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~Eu não entendo porque ele acha que é o meu perigo, que é minha perdição, sendo que ele é a melhor coisa que me aconteceu~

*Luiza*

Decidi que hoje eu vou finalmente ter a conversar com Caveira, não posso deixar para mais tarde. Assim que saio do carro entro em casa e vou direto para o escritório, bato na porta, entro quando sou autorizada.

- Ah é você meu amor - Ele sorri - Bom dia

- Bom dia - Dou um selinho nele, o mesmo me puxa e me faz sentar em seu colo

-  Acabou de chegar do hospital?

- Sim - Passo as mãos por sua nuca - Eu vim direto para cá, quero conversar com  você

- Florzinha... pode falar - Suspiro, levanto do seu colo - Você tá frustada, o que aconteceu? É as crianças?? - Ele também levanta

- Não, não é as crianças, estão bem!... você lembra do bebê que eu operei esses dias?

- Sim, o bebê do lixo né - O olho

- Ninguém apareceu para pegá-lo, nenhum familiar

- Que pena, mas o que importa é que você salvou a vida dele - Assinto

- Claro, mas... amor ele é só uma criança recém nascido e vai ser mandado para um orfanato assim que ele melhorar 100 %

- É a melhor opção amor - Ele chegar perto de mim e pega em meu rosto - Você já se apegou nesse bebê né?, mas no orfanato ele vai tá seguro e vai ser bem cuidado

- E se o orfanato não for um lugar bom... se nunca adotarem ele?

- Você sempre pensar positivo, não tô entendendo essa negatividade. Pensar que tudo dará certo na vida desse bebê ué - Suspiro - Você quer me pedi alguma coisa, vai Luiza pede logo! anda

- E se a gente adotar ele - Ele solta meu rosto e se afasta calado, esse silêncio me mata

- Você tá sendo impulsiva

- Não, eu não tô... amor pensar bem

- Eu já pensei, e a resposta é não. Tem noção do quando isso pode me fuder

- Olha a boca suja

- Ah Luiza as crianças nem estão aqui - Ele se senta

- Será que você não pode pelo menos pensar com calma sobre isso - Ele não respondeu o que me faz sair da li.

*Vih*

Já tentei vários métodos para parar de pensar no meu professor e de como seria se ele tivesse me beijado aquele dia no meu apartamento aonde ele apareceu do nada e do nada foi embora.

Hoje tem aula do mesmo e não sei o que tá falando mais alto, meu desejo ou a razão.

- Bom dia alunos, vamos começar - E lá estava ele todo sorridente mas algo estava estranho, ele está sem terno, hoje apenas com uma camiseta simples e uma calça preta, seu relógio no pulso esquerdo é novo e brilhante.

Quase não anotei nada e muito menos prestei atenção no que ele dizia, tudo que eu ouvia sair de sua boca era as palavras da noite passada, sua voz rouca e baixa, sua boca tão perto de minha e pior me desejando tanto quanto eu o estava.

- Senhorita Salvatore! - Saio dos meus pensamentos e olho para cima e encaro Higor

- Oi...

- Todos já foram, tudo bem?

- Meu Deus. - Olho ao redor, logo me levanto arrumando minhas coisas - Nem percebi

- Sua cabeça parece estar em outro lugar - Escuto seus passos mais perto - Ou em alguém? - Suspiro, fecho os olhos e me viro para o mesmo

- Está muito perto!

- Isso é um problema para você?

- Pra mim não, mas se alguém  ver pode interpretar mal - Pego minha bolsa - Devo ir agora...

- Vitória você tem o total direito de fazer o que quiser, ir embora agora ou não ir - Seu olhar fulminante parece está vendo minha mente. Ele me dar espaço e então ando até a porta, mas paro engolindo em seco. Me viro e o encontro me encarando com suas mãos no bolso. Corro até o mesmo e então o beijo, pego em sua nuca suas mãos lentamente vão para na minha cintura e logo sinto suas mãos grandes me apertando. Afasto quando sinto sua mão apalpando minha bunda.

- Isso não podia ter acontecido - Minha voz sai trêmula

- Agora já foi - Não consigo olhar para ele então apenas saio, na saída bato contra um peitoral olho para cima e meu coração gela assim como meu corpo todo - Ben...

- Você perdeu o juízo? - Engulo em seco

- Licença - desvio dele e vou para o estacionamento. Entro no carro boto minhas coisas no banco do carona, ligo o carro.

- Você não vai escapa dessa convesar Vitória - Ben entra sem ser convidado no carro

- Mas que porra, sai do meu carro agora!

- Você se envolve com professores agora - Suspiro

- Não te interessa - O olho

- Ele tem idade para ser seu tio, até pai se dúvida  - Reviro os olhos

- Já ouviu aquela frase de quê panela velha e que faz comida boa - Sorri, cansei, vou irrita um pouquinho ele.

- isso não é brincadeira

- Olha Bernardo, eu acho que você tem muitas sala para limpar, então saia do meu carro, por favor

- Vai fazer isso mesmo da sua vida? Se entregar para qualquer um

- Ué, vocês homem vivem fazendo isso pulam de mulher em mulher e todos acham isso lindo, mas não, não vou fazer isso até porque ele não é qualquer um! Sai!... Sai!

- Voltou a usar o anel... - Seu olhar vai direto para minha mão no volante

- É... eu achei perdido

- Você ainda tem aquela caixinha de coisas especiais

- Você ainda é obcecado pelas estrelas? - Ele me olha no mesmo estante que o olho

- Você lembra disso... - Sorri de leve

- Algumas coisas são boas lembranças - Ele suspira deitado a cabeça no banco

- Gosta dele? - Faço a mesma coisa que ele

- Não sei, talvez sim, talvez não - Olho pela janela não quero olhar no seu rosto agora

- Bom, tome cuidado. Você confia muito fácil em alguém que apenas sorrir para você  - Suspiro

- Tem razão, eu sou uma trouxa porque eu acredito bastante nas pessoas, até mesmo quando a pessoa tenha me deixado em pedaços lá no fundo do poço e mesmo assim eu o dou várias chances, mas sabe Ben - Me viro para ele - Eu também canso! Ou você sai do carro ou eu saio - Seu olhar parece triste ou seja entendeu o que quis dizer. Sua mão vai até a porta e então a abre e sai, graça a Deus posso ir embora.

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