~Eu não entendo porque ele acha que é o meu perigo, que é minha perdição, sendo que ele é a melhor coisa que me aconteceu~
*Vih*
Primeiro dia na facu depois das férias e devo confessar que já até tinha me acostumado com a vida boa que a Itália me proporcionou. Visto uma calça preta acompanhada de uma blusa branca, uma jaqueta de corro também preta. Eu sei que parece que estou indo para um enterro ou algo do tipo, mas meu estilo na facu normalmente é esse. Hoje o rio está fazendo muito calor o motivo da jaqueta é que nas salas de aula tem ar condicionado e és muito frio.
Assim que atravesso o campus entro em um enorme corredor cheio de futuros advogados ou advogadas.
- Viih, você voltouu - Posso conhecer essa voz fina e irritante em qualquer lugar. Laura.
- Sim, afinal as férias acabaram
- Não posso dizer que não torcia pra que você ficasse na Itália mais tempo - Ela sorri
- Não se preocupe, aproveitei bastante
- Ah querida, eu soube que você e Thiago terminaram. Sinto muito - Não você não sente, vadia.
- Como as notícias correm - Como ela sabe?
- Se você olhasse as redes sociais... - Ela ri e sai. Pego meu celular e olho o instagram, Thiago já estava postando story e fotos dizendo que está solteiro, típico de macho. Suspiro fundo e vou para minha primeira aula.
*
Enfim a hora do almoço, vou para meu cantinho de sempre. Não tenho muitas amizades e as poucas que tenho não sentam comigo na hora do almoço. Abro minha bolsa aonde trago praticamente tudo de casa.
- Não acredito que eu esqueci - Suspiro frustada.
- Mas eu trouxe pra você - Olho para trás e sorri
- Pera...como?
- Fui pegar minhas coisas do apartamento e vi sua marmita em cima da mesa na cozinha, imaginei que você saiu tão atrasada, o que é impossível. Que esqueceu sua refeição - Thiago senta em minha frente me entregando a marmita
- Você já vai sair?
- Vai ser melhor assim - Pego meu sanduíche e dou uma mordida - Sabe Vih, eu acho que sua cabeça tá na Itália
- Eu realmente gostei de lá
- Ou melhor dizendo em uma pessoa - O olho
- Thiago por favor... - Ele levanta
- Tudo bem... já estou indo - Ele vem até mim depositar um beijo em minha testa e sai. Odeio que ele esteja certo. Nem na aula eu conseguir me concentrar por causa daquele maldito.
Tive uma aula vaga então fui para a biblioteca ler um pouco, mas não consigo me concentrar em nenhuma palavra desse livro.
Será que ele gosta de brincar com meu coração, de me ver em pedacinhos por ele ou de ver eu sempre voltando como um cachorrinho para ele. Não chorei ainda, então acho que seja isso a angústia que estou sentindo no peito, mas uma vez eu quebrei as regras por ele, mas uma vez eu disse que já tinha o superado e não. Eu não o superei. Isso nunca vai acontecer, querendo ou não eu sempre vou amá-lo. Só preciso achar uma maneira de conviver com esse amor, porque vivê-lo è impossível, eu acho.
*Ben*
Achei que dessa vez nada poderia tirá-la de mim, enquanto ela estava em meus braços eu sentir que ninguém e nada poderia tirá-la de mim. Mas é sempre a mesma pessoa que a tira de mim, eu mesmo. Por mais que minha mente tente me convencer que dessa vez eu não tive tanta culpa, mesmo assim dói tanto quanto da última vez. Ela sempre volta e na mesma intensidade que volta ela vai.
- Tá pronto? - Emy entra na sala com a arma na mão
- Bora lá - Pego minha arma boto na cintura e saio do meu escritório.
Assim que entramos no carro começo a dirigir
- Você não quer que eu dirija?
- Por que eu ia querer? - Franzo a testa
- Não por nada, mas você parece abalado e particularmente eu não quero morrer em acidente de carro
- Não vamos morrer em um acidente de carro, e eu tô bem! - Acendo um cigarro
- Ah mas não tá mesmo, faz meses que você não fumar tanto, só hoje foi 5 e são só 9 da manhã, Bernardo!
- Cala boca, por favor Emy, não quero cometer dois homicídio em um dia só - Digo irritado
- Não tá mais aqui quem falou - Suspiro, ela tem razão. Estou voltando a fumar.
/TEMPO PASSADO/
A verdade é que eu não consigo ficar longe dessa garota, por mais que eu tenha prometido isso ao meu melhor amigo, não posso cumprir. Estou condenado desde o dia que a vi pela primeira vez.
Hoje é seu aniversário de 15 anos mas não sei o que dá de presente para mesma. Mas passei meses construindo uma coisa que eu acho que ela pode gostar.
- O que você faz aqui? - Ela pergunta confusa quando me ver no volante
- Vou te Leva para escola - Ela faz pouco caso e começa a mexer no celular. Será que com algum garoto?
- Ben, esse não é o caminho para escola
- Eu sei - Ela franze a testa vejo pela espelhinho
- Tá me sequestrando?
- Talvez - Sorri. Assim que ele para o carro desço antes dele - Vai com calma menina
- Num é a casa da sua vó? - A mesma me olha confusa
- Sim, vamos entrando - Abro a porta e a deixo passa e então entro.
- Que arrumadinha, tão aconchegante - Sorri
- Típico casa de vó
- Na verdade eu não sei como é casa de vó - Vejo que ela ficou um pouco desconfortável
- Vem, minha vó fez bolo de milho e garanto que é o melhor - A chamo Como a mão e vou a caminho da cozinha.
Pego dois pratos e duas xícaras. Corto dois pedaços de bolo e lhe dou um.
- Tá bom desse tamanho? - Ela concorda - Café ou nasceu? Suco?
- Café tá de bom tamanho - Ela sorri e quase fico preso. Boto seu café e a dou.
- Uhmm, esse bolo é o melhor que já comi em toda minha vida - Sorri
- Minha vó nunca erra no ponto ou gosto do bolo - Começo a comer o meu.
Terminamos nossa refeição então lava a louça enquanto ela fica no canto me olhando.
- Ainda não entendo porque estou aqui - A olho
- Logo logo saberá - Guardo a última peça de louça que tinha na pia e tiro i avental. - Vem - Pego em sua mão e a leva para o quintal, antes de chegamos boto minhas mãos sobre seus olhos. - Você jura que não está vendo nada?
- Eu juro, Ben! - Sorri, a levo no quintal. Tiro minhas mãos dos seus olhos - Uau
- Eu sei que é meio besta e que você queria uma casa na árvore, mas aqui não tem árvore...e
- É perfeita - Ela sorri e corre para perto - E é rosa, amo rosa... Ben você fez isso para mim?
- Para você, entre! - Ela entra
- Entra também!! - Entro e fico abaixado já que em pé nunca que eu ia cabe nessa casinha.
- Feliz aniversário, Vih - Pego um anel de arame que fiz - Eu sei que isso é ridículo e coisa de pobre... ah, eu vou jogar fora - Tento guardar no bolso mais ela pega em minha mão
- Obrigada, e o que vale é a intenção jamais o preço do presente - Sorri, boto o anel em seu dedo
- Coube certinho
- Sim - Ela sorri boba
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A força do amor
FanfictionEles Vocês já conhecem. Dois corações apaixonados, mas não havia só isso, tinha medo, insegurança entre outras coisas. Essas coisas separaram os dois, será que a vida da segundas chances?. Até dá né mas será que agora Ben irá lutar pelo amor, Vih o...