A força do amor

~25~

~Eu não entendo porque ele acha que é o meu perigo, que é minha perdição, sendo que ele é a melhor coisa que me aconteceu~

*Luiza*

Olho para ele me despedindo, hoje o bebê que foi encontrado no lixo vai ser levado para um orfanato, ele melhorou bastante e já tem 3 meses e pode muito bem sair do hospital. Certamente ele levará um pouquinho do meu coração junto de si.

- Florzinha - Me assusto - Calma - Caveira Sorri, ao se posicionar do meu lado olha os bebês - Qual é ele?

- O que esta vestindo de azul marinho e tá com Toquinha - Suspiro

- Ele não me parece um bebê que foi abandonado, és grande e forte

- Ele foi um guerreiro de fato - O olho - Mas o que você tá fazendo aqui?

- Ele é grande e forte, como um Salvatore - Franzo a testa - Eu pensei muito sobre o que você me pediu e eu sei que fui rude contigo noites atrás

- Amor... eu já esqueci, ok

- Mas eu não, pensei todos esses dias e tomei uma decisão

- É? Qual?

- Vamos adotar esse muleke - Pulo no colo dele e o agarro pelo seu pescoço

- Você tá falando sério?

- Tô meu amor, o que eu não faço para ver esse sorriso lindo  - Dou um selinho nele e saio do seu colo - Já falei com nosso advogado e ele vai ver o que pode fazer para que seja o mais rápido possível

*Vih*

Hoje eu tenho um estágio e por incrível que pareça eu fui indicada pela escola, apesar de eu não saber nada além que terei que defender uma mulher que viveu anos sobre abusos e agressões do ex marido, não sei quem é meu suposto chefe ou chefa. Vou descobrir assim que entrar na sala da diretoria.

- Bom dia, senhorita Salvatore pode entrar - Entro um pouco tímida

- Bom dia

- Sente-se por favor  - Sorri e sento, ao olha para o lado pude entender tudo - Como pode ver seu chefe dess estágio é o seu professor nos dias de quinta e sexta. Doutor Fernandes, um excelente advogado!

- Vai ser um prazer trabalhar ao seu lado, senhorita Salvatore - Sorri

- Pode ter certeza que eu que estou animada - Apavorada, estou muito, mega, extra apavorada. Eu só queria distância desse cara depois do beijo e agora estamos juntos em um caso. Merda!

Depois de um papo chato saímos da sala da diretora. Sinto o olhar estranho de Fernandes sobre mim e isso me preocupa pois não quero nada com ele, além desse estágio é claro.

- Que foi? Tô suja - O encaro

- Ah, não não - Suspirou fundo - Você não achar estranho esse nosso trabalho, não é?

- Claro que não - Claro que sim, mas eu preciso desse estágio

- Ótimo. Quero que vá para casa agora e estude o caso e me dê ideias amanhã  - Ele dá passos para frente dando sinal que irá embora - Ah, so mais uma coisa - Ele se vira para mim novamente - Vou pagar! - Assenti. Pelo menos isso.

*

A noite está quente como sempre, decidi que vou passar a noite olhando esse caso e acha as melhores maneiras de ganhá-lo, assim posso mostrar meu potencial na carreira que escolhi seguir.

Leio mais de 10 vezes as mesmas páginas e a primeira coisa que me vem na cabeça é como uma mulher suporta tudo isso.

- O que eu tô julgando... minha mãe viveu um inferno durante anos - Penso alto.

E se de fato o amor virá isso com tempo, algo vazio, agressivo, desconfiador. E se o amor for acabando ao poucos e a paciência também, aí até os que mais se amaram um dia se tornam tão triste e vazios, e por não ter coragem de se deixarem, se maltratam, se agredem.

- Que droga, ler isso muitas vezes tá fazendo eu ficar doida - Levanto e pego mais café na cozinha.