A força do amor

~21~

~Eu não entendo porque ele acha que é o meu perigo, que é minha perdição, sendo que ele é a melhor coisa que me aconteceu~

*Vih*

/TEMPO PASSADO/

Sinto que minha barriga vai explodir de tanto que bebi e comi, subo para meu quarto e faço minha necessidades quando saio dou de cara com Ben sentado na minha cama de cabeça baixa com uma latinha na mão.

- Ainda bem que você ta ai, sobe meu zíper por favor - Digo virando de costas para ele, sinto seu corpo próximo do meu então, logo seus dedos tocam minha pele.

Mas então lembro que é estranho ele está no meu quarto sozinho no meio da festa.

- Pronto, morena - Ele me chama assim desde de pequena, crescemos juntos e quando tínhamos 8 anos decidimos dar apelidos um para o outro. Chamo ele de marreto ou vagabundo nunca decidi entre os dois.

- Marreto, o que faz no meu quarto? - Seu suspiro sai pesado, ele volta a sentar na minha cama então sento ao seu lado

- Tá muito barulho lá em baixo - Franzo a testa

- Isso é verdade, mas nunca foi problema para você o som muito alto - Ele dá de ombros e bebe o que parece ser o último gole de sua bebida.

- Mas assim que vi que você tava no quarto - Ele da uma pausa daquelas dramáticas de filme. - Esse quarto passou ser mais barulhento que lá em baixo

- Ok, você tá muito bêbado!! Vou te leva para o quarto de hóspede - Quando Levanto ele me puxa de volta, fazendo eu cai sobre seu corpo. - Ben... - Meu coração vai parar, estou tão perto de seu corpo e de sua boca.

- Sei que ta sentindo o mesmo que eu - Puta que pariu tenho que sai de cima dele

- Por favor, pare de me maltratar - Digo com a voz abafada então sou beijada pelo melhor amigo do meu irmão e pela segunda vez.

Minutos se passam de amassos quando ele me empurra pro lado e se levantou

- O que acabamos de fazer?, morena - Não digo nada apenas o olho saindo transtornado.

/TEMPO ATUAL/

Lembro como se fosse hoje o beijo que ele me deu no meu quarto, no dia seguinte que toda desgraça começou ele não me pediu para esquecer aquele beijo como fez na primeira vez que me beijou.

Bebo um gole do meu chá gelado enquanto leio um livro da colleen. Mas não consigo passar do décimo capítulo, pois minha mente só consegui pensar que agora ele trabalhar na universidade que vou vejo todos, isso é perseguição total. E ainda tem o professor Fernandes que não para de me olhar estranho nas aulas.

Fecho o livro boto em um baú em frente minha cama. Escuto a campainha tocar, corro até a porta e quando abro não vejo ninguém além de cartãozinho. Pego e leio.

"Eu vi que está usando o anel que te dei quando completou 15 anos. Queria dizer que você estava linda hoje.

Com amor, Ben"

Engulo em seco, fecho a porta e dou um sorriso de canto. Vou até a cozinha e pego mais chá gelado.

/no celular/

- Luiza você sabia sobre o Ben na universidade?/ visto

- Sim... ele pediu para não te contar nada, mas eu acho errado o fato dele tá lá/visto

- *foto* ele mandou esse cartãozinho para mim agorinha/visto

- Uau, amiga o que você tá pensando sobre isso tudo?/ Visto

- sinceramente não sei o que eu penso sobre, tá tudo tão confuso, ele teve chances de concertar tudo e não aproveitou e agora quer eu  tô decidida seguir em frente pra Valer ele vem atrás de mim, isso parece justo?/ visto

- Não, não é justo, mas entendo que esteja confusa eu passei por isso com seu irmão, e hoje temos uma família linda e feliz/visto

- Você e meu irmão não contam. vocês nasceram para ficarem juntos! :)/visto

- E quem sabe você e o Ben também :)/ visto

- É...

- Beijos amiga, vou botar as crianças para dormirem, bom sábado para você./visto

Desligo o celular e fico olhando para o nada pensando na possibilidade de eu e Ben semos feitos um para o outro.

Eu sei que um dia vou superar, mas o problema é que eu não sei se quero realmente superá-lo. Mesmo com toda a dor que ele me causou quando foi embora, ainda sim eu me peguei amando todos os nossos momentos felizes, me peguei lembrando de quando estamos sozinhos e ele olhava no fundo dos meus olhos e não dizia nada, nem precisava seu olhar dizia por si só. Passei um ano e meio com o coração em pedaços e mesmo assim nunca deixei de amá-lo, talvez eu esteja condenada a viver com esse amor no coração. Eu sei que agora ele quer voltar, mas se ele quiser ir embora novamente? Eu nunca poderei suportar outra ida dele.

Escuto novamente a campainha, suspiro.

- Será que é outro cartão? - Abro a porta - Professor Fernandes? 

- Sem Professor ok, me chame de Igor - Ele estende a mão, aperto

- O que você faz aqui?

- Eu tava passando aqui na frente e queria saber se você tá bem - Estranho é ele saber aonde eu moro, mas ele é meu professor jamais faria mal a mim né?

- Gostaria de entrar?

- Ah, obrigado - Dou espaço para ele entrar. - Que apartamento aconchegante

- Tem dias que tá mais arrumado, aliás desculpa a bagunça - Sorri sem graça

- Sem problemas, o meu tá bem pior sendo honesto  - Rimos de canto

- Aceita chá gelado

- Chá gelado não, mas uma água

- Vem, a cozinha é por aqui - Guio ele até a cozinha, pego o copo e a água e lhe sirvo

- Obrigado

- Quer doce?

- Não obrigado, to mantendo a forma sabe - sorri.

- Vinho?

- Uma boa bebida eu não posso recusar

Assim que pego o vinho e a taça fomos para sala. Parece estranho mas é tão bom conversar com ele, o papo fluir fazia tempo que não soltava risadas sinceras como hoje.

- Então Vitória Salvatore - O olho - O que poderia fazer você feliz agora ?

Ben, ele bem aqui na minha frente, no seu lugar.Não. Ele não.

- Agora? Ah, não sei - Respondo meia confusa, acho que esse vinho já tá mexendo com minha cabeça. Ele se aproxima deixando seu rosto a poucos centímetros do meu, olho seus olhos fixo em mim, sua boca seca e o sorriso que ele dá de canto quando percebe meu olhar.

- Sabe o que me faria feliz agora... um beijo seu - Suspiro fundo - Mas eu sei que é errado e por isso vou embora - Quando eu penso que ele iria me beijar, ele simplesmente levanta - Boa noite, senhorita Salvatore. - E sai.