena dela? - Ri de canto - Colei chiclete no cabelo dela - Arregalo os olhos

- Quê? - Rimos, nossa me deu uma nostalgia está rindo junto a ele.

- Ela mereceu! - Assim que paramos de rir percebermos que tínhamos chegando aonde a gente tá e logo Emy vem até nós

- Estavam a onde?

- Não estávamos juntos, apenas nos encontramos perto daqui - Ben respondi antes de mim e saí de perto de nós.